Essa é a grande pergunta, garanto que a cidade de São Paulo esta infinitamente melhor para se pedalar do que a alguns anos, mas como ela é uma cidade que foi mal planejada, onde toda a preferência gira em torno do deslocamento dos carros particulares, há diversos “pontos negros” na cidade onde o ciclista não tem alternativa a não ser se arriscar. Podemos dizer que além das pontes e viadutos de São Paulo, a Avenida Paulista é outro ponto muito complicado.
Não adianta melhorar a convivência entre ciclistas e motoristas, pois na Paulista, se nada for alterado, outras mortes irão ocorrer, isso é inevitável. Depois do (não foi) acidente que ocorreu com nossa amiga Julie, o debate voltou a tona, conversei com vários técnicos e resolvi compilar diversas sugestões de mudanças que, ao menos minimizarão os riscos. Ouvi várias sugestões, fiz minha classificação e criei um índice de “plausibilidade”.
Toda a classificação não passa de uma opinião minha, com base na minha experiência no estudo da mobilidade humana (chega desse termo cicloativista que passei a odiar). Pretendo com esse post iniciar um debate para chegarmos a uma solução definitiva. Vamos às opções:
Retirar os ciclistas da Paulista
Nota: 0
Essa sugestão foi aventada por muitas pessoas (a maioria não anda de bicicleta) em comentários nas matérias sobre o tema nos últimos dias. Nem dá para discutir essa hipótese, proibir vai de encontro a essa luta que esta tomando conta da sociedade (não apenas dos ciclistas) na busca de uma cidade mais justa, sem ser refém do carro. O ciclista opta pela Paulista justamente porque as alternativas paralelas (São Carlos do Pinhal e Alameda Santos) tem relevo acidentado e não podemos dizer que são mais seguras do que a Paulista, pois não tem um tratamento visando reduzir a velocidade dos carros.
Sem falar que a própria avenida é destino de muitos ciclistas, seja como destino de trabalho ou mesmo para os entregadores que realizam muitas viagens na avenida, de certa forma reduzindo o número de motos nas ruas.
Plausibilidade: 0
Se os ciclistas já colocaram mais de 500 ciclistas em poucas horas depois do acidente e mais de mil com poucos dias de articulação, já dá para imaginar o tamanho da revolta que isso causaria. Proibir o tráfego de ciclistas na Paulista por puro medo de retirar espaço dos carros seria a gota d’água que nenhum ciclista iria engolir. Até porque seria um retrocesso dentro do corpo técnico da Prefeitura que vem se colocando a favor de medidas que incluam e não excluam os ciclistas das ruas.
Criar um corredor exclusivo de ônibus nas paralelas da Paulista e uma Ciclofaixa (permanente) na Paulista
É algo a se estudar, um corredor exclusivo faria com que o usuário de ônibus tenha que andar uma quadra para chegar à Paulista, em compensação resolveria o problema do congestionamento causado pelos carros que atrapalha os usuários de Transporte Público. Mas não seria apenas uma faixa preferencial, mas exclusiva, como ocorre em vias como a Cardeal Arco Verde e Teodoro Sampaio.
Já para o ciclista, a Ciclofaixa poderia até ser mais larga dando a possibilidade do uso também como lazer aos finais de semana. Será necessária ainda uma redução da velocidade máxima da via para os carros (tem que ser inferior a 50 km/h) e um tratamento nas esquinas para evitar com que os motoristas façam as conversões sem dar prioridade ao ciclista. Uma ótima oportunidade da CET implantar os Bike Box, o que desestimularia o ciclista a atravessar o farol vermelho, algo que hoje ele faz para justamente evitar esse conflito com o motorista que pretende fazer conversões após a abertura dos semáforos.
Plausibilidade: 8
Essa é uma opção bastante plausível pois não traz tantos custos de implantação e envolve poucos órgãos. Apenas CET e SPTrans, ambas sob a mesma secretaria (de Transportes). Apenas com sinalização de solo seria possível resolver a situação.
