Isso começou como um roteiro de um vídeo para o nosso canal Casal em Ciclos, mas no final ficou melhor transformá-lo num texto para o Blog do Bicicreteiro, que servirá para complementar o vídeo que está publicado no canal com o título “O que o DBM tem a ver com privatizações?”
Pra começar o DBM nasceu pra ser gratuito, ele funciona bem melhor assim, o primeiro foi de graça, o segundo teve uma cobrança não obrigatória, o terceiro teve cobrança e foi assim até a 6ª edição, sempre contra minha vontade, mas eu era convencido pela galera. Mas o DBM não é seu Pasqua? É e não é. Eu tenho a marca, mas isso só garante que ninguém vai aparecer do nada, pegar o DBM pra ele e tirá-lo de vocês. Tudo que eu faço em relação ao DBM é com a anuência dos Guias e Tutores, até porque eu não gosto do fato do DBM ter um dono, ele só é o que é porque tem muita gente ajudando, porque muita gente gosta do DBM e todo mundo que gosta se sente um pouco dono dele, por isso que chegamos até aqui.
Esse texto é pra quem já conhece o DBM, se não é o seu caso, vale dar uma pesquisada antes na sua história e depois voltar aqui. E também é necessário ter noção do que é a Rota Márcia Prado, se for seu caso seguimos.
Da primeira a quinta edição o trajeto que fazíamos era a Rota Márcia Prado original, saindo da Ciclovia da Marginal Pinheiros e descendo a serra pela Estrada de Manutenção da Imigrantes. A partir da 6ª edição passamos a fazer a descida do trecho de serra pela Estrada Velha de Santos que na época estava concedida para a Fundação Emae e cobrava uma taxa por pessoa pra passar por lá. A descida pela Estrada Velha de Santos abria uma possibilidade de aumentar o número de participantes, se antes, pela Rota, com mais de 300 participantes eu recebia até interdito da Ecovias, pela Estrada Velha a gente não precisava pegar 1 km do sistema Anchieta/Imigrantes e ainda abria a possibilidade pra um pedal mais fácil, com uma saída pela Estação Ribeirão Pires.
Na 7ª edição do DBM o parque voltou para a Fundação Florestal que é um órgão do Governo do Estado de São Paulo. Ele continuava cobrando a entrada dos ciclistas, então passei a cobrar uma taxa de 20 reais só pra custear a placa e o colete, sendo que o Parque cada um pagava na hora, no dia do evento. Isso ocorreu também na 8ª edição, até que descobri que seria possível conseguir a dispensa de pagamento da taxa do parque desde que o evento fosse gratuito.
Era início de 2019 e a Te tinha 10 mil reais na conta. Conversamos e usamos esse dinheiro pra fazer várias camisetas e brindes do DBM, até caneca de Chopp fizemos. Com a venda desses produtos conseguimos custear todas as despesas do evento e fizemos um DBM pra mil ciclistas e o mais importante, ao final todo mundo estava feliz e ninguém jogou na nossa cara que “estava pagando”. Não tem noção do quanto é bom não ouvir isso.
Depois veio a pandemia e a Estrada Velha de Santos foi concedida para a iniciativa privada. Então o pessoal do Parque procurou a gente e voltamos a fazer o DBM. Cobrei 100 reais por cabeça pra custear o aluguel pro Parque e toda infra do evento.
Daria para transformar o DBM num grande negócio, fazer um evento pra mil ciclistas, levantando uns cem pau, pagando uns 40 pro parque, custeando placa, colete, ambulância, até sobraria um trocado, mas é todo mundo que tem condições de pagar 100 conto pra descer pra praia?
Pensa no ciclista que ganha 1 salário apenas, além da inscrição ele tem que pensar no que comer e no busão pra voltar pra casa. Se o cara for muito bruto ele pode se entupir de rapadura, subir a serra no pedal e voltar sem gastar um real, mas ele ainda teria que morrer com a inscrição.
Poxa, o DBM TEM que ser de graça, quem foi no Super Treino de Mogi viu a festa que foi, mas porque o DBM, a descida pra praia não pode ser de graça? Pela manutenção não consigo fazer um evento pra mil ciclistas enquanto a Ecovias não entregar aquela obra da Ciclovia e a Passarela sobre a Imigrantes.
