Sete dias descansando e de cara encarar um pedal de 160 km, com um tiro maluco depois de 80 kms pedalados tinham um preço. Ontem na chegada meus musculos estavam tendo espamos, minhas pernas coçavam, já me disseram que é sinal de ensolação. Eu tenho certeza que é porque algo não esta bem.
No dia anterior conheci o Fabio da Global Vision, mais uma dessas coincidências que provam o quanto esse mundo é pequeno. Em Bauru comprei um óculos de ciclista da Express e aqui em Araxá descobri que ele era representante do óculos, conhecia até a Debike de Bauru.
O problema é que deixei meu óculos na pochete junto com umas ferramentas, o que acabou riscando o óculos e não o uso desde o Pantanal. Mas o Fabio, sem eu pedir, trouxe o mostruário para eu escolher qualquer óculos. Escolhi um com lente polarizada, melhor do que eu tinha, dando uma bela melhorada no meu look.
Saí de Araxá por volta das 13h00 e ainda teria uns 90 kms pela frente, sendo 50 de asfalto e 40 de terra. As retas foram embora, só subidas e descidas e as pernas não respondiam como eu queria. Pelo ritmo iria chegar de noite em São João Batista da Canastra algo que não estava a fim de fazer.
O trajeto bem bacana, da estrada ouço um barulho forte de água, paro e avisto uma cachoeira a metros da estrada, coisas que só de bike conseguimos ver.
A frente uma represa, propriedade da empresa Fosfertil, uma mineradora. Não sei mas essa represa deve servir para a geração de energia da própria empresa.
A estrada contorna a mineradora com muitas subidas, atingi 1300 metros até começar a descida para Tapira. Mas antes um muro de árvores impede que quem está na estrada veja o imenso canyon feito pelo homem. Pedalo até uma clareira para conseguir tirar uma foto. Sinceramente, o progresso pode até ser necessário, mas não gosto de ver uma montanha desaparecer as custas dele. Quantas nascentes não desapareceram? Será que essa destruição não traz riscos as águas da região?
Voltei ao pedal e logo cheguei em Tapira, eram umas 17h30 e restavam 40 kms de terra e muita subida. Como não queria pedalar de noite, resolvi ficar na cidade, assim teria tempo de trocar os pneus, escrever os textos para o blog e descansar um pouco, pois a Canastra vai exigir muito de mim, isso sei muito bem.
Caro André…
você é muito forte, cara.
Nem sei se já te disse isso em outros post’s mas digo de novo: pedalar do jeito que vc está pedalando, só sendo muito forte!
Parabéns novamente.
E força no pedal!
Abraços,
Marlene
Viva o tempo… SÓ DE BIKE CONSEGUIMOS VER ! O TEMPO ! das grandes reflexões… Glup !