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Subidas são a tristeza para a maioria dos ciclistas. Comigo não era diferente e fugia de todas, até passar a vê-las de forma diferente. Vejo um morro como algo que me dará o verdadeiro condicionamento físico, um objetivo a ser vencido e quase sempre, uma visão recompensante.

Em São Pedro fiquei na casa do meu amigo Francisco Pellegrini, ex morador de São Paulo que se aposentou e resolveu morar numa bela cidade do interior. Fez questão de me acompanhar nos primeiros 30 km da jornada, caminho sugerido por ele que me livrou da incomoda presença de caminhões por mais da metade do caminho.

Saímos tarde, por volta do meio dia (ainda aprendo a sair cedo) e encaramos a Serra de São Pedro. Um desnível de 300 metros, com inclinações com mais de 20%. Um verdadeiro desafio para meus quase 40 quilos de bagagem. A subida foi dura, mas como sempre, o visual compensador.

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Seguimos por uma estrada de terra que nos leva ao municipio de Torrinhas. Pensei em colocar os pneus de cravo, mas a preguiça falou mais alto e me dei mal.

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A pista não é cascalhada, é de terra compacta mas em alguns trechos coberto por uns 5 cm de areia. Quando passava por esses trechos, meu slick da frente afundava na areia e eu perdia a frente.

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Depois de vários “quase” uma hora caí. O resultado foi uma bela roda empenada que me deu muito trabalho no resto da jornada.

Foram 20 kms de terra, onde me despedi do Francisco e segui sozinho novamente. Até ali foram 32 km a uma média de 10 km/h. Ela tinha que crescer para não chegar de noite em Barra Bonita.

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Apertei o passo sendo mais 15 kms de asfalto até Torrinhas, num tapete e quase sem carros. Chegando em Torrinhas eu parei para almoçar quase 17h00 e apertei o pedal por mais 50 kms até Barra Bonita.

Paradas foram poucas e principalmente para registrar esse belo por do sol.

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Hoje é dia de descanso, de curtir Barra Bonita e para diminuir minha lista de compras e pendências,  amanhã pretendo pedalar até Bauru.