A Rota Márcia Prado

Bicicletada Interplanetária

Nessa página você vai entender o que é a Rota Márcia Prado, quem foi Márcia Regina de Andrade Prado, como surgiu a ideia criação da Rota, tudo sobre o Pedal Anual da Rota Márcia Prado e as melhores formas de percorrê-la.

Importante, se você chegou aqui via o QRCode das placas, não as arranque, não cole adesivos e ajude a mantê-las. A Rota Márcia Prado está oficialmente instituída através da Lei do Estado de São Paulo de número 16.748, de 30 de Maio de 2018, lei ainda que aguarda sua regulamentação.

 

A sinalização da Rota Márcia Prado É UMA OBRIGAÇÃO DO GOVERNO DO ESTADO, mas enquanto os trâmites burocráticos para sua regulamentação não caminham, ciclistas dos grupos do DBM (Desafio Bicicletas ao Mar) se uniram e investiram nessa sinalização.

 

Portanto, ao depredar a sinalização, você estará prejudicando não só os ciclistas que investiram na mesma, mas como colocando em risco outros ciclistas que irão percorrer a Rota. Nos ajude a manter a sinalização.

O Pedal Anual da Rota Márcia Prado

Desde 2008 os ciclistas de São Paulo criaram a tradição de pedalar rumo ao Litoral no 1º Domingo de Dezembro. Os detalhes de como essa tradição foi criada, você encontrará mais adiante, na História da Rota Márcia Prado.

Em alguns anos, Associações de Ciclistas organizaram eventos nessa data, como ocorreram entre 2009 e 2012, com os Eventos da Rota Márcia Prado e nos anos de 2018/19 com as duas edições do Pedal Anchieta.

Independente da realização ou não de um evento oficial, é certo que no primeiro domingo de dezembro haverá uma grande mobilização de ciclistas pela Rota Márcia Prado, principalmente após a entrega das obras que incluiram uma Ciclovia e uma Passarela na Rodovia dos Imigrantes em 2024, que consolidaram a rota como um todo.

Como participar do Pedal Anual da Rota Márcia Prado

No ano de 2025, até o exato momento (21/11/2025) não há informação de algum evento oficial sendo organizado nesse dia. Se isso ocorrer até antes do primeiro domingo de dezembro, usaremos essa página para informar os ciclistas.

Para participar, independente de haver um evento organizado, nossa sugestão é a seguinte. Basta aparecer no ponto de início da rota (conforme informamos mais abaixo nos mapas) e seguir a sinalização.

A maioria dos grupos que se organizam para percorrer a Rota Márcia Prado, procuram se concentrar a partir das 6h30 no início da rota para sair às 7h00. Caso sua intenção seja participar de uma saída em massa, você só precisa estar na concentração nesse horário.

Abaixo você pode conferir uma sequência de vídeos com compilados de dicas para quem pretende participar do Pedal Anual da Rota em 2025.

Como percorrer a Rota Márcia Prado

A Rota Márcia Prado tem um trajeto considerado oficial e alguns ramais. O percurso oficial foi mapeado com base no trajeto feito pelo grupo da Márcia em, janeiro de 2009. Há ainda sugestões de ramais, como um percurso que evita as Balsas do Bororé e outro que começa na Estação Ribeirão Pires da CPTM e encontra o ramal principal na Estrada do Rio Acima com a Estrada do Capivari em São Bernardo dos Campos.

O Percurso Oficial da Rota Márcia Prado

O trajeto se inicia no Estacionamento da Ciclovia da Marginal Pinheiros, junto a Avenida Miguel Yunes, abaixo o local exato do ponto de partida.

Você pode ver o percurso no Strava logo abaixo, você pode também baixar o arquivo GPX do percurso oficial da Rota Márcia Prado.

Rota Márcia Prado Evitando as Balsas 

Essa opção de percurso tem o mesmo ponto de partida da Rota Oficial, mas aumenta o trajeto em cerca de 8 quilômetros, evitando a travessia das Balsas do Bororé e reencontrando a Rota Oficial na Estrada do Capivari, junto ao acesso da Ciclovia da Rodovia dos Imigrantes.

Você também pode baixar o GPX do percurso da Rota Márcia Prado sem as Balsas clicando aqui.