Sobra hoje só a Privatizada Estrada Velha de Santos, mas a galera lá só pensa em…
Por um lado eu tentando fazer um evento mais acessível possível, do outro lado pessoas que só enxergam cifrões. Então depois desse enorme prólogo, vamos tentar explicar todos os problemas que tivemos na 13ª edição do Desafio Bicicletas ao Mar que aconteceu no dia 07 de maio de 2023.
Tenho que voltar novamente para as primeiras edições do DBM pela Estrada Velha de Santos, a descida era sempre em pelotões, guia na frente, carro de apoio, ambulância e Guias atrás. Na 10ª edição, já sob essa gestão do parque também foi assim.
Para a 11ª edição do DBM os próprios gestores do parque pediram pra eu bolar outra fórmula onde os ciclistas pudessem descer por conta própria, foi quando pensei nos monitores. São 7,5 quilômetros de descida, se espalhasse uns 20 monitores pela pista, praticamente um a cada 350 metros, a gente inibiria a galera que quer correr e em caso de acidente teríamos sempre alguém próximo pra socorrer.
Fizemos isso na 11ª edição flopada, aquela que rolou embaixo de chuva pra uns 600 ciclistas apenas e mesmo assim não tivemos nenhum acidente. Ah, vale ressaltar que o parque só cobrava aluguel e não nunca ajudou com nada, toda correria da infraestrutura era por nossa conta.
Na 12ª edição em junho de 2022, tivemos 1800 ciclistas, como na edição anterior muitos monitores que se comprometeram, deram cano, resolvi dobrar o número de monitores pra 40, se metade vier dou conta do mesmo jeito. Vale reforçar que esses monitores, apesar de serem voluntários, recebiam uma ajuda de custo de 100 reais.
Mesmo com as faltas vieram o número que eu considerava suficiente e o evento transcorreu tranquilamente com um único acidente apenas. O problema é que esse acidente foi fatal. O ciclista perdeu o freio numa curva perto do final da pista, bateu de cara numa rocha e infelizmente faleceu.
Depois dessa tragédia, não pensei apenas em desistir do DBM, minha vontade era desistir de pedalar, de trabalhar com bicicleta. Aquilo me pegou de um jeito que vocês não imaginam. Mas passou um tempo e o pessoal do parque me chamou pra conversar. Eles disseram que foi uma fatalidade, que eu não tinha muito o que fazer e se dispuseram a ajudar nos próximos eventos, realizando uma verdadeira parceria dividindo atribuições.
Disseram que poderiam ajudar colocando algumas proteções em certos lugares, ficar responsáveis pela parte médica, sugeri eles comprarem um sistema de rádio comunicador pra usarem dentro do parque, não apenas no nosso evento, mas em outros que pudessem acontecer lá, falaram que iriam tampar os vãos que tem em alguns pontos que cabem até rodas de motocicletas neles. Me convenceram a não parar com o DBM, até porque era uma excelente fonte de renda pra eles.
Fiquei animado e falei, bora então, vou fazer o lance da vistoria nos freios, sabia que a ideia da vistoria teria mais um papel psicológico do que prático, faria com que o ciclista desse mais atenção a esse item e inclusive o levaria a ter mais cuidado na hora da descida da serra.
Lancei a 13ª edição pra acontecer ainda em outubro de 2022, mas logo depois quando estava pra assinar o contrato… Começaram umas exigências estúpidas, sabe aquela história de parceria, trabalho em conjunto? Só conversa, até pioraram as exigências e minha responsabilidade até aumentou. Como eu vi que não iria rolar nenhuma parceria eu desencanei e desisti de organizar um novo DBM em 2022.
Até que em janeiro desse ano fui procurado por outro funcionário do parque, um cara do comercial, muito simpático, animado e imaginei que as coisas tinham mudado, mas foi só começar as conversas pra eu ver que o comercial não mandava tanto como imaginava, ainda assim resolvi levar as negociações adiante. Sugeri fazer uma inscrição de 55 reais sendo que 20 iriam para o parque e o restante eu usaria para preparar toda a infraestrutura, dessa forma seria interessante para o Parque ajudar na divulgação, pois quanto mais ciclistas, mais eles ganhariam.