Com um pouco mais de investimento, para punir os péssimos motoristas que tentarão invadir a pista exclusiva de ônibus para fugir do congestionamento, podemos nos inspirar no exemplo Carioca. Onde instalaram faixas como essa há radares fotográficos em todas as quadras. Caso o mesmo carro seja fotografado em duas quadras, significa que ele usou a faixa não para acessar um prédio ou realizar uma conversão e sim para fugir do trânsito.
Faixa exclusiva a direita da Paulista para ônibus e ciclistas
É um modelo interessante que pode ser utilizado na Paulista sim, mas para isso seria necessária uma redução da velocidade dos carros para 40 km/h e dos ônibus para 30 km/h. Cada via da Paulista tem 12 metros com 4 faixas, sendo 3 faixas para os carros e uma preferencial para os ônibus. Cada faixa tem 3 metros de largura, inclusive a dos ônibus.
Se deixarmos cada faixa da Paulista com 2,50 (largura das faixas da 23 de maio por exemplo), poderíamos ter uma faixa de ônibus com 4,5 metros. Os ônibus têm uma largura média de 2,5 metros, com isso teríamos espaço de 2 metros para os ciclistas circularem, como ocorre em diversas cidades onde o compartilhamento entre ônibus e ciclistas é algo natural.
Plausibilidade: 6
Essa é uma opção que eu particularmente gosto, claro que os motoristas de ônibus passariam por um treinamento especial para aprender a dividir espaço com os ciclistas e tendo uma via exclusiva para eles, mesmo com a velocidade de 30 km/h, como não haveria mais a presença dos carros atrapalhando, teriam o mesmo ganho de tempo caso a velocidade fosse de 60 km/h.
Sem falar que essa situação já ocorre constantemente na Paulista, segundo a Contagem Fotográfica realizada pela Ciclocidade na Paulista, 57% dos ciclistas que circulam na Paulista compartilham a faixa da direita com os motoristas de ônibus.
Uma solução que só depende de uma única secretaria, o problema é que a região da Paulista tem muitos ônibus circulando e isso pode trazer alguns transtornos, pois só eles já causarão congestionamento nos corredores. Fica difícil também acreditar que a prefeitura terá coragem de colocar nesse momento ônibus com ciclistas. Isso um dia vai ocorrer, mas falta confiança da prefeitura para fazer essa aposta nesse momento, por isso ela trabalha em sempre evitar o conflito entre ônibus e bicicletas.
Ciclovia no canteiro central da Paulista
Nota: 7
Pensando como ciclista que constantemente pedala na Paulista, não vejo a ciclovia como algo de todo ruim. Mesmo sendo no canteiro central, como boa parte dos ciclistas que passam por lá vem de bairros afastados, serão muitos os que irão acessar a ciclovia e pedalar por ela até seu destino. Mas não irá acabar com o trafego de ciclistas nos bordos, principalmente os ciclistas que realizam entregas, nem sempre irá compensar atravessar um semáforo na Paulista para andar uma quadra e ter que sair novamente.
O canteiro central da Paulista tem 3 metros e uma ciclovia bidirecional tem que ter no mínimo 2,5 metros. No caso da Paulista que é uma via que terá um grande fluxo de ciclistas, o ideal é que sua largura seja de 3 metros. Nesse caso será totalmente necessário retirar espaço do viário hoje destinado aos carros.
Ao reduzir a largura das 3 faixas de rolamento para 2,50 metros e mantendo a de ônibus com 3 metros, a ciclovia ganharia mais 1,5 metros de cada lado deixando a via central com 6 metros, o que caberá os postes de sinalização e a Ciclovia com uma área de segurança.
Plausibilidade: 4
Obras! Sempre que há uma obra envolve outras secretarias, subprefeituras, inclusive a ciclovia seria a divisa de duas subs, quem seria o responsável por ela? Até licitarem o projeto básico, aprovar orçamento, autorizar a obra, tudo isso levará um tempo e em menos de um ano, mesmo com toda boa vontade política, dificilmente sairá do papel.