Rota Márcia Prado via ABC

Para o pessoal da região do ABC, ou que não queiram pedalar a partir da Ciclovia da Marginal Pinheiros, existe a opção de iniciar o pedal a partir da Estação Ribeirão Pires da CPTM, seguir pela Rodovia Índio Tibiriça até o Riacho Grande e lá encontrar o ramal principal na Estrada do Capivari.

Você também pode baixar o GPX do percurso da Rota Márcia Prado via ABC clicando aqui.

Quem foi(é) a Márcia Prado

Bicicletada Interplanetária

Por volta de 2008, a Bicicletada, a versão paulistana do Critical Mass, encontro de ciclistas que ocorria na última sexta feira do mês na Praça do Ciclista, também funcionava como um fórum onde ciclistas discutiam como tornar mais seguro o simples ato de pedalar. Nessas discussões surgiu um consenso que mais importante do que entregar panfletos aos motoristas pedindo para que eles seguissem as leis de trânsito, era trazer mais ciclistas para o movimento, principalmente aqueles ciclistas que usavam a bicicleta diariamente como meio de transporte.

Então que nossa querida Márcia, uma fisioterapeuta que pedalava pela cidade com um colchonete enrolado no bagageiro da sua bicicleta, cruzou o caminho de dois amigos da Bicicletada e foi convidada a participar daquele encontro mensal.

Não demorou a Márcia entrou na lista de emails de discussão da Bicicletada e passou a participar também de pedais e encontros informais do grupo.

Bicicletada Interplanetária

Dá para dizer que a Márcia Prado era uma Cicloativista? Dá sim, até porque uma das coisas que uniam todos ali era a luta para poder pedalar em segurança, sem literalmente correr risco de não chegar viva em casa. Cada um lutava de um jeito, alguns eram mais atuantes, uns gritavam mais, outros debatiam mais, outros eram pontuais, alguns nunca diziam nada mas estavam sempre apoiando tudo que fosse feito pela nossa luta.

E a Márcia podemos dizer que era uma dessas ativistas pontuais, não se manifestava muito, mas quando fazia era de forma certeira, como direi mais para frente. Isso porque agora vamos falar da paixão pelo Cicloturismo que a Márcia encontrou quando conheceu essa “galera da Bicicletada”.

Isso porque no ano de 2008 alguns ciclistas da Bicicletada começaram a estimular os demais na prática do Cicloturismo e num desses pedais a Márcia resolveu ir. A galera estava tentando ir para Sorocaba mas acabou desistindo no meio do caminho por causa de uma chuva, então falei para o pessoal encontrar nosso grupo em Embu das Artes. Ela fez um belo relato por email que vocês podem ler nesse link aqui, vale a pena a leitura, mas abaixo vou colar só um parágrafo que descreve essa aventura e um pouco do espírito de grupo que ela encontrou nessa turma.

Desde antes da bicicletada estava olhando os grupos de pedal, tenho uma 
cliente que pedala e ficava trocando ideias com ela, mas o que mais gostei 
desse grupo, que conheci na bicicletada, é essa mistura de prazer com pedal. 
Já “passei da idade” da performance, quero sim superar meus limites mas com 
prazer, não de olho no relógio ou em metas absurdas. Óbvio que pretendo 
pedalar com vcs “com minhas próprias pernas”, mas não me senti diminuída pelo
reboque, pelo contrário, achei de um companheirismo ímpar que só me fez 
gostar mais do grupo.

Mas ela não precisou mais ser rebocada, pelo contrário. Não demorou e lá estava ela pedalando com a gente rumo a Ubatuba, se mostrando uma grande e forte cicloturista, poucos meses após entrar no grupo da Bicicletada.

Bicicletada Interplanetária

A história da Márcia começou a se misturar com a Rota em dezembro de 2008 quando tentamos organizar a 1ª Bicicletada Interplanetária. Ela não pode ir nesse pedal, mas foi responsável por esse email que foi lido para os PMs que tentaram impedir a gente de chegar na praia, confira a situação bizarra no vídeo abaixo.

