O Pantanal é realmente lindo, mas pedalar aqui é desgastante demais, quando a areia esta mais batida você tem que fazer uma força danada para o pedal render.

Quando a areia tá demais e tem grama, o lance é colocar na coroinha e ir girando nos solavancos da grama, mas pior mesmo é ter que arrastar a bike no areião.

Minha papete com clip esta toda rasgada de ficar batendo uma na outra na hora de empurrar. Imaginem como está o meu tornozelo, esta em carne viva. Pra piorar levei um tombo e enfiei o pé na coroa, coisa linda.

Comecei o dia saindo da Fazenda São Cristovão e lá o capataz deu uma dica boa para chegar na fazenda Recreio, o que seria minha porta de saída do Pantanal. Mas ele pediu para eu pedalar até a Santa Luzia, depois para a Fortuna e lá pedir a indicação de como chegar na fazenda Rancho Alegre, uma reta até a Fazenda Recreio, a princípio o meu destino.

Foram cerca de 20 quilômetros até a Santa Luzia, alternando vazantes, cerrados, areiões e acabei chegando lá as 11h00. Conheci o senhor Augusto, capataz da fazenda que me convidou para almoçar. Uma delícia de almoço, com direito até a sobremesa.

Ali ele me deu a dica de, a partir da Fazenda São Pedro, sair da rota do meu GPS e seguir rumo a fazenda Carvalho, que tem um porto a 10 kms da sede, bem próximo ao Jofre, onde só precisaria atravessar o rio. Diferente da Fazenda Recreio, onde deveria subir de barco pelo menos 30 kms.

Ele deu essa dica também ao Yanko e seu amigo, os ciclistas que cruzaram o Pantanal por essa rota no meio do ano e me passaram as coordenadas, mas não sei porque pegaram outro caminho. Segui meu rumo até a fazenda Fortuna onde o seu Adão, antigo gerente de fazendas, que acabou juntando um dinheiro e comprando uma só pra ele. Com 30 anos de pantanal, me confirmou a dica e me deu uns toque de como chegar nessa Carvalho.

Mais 7 quilômetros de muito “push bike”, cheguei na fazenda São Pedro. Agora vou sair de vez da rota e ver no que dá. Se chegar bem na fazenda Carvalho, terei descoberto uma excelente rota para se cruzar o pantanal.