Mas eles bateram o pé que queriam um mínimo de 40 mil reais, como já tinha colocado quase 2 mil na última edição sem nenhuma ajuda deles, não seria difícil garantir esse número. Aceitei e pedi pra eles colocarem uma faixa dentro do parque pra ajudar na divulgação do DBM, até porque se passasse dos dois mil, eles ganhariam mais dinheiro ainda. Disseram, beleza! Você paga 5 pau pra gente e deixamos a faixa aqui por 15 dias.
Ali já percebi que não daria pra contar com essa galera, então trabalhei para garantir os 2 mil inscritos, o que ajudaria a ficar perto de fechar as contas e segui tocando o evento até a semana que antecedeu o pedal. Primeiro vale um grande parenteses pra ressaltar a grosseria que a “gestora” do parque me tratava. Era só patada, cobranças irônicas, algo que já rolava desde o primeiro DBM que fizemos com eles. Parecia até pessoal, foi quando descobri que ela era assim com todo mundo, inclusive com os funcionários abaixo dela. Sabe aquela “gestora” que ninguém gosta, no máximo aguenta? Sim, era exatamente esse tipo de pessoa, acontece que eu não sou funcionário dela e tão pouco obrigado a suportar grosserias, então já devem imaginar o que aconteceu.
Nessa reunião uma semana antes do evento comecei a explicar como seria a operação no dia, falei que faria alguns vídeos para encaminhar aos participantes com dicas de como proceder em algumas situações, principalmente em relação aos cuidados com os freios, ao respeito da velocidade no parque e perguntaram qual a garantia que daria que todos os inscritos assistiriam os vídeos.
Não tem como garantir isso, eu mando o vídeo pra todo mundo, mas como garantir que vocês vão assistir? Como disse que isso era impossível um dos caras lá (um magnífico gestor) disse “Então coloca na ata que o organizador não garante que os participantes assistirão o vídeo”. Daí me perguntaram como garantir se vocês sabiam as regras do evento, eu disse que todos inscritos antes de finalizar o formulário tem que concordar com as regras, daí o cara me pediu o conteúdo das regras. Acontece que eu já havia mandado uma minuta do regulamento meses antes de aprovar o evento, ou seja, aquele cidadão sequer havia lido o material e estava lá só pra fazer constar em ata alguma coisa que pudesse usar pra culpar alguém em caso de merda?
Sabe aquela excelente forma de gestão que consiste em achar um culpado e tirar o seu da reta?
Percebendo a canalhice particularmente desses dois “gestores”, simplesmente liguei o foda-se e passei a devolver todas as patadas e grosserias que estava recebendo há meses dessa turma, mas mas o pior foi quando disse que iria contratar fotógrafos para tirar fotos de vocês. Apesar de não constar no contrato nenhuma obrigação de dar comissão a eles de qualquer coisa que eu comercializasse no dia do evento, eles queriam que eu mandasse uma proposta comercial porque eles queriam ganhar dinheiro com isso também.
O lance dos fotógrafos era uma ideia pra levantar uma grana porque eu sabia que depois do DBM iria sobrar um monte de conta pra pagar e não teria mais venda de camiseta ou inscrição. Como me recusei de dar mais dinheiro pra eles, falei que não iria vender as fotos, (por isso que eu mandei as fotos pra vocês de graça) e na sequência, devido a uma ânsia de vômitos que tomou conta de mim pedi licença e sai da reunião online.
Isso tudo há 4 dias do evento, pra piorar eles sumiram com o contrato que eu havia assinado digitalmente do site ZapSign e alegaram que precisava cancelar o contrato só porque nossa Ong tinha uma restrição na Receita. Tá com uma restrição porque eu preciso juntar alguns documentos, o que não desqualifica a ong de assinar contratos, mas como eles tinham a intenção de mudar o contrato pra constar essa comissão do que fosse comercializado no parque, com ameaças de cancelar o evento.
Por exemplo, nas duas últimas edições do DBM eles ficaram responsáveis por comercializar as Vans que fariam a subida dos ciclistas de Cubatão até a parte alta da Serra, mas só colocaram uma Van com uma carretinha que mal cabia 6 bicicletas. O resultado foi uma demora de mais de duas horas só pra fazer a subida e claro, um monte de gente reclamando com a gente e não com eles.
