Já estou em Goiás e pra ajudar, finalmente voltei ao meu fuso. Vocês não imaginam como é estranho estar num horário e todo mundo eu outro, agora vou conseguir, ao menos sair mais cedo pro pedal (isso quando acordar cedo).
Antes de falar do trajeto de hoje, galera, valeu mesmo pelos comentários, muitos que comentam são amigos que me conhecem muito bem, mas tem muita gente que esta me conhecendo durante a viagem e devem achar que sou louco. Bem, vocês não erraram, sou realmente muito xarope, alguém vive tudo intensamente, principalmente as emoções. O lado bom é que depois dessas nuances, uma hora vem o equilíbrio e é esse o meu momento agora.
Ontem em Taguatinga, conheci o Smilly e a Mônica. Eles são “namoridos” e trabalham como representantes de lingerie, viajam juntos por boa parte do Brasil e trabalhando. Nessa viagem encontrei várias “modalidades” de casais e uma coisa eu descobri. Não existe regras e quando há amor e cumplicidade, todo relacionamento é possível.
Eles me convidaram para comer uma galinhada nos “Azuis”, uma comunidade que fica a pouco mais de 20 kms de Taguatinga onde tem a nascente do Rio Azul, considerado o menor rio do Brasil e um dos 3 menores do mundo.
Na estrada eles passaram por mim e quando cheguei fui direto para o rio. Uma linda piscina é formada pela nascente. De lá o rio percorre alguns metros e já desagua num rio maior.
Matei um pouco a saudades do Jalapão e suas águas cristalinas, e lá fui eu dar meus mergulhos nessas águas geladas mas deliciosas.
Depois ainda comemos a famosa galinhada, muito saborosa mas melhor mesmo foi a companhia deles.
Eles voltaram para Dianópolis e eu segui rumo ao sul, logo na saída meu pneu traseiro furou. Logo depois que arrumei, quando ia sair, o pneu dianteiro furou. Depois de consertar o remendo, e terminar de encher o pneu, outro furo. Parecia que não ia sair mais de lá.
No trajeto até a divisa com Goiás passei por várias cidades pequenas, depois de Aurora do Tocantins percorri quilômetros de trecho plano num belíssimo vale, com montanhas rochosas ao redor. Me lembrou demais o Vale Europeu em Santa Catarina.
Passei por Lavandeira, Combinado e dei uma parada em Novo Alegre, última cidade antes de cruzar a divisa, lá tomei minha última coca (nessa viagem) de Tocantins.
De lá foram mais 30 kms até Campo Alegre em Goiás, cheguei no começo da noite. Agora em Goiás devo encarar muitas subidas, aqui estamos a 600 metros e devo passar dos 1000 na Chapada dos Veadeiros e em Brasília. Vamos encarar esse cerrado do Planalto Central e ver se chego até sexta em Brasília, agora no meu fuso.
Amigo, estou acompanhando sua viagem tem poucos dias, moro no Tocantins, e sou amigo do pessoal do seriemapedal em Goiania, onde tomei conhecimento da viagem, te digo o seguinte: faça o que fizer, haja o que houver, vc esta sendo vc mesmo, sem rodeios ou meias desculpas, o seu sofrimento pessoal, vc escancarou sem medo de ser julgado, isso pra mim ja muita coragem, ma para uma pessoa que enfrenta uma viagem como essa, pode ter certeza o resto vc tira de letra, que vc seja muito feliz…e parabens….
Cara, vc fez muito já, e só você pode avaliar as coisas da sua vida. Tenha fé, aquela que agente aprende no “caminho da fé”eu também sou bem neura mas é a dinâmica da vida por isso agente vai longe!!!!!