Naquela mesma tentativa frustrada de chegar na praia, um amigo posteriormente relatou na Lista da Bicicletada que havia pego uma estrada de terra perto do pedágio da Imigrantes e acabou saindo lá no Metro Grajaú. Na mesma hora pensei,

“Se a gente encontrar uma rota que pegue o mínimo de Rodovia, aí o governo não terá desculpas para nos impedir de chegar na praia”

Então durante a semana pesquisei o percurso nos mapas disponíveis na época (Google Maps era bem incipiente), encontrei a rota e fiz um convite na lista da bicicletada para percorrermos a rota e sinalizar com bicicletinhas no chão a Estrada de Manutenção da Imigrantes.

Assim no dia 11 de janeiro de 2008 um grupo de 15 ciclistas se encontrou em frente ao Bicicletário da Estação Grajaú e seguiu pela rota, entre eles lá estava ela, nossa querida Márcia Prado com seu Capacete Vermelho.

Bicicletada Interplanetária

O grupo de 10 homens e 5 mulheres pedalaram até a cidade de Santos pelo percurso que futuramente serviria como base para a Rota Márcia Prado, no vídeo abaixo é possível conferir como foi esse pedal, que se encerrou lá no Canal 1 da cidade de Santos, onde a Márcia chamou as demais mulheres do grupo para repetir o percurso no final de semana seguinte, só que sem paradas para sinalização pra dar tempo de chegar em Santos e “pegar uma praia”.

No dia 14 de Janeiro de 2008, nossa amiga Márcia Prado pegou sua bicicleta e foi trabalhar por volta das 10h30, mas antes enviou para a lista da Bicicletada duas mensagens. Na primeira ela reclamava de uma Campanha Nacional de Trânsito que debatíamos no grupo.

Também não gostei. Principalmente do clima de fantasia para falar de “acidentes” de trânsito. Além de concordar que a campanha transfere a responsabilidade para o pedestre…

Sou a favor de campanhas impactantes, como aquele vídeo que alguém postou mostrando “acidentes” e questionando se eram acidentes mesmo.

E que aquele lindo texto da resolução 166 saia do papel e tenhamos educação para o trânsito nas escolas.

Abs,

Márcia

Já a segunda mensagem era justamente no email onde conversávamos sobre a maravilhosa experiência do domingo anterior.

Alguém reparou que nas balsas temos 18 ciclistas e seus veículos, além de cerca de 7 carros com 7 motoristas??

E essas foram as duas últimas mensagens que a Márcia Prado enviou para aquele grupo de ciclistas e muito provavelmente devam ser as últimas mensagens que ela enviou para alguém, isso porque horas depois recebi uma ligação de um dos nossos amigos dizendo de forma direta.

“A Márcia morreu”

Como assim? Ela tá no hospital? Sofreu um acidente?

Não, ela está aqui na Paulista coberta por sacos, foi atropelada por um ônibus.

Ghost Bike Paulista - Homenagem a Marcia Prado

E assim se encerrou o ciclo de pedalada da nossa amiga, pelo menos nessa dimensão. No dia 14 de janeiro de 2008 a Márcia acabou sendo vítima daquilo que tanto combatia, a inação por parte do poder público em proteger as pessoas mais frágeis do trânsito e essa ode motorizada que faz com que alguns cidadãos sejam mais “cidadãos” do que outros. Mas mal sabia ela que sua luta se encerraria ali.

A Conquista da Rota Márcia Prado

Pode perguntar para qualquer ciclista que mora na região metropolitana de São Paulo qual é o maior sonho de chegar pedalando. Garanto que 99% irá te dar a seguinte resposta.

Quero chegar pedalando na praia!

Ocorre que há décadas os ciclistas são simplesmente impedidos de realizar esse sonho. Isso porque as formas “naturais”, que também podemos chamar de “formas para quem tem carro” de se acessar o Litoral a partir do Planalto Paulista são as vias Imigrantes e Anchieta, ambas que tem o tráfego de ciclistas proíbido no seu trecho de serra.

Tudo bem, realmente é perigoso pedalar junto com os carros nessas vias no seu trecho de serra, mas existe uma alternativa?