O lado bom é que se caso optem por essa solução, a prefeitura pode aproveitar para levar a Ciclovia até o Metro São Judas, aí sim ela seria não apenas uma efetiva alternativa como transporte como poderá integrar com a Ciclofaixa de Lazer e ser também uma ótima opção de passeio a noite e nos finais de semana.
Outro fator negativo, resolve o problema do ciclista mas não dos ônibus que continuarão sofrendo com os congestionamentos.
Corredor de Ônibus no Canteiro central da Paulista e ciclofaixa a direita
Nota: 9
Essa é uma opção quase perfeita pois além de resolver o problema dos congestionamentos de ônibus na Paulista, cria uma pista exclusiva para veículos de emergência, um sério problema da Paulista. Visto que as ambulâncias sofrem não devido a manifestações mas por causa do congestionamento diário causado pelos carros. Repare que a maioria dos ônibus que circulam pela Paulista tem portas dos dois lados, portanto não seria tão complicado incluí-los no corredor.
Mas seria necessário de obras, nesse caso é possível deixar o canteiro central com 6 metros no mínimo, deixando uma faixa “exclusiva” para ônibus, duas para carros e uma ciclofaixa de 2 metros à direita para os ciclistas. Seria necessário também reduzir a velocidade da via que também deve ser inferior a 50 km/h.
Plausibilidade: 4
Mais uma obra, além de ser necessário vencer a resistência de parcela da sociedade que é contra os corredores de ônibus. Em 2009 quando as calçadas da Paulista foram reformadas, o Presidente da Associação Viva Paulista colocou a culpa dos congestionamentos nos ônibus e não nos carros (não sei se essa é ainda a posição da associação). Confesso que há sim uma bagunça, realmente há muitos ônibus circulando na Paulista e nos horários de pico, devido ao volume de passageiros que embarcam, há mais demora que o normal, mas culpar os ônibus pelo congestionamento na Paulista é piada.
Se a sugestão de jogar os ônibus para as paralelas fosse adotada, os congestionamentos na Paulista iriam continuar. Por acaso os congestionamentos na Marginal Tietê sumiram depois das obras? Por acaso os congestionamentos na Avenida dos Bandeirantes sumiram com a retirada dos caminhões?
Nesse caso tem que haver uma clara vontade política e a necessidade de rebater qualquer contra-argumentação das pessoas contra a retirada de espaços dos carros. Transporte Público tem que ser prioridade SEMPRE. O próprio site da associação mostra que no momento mais carregado circulam 4.200 carros por hora. Vamos supor que o volume seja sempre esse (o que não é). Em 24 horas teríamos 100.800 carros passando pela Paulista. Como a média e paulistana é de 1.2 pessoas por carro, na pior das hipóteses teríamos 120 mil pessoas se deslocando de carro diariamente.
Olha que conta ridícula, 100 mil carros (número superestimado) transportam 120 mil pessoas. Já os 184 ônibus que passam pela Paulista diariamente transportam 313 mil pessoas. Não seria mais fácil melhorar o deslocamento dos ônibus e colocar essas 50 mil pessoas que passam de carro na via nos ônibus? Bastaria usar esse argumento para calar qualquer pessoa que seja contra a retirada de espaços dos carros na Paulista para dar preferência ao transporte público.
Esse também é o caso de, caso seja necessário licitar uma obra, que estenda esse corredor exclusivo até o Metro São Judas pelo corredor Paulista, Vergueiro, Domingos de Moraes e Jabaquara.
Instalação de um VLT no canteiro central ligando a estação Consolação a São Judas do Metro
Nota: 10
O VLT (Veículo leve sobre trilhos) é na verdade um bonde moderno. Fácil de ser instalado pois usará as pistas já existentes, um pouco caro pois tem uma capacidade de transporte passageiros/hora maior que um ônibus e menor que o Metro. Serviria inclusive de apoio ao Metrô que já tem problemas de superlotação na linha verde que passa pela Paulista. O cidadão que esta na Paulista e que tem como destino as estações Paraíso e São Judas, com certeza irá optar pelo VLT. A velocidade do VLT pode até ser menor que de um carro do Metro, mas o passageiro não perderá tempo realizando a baldeação entre as linhas verde e azul, além de não ter a necessidade de descer escadas até o subsolo.