O que eu fiz? Assumi essa operação das Vans e coloquei 4 Vans com carretinhas que cabiam 15 bikes, o que custou pra gente 8 mil reais só a operação dessas Vans. Eu já havia dito que não iria comercializar as fotos, mas a sede de dinheiro era tanta que eles queriam ganhar comissão com as vendas das Vans e praticamente me forçaram a assinar um novo contrato na sexta-feira, dois dias antes do evento, sob ameaça de cancelar o evento.
Agora se coloquem no meu lugar, se tem uma coisa que eu não faço é ceder a ameaças, já me dei muito mal por causa disso e pensei seriamente em cancelar o evento, pois tinha certeza que iria me ferrar ao final do evento, mas não iria sozinho e só por causa de vocês eu descumpri um dogma que eu levo pra minha vida e assinei o novo contrato.
Chegou o dia do evento, da outra vez os monitores tinham que chegar no parque por conta própria, dessa vez chamei 90 monitores, sabendo que se tivesse uns 50 eu daria conta de tudo. Então gastei R$1.500,00 locando um ônibus pra trazer 50 pessoas de Santos e pedi pra uma das Vans passar no Jabaquara e trazer mais 15 monitores.
Cheguei as 6 horas no parque e fico sabendo que dentro do ônibus de Santos haviam 17 pessoas. E dentro da Van do Jabaquara, duas pessoas. Logo em seguida a gestora do parque se aproxima de mim, sem sequer falar bom dia e me pede nome e RG de cada monitor e a posição deles na estrada. Mandei ela tomar no cu? Não, calma e educadamente disse que não sabia onde cada um iria ficar, até porque eu queria intercalar um monitor a pé com um ciclista e que depois que posicionasse todo mundo eu anotaria os nomes e passaria pra ela.
Minutos depois eu recebo a seguinte mensagem no grupo que incluía um pessoal da minha equipe e alguns funcionários do parque.
“@Pasqua, peço que mantenha o decoro e respeito nas tratativas com a nossa equipe, senão seremos obrigados a retirar vc de dentro do parque.”
Eu respondi com um enorme OI????
Logo em seguida mandei um “Já começamos bem!”
Então o engraçadinho me manda essa mensagem.
“Obrigado pelo feedback, temos expertise em gestão.”
Vamos falar de gestão? Primeiro eventos são assim, por mais que você planeje, sempre vai acontecer alguma merda não planejada e um bom “gestor” vai tentar resolver o problema rapidamente. Só então depois que acabar o evento, numa reunião de refinamento vamos discutir onde erramos, dar a bronca em quem tiver que receber e criamos um novo procedimento sobre como agir quando o problema ocorrer novamente. Vamos imaginar que eu sou gestor de um parque, onde está ocorrendo um evento para 2 mil pessoas e os organizadores estão com um grave problema, o que eu faço? Tento não deixar o pessoal ainda mais desesperado e pergunto como eu posso ajudar.
Eles poderiam ter dito, “Olha, tenho aqui uma equipe com 10 pessoas, quer colocar eles na pista enquanto não chegam seu pessoal?” Eu marquei 58 pontos onde os monitores ficariam, mas sabia que metade disso seria suficiente, eles poderiam ter “emprestado” seu pessoal por um tempo, mas não. Começaram a discutir com nosso pessoal deixando a galera ainda mais nervosa. Enquanto isso no grupo que eles criaram a gente só via reclamações do comportamento de vocês, ao invés de colocarem a equipe dele para ajudá-los, essa equipe estava parada na pista tentando registrar com fotos e vídeos o que vocês faziam de errado para posteriormente usar contra a gente. Que gestores hein!
Já era mais de 8h00 quando consegui 30 monitores, então comecei a descer a serra para posicioná-los, perto das 9h00 eles estavam na pista e mandei o aviso para liberar a descida, mas o que aconteceu? Não é que os excelentes “gestores” proibiram os ciclistas de descer? Naquele momento a gestão do parque estava trabalhando para irritar os ciclistas que estavam no parque para que eles criticassem nós da organização, então nossa luta não era apenas para fazer com que vocês passassem pelo parque em segurança, era tentar driblar todas as dificuldades que eles criavam. Eles estavam preocupados com a segurança de vocês? Nem um pouco, colocaram mais duas ambulâncias lá que não serviram pra absolutamente nada, já que não estavam no nosso plano de emergências.