Quem se arriscasse pelas vias normais simplesmente seria impedido pela Policia Rodoviária de acessar o trecho de serra. Nas décadas de 80 e 90 eram comuns os relatos de ciclistas que tiveram seus pneus cortados por policiais por tentar tamanha ousadia.

Mas quando o novo código de trânsito promulgado em 1997, pela letra da lei o ciclista passou a ter o tráfego permitido nessas vias, inclusive nos trechos de serra.

Alguns ciclistas com o texto do novo CTB em mãos, apesar da resistência por parte dos policiais, conseguiram subir a serra em algumas situações.

Pedalando na Imigrantes em 1998

Mas essa confusão mental demorou pouco, logo tudo voltou ao “normal” e os ciclistas continuaram impedidos de chegar ao litoral de forma não clandestina. Até que ciclistas do movimento da Bicicletada convocaram para dezembro de 2008 a primeira Bicicletada Interplanetária.

Bicicletada Interplanetária

Através de emails, panfletos e boca a boca, no dia 06 de dezembro daquele ano, cerca de 500 ciclistas se reuniram na Praça do Ciclista e seguiram em massa rumo ao litoral, mas bastou chegarem ao início da Rodovia dos Imigrantes para serem impedidos pela PM.

Interplanetaria

E foi justamente nessa manifestação que surgiu a ideia de mapear uma rota que evitasse ao máximo a Rodovia dos Imigrantes e deixasse o ciclista o mais próximo possível da Estrada de Manutenção no Parque da Serra do Mar. E no dia 11 de janeiro de 2009, um grupo de ciclistas fez o reconhecimento dessa nova rota. E no dia 14 de janeiro de 2009, a Márcia Prado que estava nesse grupo foi mais uma das milhares de vidas vitimada pelo nosso tão violento trânsito brasileiro.

Foto na Balsa com a Marcia Prado

Passado o luto, os ciclistas começaram a se mobilizar, primeiro batizaram informalmente o percurso como Rota Márcia Prado e passaram a pressionar o poder público para que investisse numa infraestrutura que viabilizasse a rota.

Pois apesar do percurso de São Paulo a Santos ter mais de 80 quilômetros e ainda passar pelas cidades de São Bernardo, Cubatão e pelo Parque da Serra do Mar, havia um trecho com cerca de 6 quilômetros que inevitavelmente os ciclistas eram obrigados a percorrer pela Rodovia dos Imigrantes, o que de certa forma inviabilizava a rota, já que o risco de pedalar naquele trecho de rodovia era inerente.

O problema é que ao questionar o Governo do Estado sobre a construção da infraestrutura com ciclovias e passarelas nesse trecho de 6 quilômetros, a resposta que recebíamos era essa.

Construir uma passarela de milhões para meia dúzia de ciclistas?

Portanto para provar que éramos bem mais do que meia dúzia, alguns dos ciclistas se organizaram numa Ong e foram atrás de todas autorizações necessárias para realizar o 1º Evento Anual da Rota Márcia Prado, em dezembro de 2009.

A escolha da data era para manter o caráter de protesto que havia ocorrido na Bicicletada Interplanetária de 2008, mas também tentar dar apoio para que novos ciclistas pudessem percorrer a rota. E logo na primeira edição o evento teve a participação de 1000 ciclistas.

A luta continuou, em janeiro de 2010 foi promulgada a lei municipal nº 15.094/10, de autoria do Vereador Chico Macena, que instituía a criação da Rota Cicloturística Márcia Prado no perímetro urbano da Cidade de São Paulo. E em dezembro do mesmo ocorreu a 2ª edição do Pedal da Márcia Prado, novamente com mil ciclistas.

Ano a ano o evento da Rota Márcia Prado continuou acontecendo até que na edição de 2012 contou com a presença de 10 mil ciclistas.

Ciclistas na Balsa para Rota Marcia Prado em 2012

Foto: Fabio Braga/Folhapress

Após tantos eventos de tamanha mobilização, obviamente fez com que o Governo do Estado de São Paulo resolvesse investir na infraestrutura que consolidaria a Rota Márcia Prado, não é?

Não. Pelo contrário, após esse mega pedal de 2012, a ofensiva do Governo do Estado passou a ser o de proibir qualquer tipo de evento, o que deu início a dezenas de assédios judiciais e uma profusão de interditos até contra pequenos grupos de ciclistas, com multas que passavam de 100 mil reais!