Nesse caso considero que a melhor solução seria a Prefeitura e o Metrô de São Paulo trabalharem em conjunto. A Prefeitura pode repassar o dinheiro e o Metrô faria a gestão, tanto da obra como do sistema, integrando tudo com o bilhete único. E a pista do VLT possivelmente poderá ser utilizada pelos veículos de emergência.
Plausibilidade: 3
Quanto mais órgãos envolvemos, mais complicado vai ficando, é de interesse do Metro criar alguma solução para desafogar o fluxo de pessoas na linha verde, as linhas não concorrem, se somam. Com um VLT realizando esse trajeto, aí sim pode se reduzir a quantidade de ônibus na região, tirando eles de vez da Paulista e se necessário, levando poucas linhas para as paralelas.
Mas em ano de eleição, nem sempre a vontade da população é levada em conta. Um VLT poderia integrar na Estação São Judas, tanto com a linha azul como com o Monotrilho da linha Ouro que vai passar no Aeroporto e depois vai até a estação Vila Sônia da linha amarela passando pelo estádio do Morumbi. Uma obra cara, mas com um resultado final bem melhor, sem falar que um VLT é bem mais confortável que um ônibus e melhor, é um veículo limpo.
Em 2010 a Associação Ciclocidade realizou uma contagem de ciclistas na Paulista e mesmo com essas condições inóspitas, em 14 horas contou 733 ciclistas uma média de 52 por hora, quase um por minuto. Se optarem tanto pelo corredor de ônibus, ou pelo VLT e não reservarem dois metros de cada lado para os ciclistas, aí fica claro que querem nos tirar do mapa.
Conclusões:
A minha preferência já deixei claro nas notas. Para definir os índices de “plausibilidade” me baseio única e exclusivamente em minha experiência e no conhecimento de como funciona a máquina pública. É possível também integrar duas soluções, como por exemplo, jogar os ônibus para as paralelas enquanto não sai do papel a Ciclovia no canteiro central, ou mesmo o Corredor de ônibus ou o VLT.
São duas alternativas que não dá para aceitar. Uma é proibir os ciclistas na Paulista, seria um retrocesso e até mesmo uma grande incoerência depois de todo esse movimento que a Prefeitura de São Paulo vem fazendo para melhorar nossas condições. A outra alternativa inaceitável é manter como está, pois se nada for feito, em breve teremos mais mortes na Paulista. Algo tem que ser feito para reduzir as situações de risco.
Qual a importância de uma solução na Paulista e porque não em outros pontos da cidade primeiro? Se conseguirmos reduzir os espaços dos carros na Avenida Paulista, será um marco tão grande que abrirá muitas portas para realizarmos o mesmo no resto da cidade.
As obras de um corredor de ônibus são menos agressivas e custosas do que a implantação de um VLT, podendo ser tão eficiente quanto se bem implantado, por isso acredito que um corredor à esquerda e uma ciclovia à direita seria a melhor solução.
Todas as suas idéias são boas e o poder público deveria adotar uma delas (particularmente, gostei muito da idéia do VLT! Inclusive ele teria que ir até a estação Paulista da Linha 4 do metrô, para o transporte valer a pena). Enquanto isso não ocorre, coisa q duvido muito q ocorra a curto e médio prazo, faço o mais simples, pedalo no “corredor” das motos! Infelizmente esse é a única forma de andar de bike em vias de grande movimento com relativa segurança…. digo isso pq os motoristas de carros tem medo dos motoboys e não costumam trocar de faixa sem dar seta, etc… e os motoboys podem até fica bravos comigo, mas esses tem q me aguentar, pq se um doido quiser jogar a moto pra cima de uma bike, os dois vão se machucar, coisa q não acontece com um carro, ônibus ou caminhão…. Para ciclistas com alguma experiência e com uma bike que tenha o mínimo de qualidade, pedalar (forte) no corredor da motos é a única solução para evitar uma morte precoce….