Mas tirando todos os contratempos criados pelos “gestores”, qual o saldo final? Nenhum acidente grave! Claro que teve alguns ciclistas que ficaram revoltados com a gente, novamente tive que ouvir gente falando que “pagou”, aquele papo de sempre, mas poderia ter sido um evento como o Super Treino de Mogi onde praticamente não ouvimos uma reclamação sequer.
E nem dá pra dizer que tudo é pela sede de dinheiro que parece ter tomado conta dos “gestores” do parque, se fossem bons gestores mesmo já teriam aberto a pista para ciclistas faz tempo, nós provamos inclusive que dá pra manter o parque aberto para pedestres e ciclistas ao mesmo tempo, mas cadê a competência desse pessoal pra gerar mais essa fonte de renda pro parque?
Mas isso não é problema meu e sim dos investidores que contrataram “gestores” pra fazer dinheiro com um Parque que deveria ser um bem nosso. Aqui cabe outra discussão, é justo privatizarem um bem que deveria ser de todo mundo e hoje só serve pra aumentar a renda de algumas poucas pessoas já milionárias?
A Rota Márcia Prado pode ser entregue a qualquer momento, será que esse governo vai entregar para a iniciativa privada também e depois de décadas de luta teremos que morrer 50 conto só pra conseguir chegar na praia? Até porque sei que gente do estado já procurou esses “gestores” para entregar a Manutenção pra eles também.
Vai ser difícil me convencerem do contrário, mas só vou fazer o DBM novamente se for gratuito. Pode ser que eu consiga um patrocinador, que eu consiga apoio dos próprios ciclistas, coloque o DBM dentro de uma lei de incentivo, mas cobrando inscrição da galera dificilmente farei.
Pior que eu tinha várias ideias. tem o Desafio das Flores, tenho ideia de organizar algumas gincanas, quero fazer o Festival BRCiclos (que vai ser surreal), voltar a fazer viagens de turismo, mas sempre que acaba um evento é assim, um bode interminável depois de meses de adrenalina e uma cacetada de dívidas pra pagar. Todo mundo ganha dinheiro com o DBM e qualquer evento que organizo, são “líderes” de grupos que ganham dinheiro organizando excursões, comércio da praia que ganha um 13ª a cada DBM, empresas de ônibus colocando busão extra pra dar conta do serviço, o parque recebendo 40 mil limpo num dia que não ganharia nem dez mil, agora a gente tem que passar um DBM desligando o celular pra fugir de credores.
Muito foda tudo isso, antes eu fosse milionário pra ficar brincando e jogando dinheiro no ralo só pra galera ficar feliz com um pedal que ninguém se compromete a fazer, mas a realidade tá bem longe disso. Pra encerrar gostaria de pedir desculpas ao pessoal que teve contratempos no último DBM, espero que vocês compreendam tudo que aconteceu e entendam que fiz o possível e impossível pra fazer o melhor evento pra vocês. Mas se não quiserem entender, fazer o que?
O Parque só pensa no dinheiro, outro dia fui utilizar um drone no parque e fui informado por um funcionário que para isso eu precisaria de uma autorização do parque solicitada por e-mail.
Assim o fiz, explicando que seria um voo baixo e que possuo conhecimento geral de trafego aéreo e que era um drone de 270 gramas.
Reposta do parque, não precisa de autorização, basta pagar uma “pequena taxa” de R$ 500,00 reais somente para fazer um voo comum, agora se for para fazer um ensaio fotográfico para uma noiva por exemplo basta pagar a “bagatela” de R$ 3.000,00 (três mil reais) por hora.
Péssima gestão mesmo
LI o relato e assisti ao video… É triste saber desses detalhes, embora seja necessário também! Não foi meu caso, mas vi bastante gente reclamando no Insta. Eu aproveitei cada km até Santos e cada km da volta… Cheguei em casa cansado às 23:20h, mas totalmente satisfeito por ter realizado um sonho!
Agradeço demais por organizarem isso tudo e lamento pelo preju e todo estresse…
Se pudesse compraria outras camisas do DBM, mas infelizmente não dá. Assim que as coisas ficarem melhores, contribuo com as fotos!
Novamente parabéns e obrigado por promoverem a realização do meu sonho!
Abraços,