Nem a proibição de eventos, ou todo esse assédio jurídico foi suficiente para impedir os ciclistas de manterem a tradição e se seguir em massa rumo ao litoral no primeiro domingo de dezembro de cada ano.

Descida para Santos de Bike - 2014

Ciclistas em dezembro de 2013 saindo da Estrada de Manutenção e acessando a Rodovia dos Imigrantes para chegar na Baixada Santista.

Entre os anos de 2013 e 2017, diversos ciclistas mantiveram reuniões tanto com o Governo do Estado, como com a Concessionária Ecovias na busca de uma solução definitiva, mas nada do que era discutido nessas reuniões apresentavam resultados concretos.

Nesse meio tempo os ciclistas continuavam mantendo a tradição e se reunindo no primeiro domingo de dezembro para seguir até a praia, até que chegamos ao fatídico ano de 2017.

Todos os ciclistas que acessavam a Rodovia dos Imigrantes, através de placas e avisos eletrônicos, eram direcionados para a Rodovia Anchieta (confiram esse relato do Vá de Bike) no trecho de intersecção com a Rodovia de Interligação do Planalto. Lá foram mantidos por horas com sol a pino, sem que fosse dada a permissão de descer a serra, até que finalmente a Polícia Militar do Estado de São Paulo agiu para “resolver” a situação da “melhor” maneira que encontrou.

Cilclistas são dispersados a bomba pela PM - Dezembro de 2017

Após a aberração acima cometida contra os ciclistas que apenas queriam fazer valer o seu direito básico de ir e vir, os ciclistas se organizaram, foram recebidos pelo Estado e finalmente algo concreto começou a acontecer.

Foi criado o Ciclo Comitê Paulista, orgão do Governo do Estado de São Paulo com pelo menos 12 membros indicados pelo Estado e 6 ciclistas indicados pela Sociedade Civil. O objetivo do Ciclo Comitê é debater e criar políticas públicas que incentivem o uso da bicicleta no Estado de São Paulo.

 

Em maio de 2018, o atual governador Márcio França assinou a Lei 16.780 que Instituía a Rota Márcia Prado e autorizava o governo a dar andamento nas obras necessárias para sua consolidação.

pedal anchieta 2019 milhares de ciclistas tomaram a rodovia anchieta em 02-12-2018

Já em dezembro de 2018, com o apoio do Estado foi realizada a primeira edição do Pedal Anchieta, que reuniu nada menos do que 40 mil ciclistas. O evento se repetiu em dezembro de 2019 e novamente contou com a participação de 40 mil ciclistas.

pedal anchieta 2019 milhares de ciclistas tomaram a rodovia anchieta em 02-12-2018

Largada da 2ª Edição do Pedal Anchieta em dezembro de 2019

Devido a pandemia o evento deixou de ocorrer a partir de 2020 e mesmo com as tentativas de retomar o evento em 2022, todas as inciativas para organização do evento foram negadas pelo Governo do Estado de São Paulo.

Ao menos tivemos uma vitória, no final de 2022, finalmente a Artesp autorizou a Ecovias a dar andamento nas obras da Rota Márcia Prado, um complexo de Ciclovias e Passarelas ligando a Estrada do Capivari em São Bernardo do Campo, com o Parque da Serra do Mar, entregues no dia 28 de julho de 2024.

pedal anchieta 2019 milhares de ciclistas tomaram a rodovia anchieta em 02-12-2018

Mas a luta não acabou! O próximo passo é a regulamentação da Lei da Rota Márcia Prado que está sendo discutida no Ciclo Comitê Paulista. Essa regulamentação irá discurtir não só a sinalização como a manutenção da rota como um todo.

E toda essa luta pela Rota Márcia Prado faz parte de uma luta maior dos ciclistas do Brasil para que os governos estimulem o uso da bicicleta e trabalhem na busca de diminuir essa enorme sensação de insegurança de quem só quer pedalar.

Apesar de imensa vitória até então, foi só uma pequena vitória, já que estamos longe do nível de investimento que países considerados “desenvolvidos” e “civilizados” dão aos seus ciclistas.