Só um detalhe José, quando está tudo congestionado na Paulista não tem problemas para os ciclistas, eu não ando no corredor das motos, mas ando no diretamente a direita e vou numa boa.
De noite, depois das 22h00 também dá para atravessar a Paulista dentro da faixa de ônibus pois passam poucos ônibus, o problema é nos finais de semana e nos horários que a Paulista tem uma relativa fluidez. Os dois acidentes ocorreram nesses horários e com ciclistas experientes, portanto alguma coisa tem que ser feito. Eu acho que o mais provável será reduzir as faixas dos carros, aumentar a dos ônibus e a redução de velocidade de todos os veículos. Vamos ver o que acontece.
Continuo achando que são os ônibus que devem deixar a Paulista, pois já existe o metrô embaixo, e ele poderia ser integrado de maneira mais eficiente nas avenidas Dr. Arnaldo e Domingos de Morais. Uma vez que as linhas de ônibus que circulam pela Paulista são cobertas pelo Metrô, os ônibus poderiam chegar até as avenidas citadas e retornarem, fazendo assim itinerários circulares. Pra quem precisa seguir viagem, desceria para o Metrô, como já fazem milhares de pessoas que saem da Lapa para a Vila Mariana, por exemplo. Um VLT também pode contribuir bastante para suprir a ausência dos monstrengos poluidores. Reduzir a velocidade dos carros é importante e a implantação de uma faixa para os ciclistas pois, sem ônibus, espaço não vai faltar
Fantástico post. Competência num blog de ciclomobilidade e que não é espelhada nos administradores públicos.
Sobre a solução acredito que a mais “humana” seria da ciclofaixa a direita. Mais fácil de assimilar pelos ciclistas e por estar mais “próxima” da calçada para eventualidade de parar.
Olá André, bem poucas pessoas poderiam ter feito um post assim: criativo nas soluções, muito bem ilustrado e escrito.
A minha preferência também é pela “Faixa exclusiva a direita da Paulista para ônibus e ciclistas”. Essa me parece a mais simples de implementar e mudaria pouco para os ônibus e carros. Gostaria de acrescentar que as soluções precisam sempre levar em conta as vias que continuam. Pelas fotos do Google, a Av. Consolação tem corredor de ônibus junto ao canteiro central, a Av. Rebouças também. Na Dr. Arnaldo, o ônibus segue pela faixa da direita. Na outra extremidade da Av. Paulista, a Av. Domingos de Morais também vem com o ônibus na pista da direita. Acredito que este post deve gerar algum resultado concreto. Um abraço.
A solução de colocar os ônibus num corredor exclusivo no canteiro central, ajustando as faixas e colocando uma Ciclofaixa me parece a mais sensata, embora envolva obras.
A Rua São Carlos do Pinhal termina logo após o MASP, bem no meio da Av. Paulista, e colocar os ônibus ali ia criar um gargalo gigante quando estes fossem voltar a Av. Paulista, pq dar a volta fica foda e a ciclofaixa continua sendo rua, evitando pedestres. Entretanto quanto aos carros, a maioria absoluta dos estacionamentos da Av Paulista tem entrada pelas paralelas.
Acho que colocar a ciclofaixa no meio além de descaracterizar demais a Av realmente é inefetivo. Os pontos de ônibus descaracterizam menos, e não custa nada para ninguém atravessar a rua. A Av. Ibirapuera é assim faz TEMPO e funciona muito bem. Além do mais poderia se integrar fácil com o Mêtro colocando escadas nos pontos de ônibus do canteiro central também.
Já colocar elas na paralelas não seria tão ruim. Embora o relevo não seja 100% plano para um ciclista não custaria muito subir uma quadra e andar 300 metros (todo almoço fazem isso) empurrando a bike para chegar na empresa. Novamente muitos estacionamentos tem entrada pelas paralelas e os orgãos poderiam icentivar estacionamentos para bicicletas com entradas pelas paralelas. Mas, se perderia o ‘charme’ de se pedalar pela Paulista que poderia ter no fim de semana com apelo comercial inclusive.
Fica ai minha opnião 🙂