Céu azul, sem chuva, apenas uma bela neblina para saudar minha saída. No meu caminho teria 120 kms de pedal até o Rio Xingu, sendo 80 até o início da reserva. E ainda tinha que chegar no rio até as 17h00, hora que os índios encerram a travessia com a balsa.
Tinha que acelerar o passo e foi o que fiz. Saí cedo, as 7h30 da fazenda do senhor Zé Vicente e toquei forte. A pista ainda estava castigada por causa das chuvas mas não precisei diminuir muito meu ritmo.
Era comum passar por riachos e encontrar enormes toras. Fico imaginando como era aquela floresta e como foi todo o processo de destruição.
Bom salientar que não se deve jogar a culpa nos moradores da região. Aquilo era para ser uma área preservada e o governo do estado que a 30 anos vem incentivando a exploração. Antigamente o governo dava a terra e obrigava os fazendeiros a desmatar tudo e se não derrubassem o governo tomava a terra de volta.
E ao invés de incentivar uma exploração sustentável, estimulou a criação de gado, vendendo a preços irrisórios (quando não dava) grandes áreas de terra a fazendeiros do sul do país.
A melhor forma de se explorar a floresta é o manejo sustentável. É feito um mapeamento das árvores e elas são derrubadas a dedo. Há um rodízio fazendo com que a própria floresta se recupere.
Conversei com muitas pessoas e tem gente ganhando muito dinheiro com o manejo, justamente porque não existe um gasto de manutenção e plantio como ocorre com a soja ou gado. Infelizmente só vi uma fazenda nessa região que promovia o manejo.
Onde ocorreram as queimadas, a floresta fica com aparência de cerrado. A cara de pau é tamanha que as cercas são feitas com madeira que sobreviveu as queimadas.
Continuando meu pedal parei no último ponto de apoio antes da reserva, lá eu almocei e sem muita demora parti.
Saí as 13h30 de lá e encarei a reserva. São 40 kms até o rio, portanto tinha tempo suficiente para chegar na balsa. Dentro da reserva a mata impõe respeito.
Não consegui novamente ver nenhum animal, sol forte afugenta os bichos, apenas num momento eu percebi um animal grande correndo para a mata ao se assustar com minha passagem. O bicho deu um grito pavoroso, acho que era um macaco, mas não deu para ver.
Ali é uma região de onças, apesar de não ter mais tanto medo de encontrar a danada, peguei o facão que estava guardado na mala e deixei novamente a mão.
As onças não apareceram, mas não demorou muito e lá estava ele, o grande Rio Xingu.
Cheguei as 16h00, do outro lado do rio estava a balsa que não veio me buscar. Depois de meia hora uma pickup apareceu do meu lado e só então ela atravessou.
E quanto teria que pagar? Uma incógnita, o preço varia, eles cobram 30 reais de uma moto e mais 5 por pessoa. Caminhões chegam a custar entre 80 a 120 reais. Ainda tem gente que acha caro os pedágios de São Paulo. Acho que os índios daqui fizeram algum curso com a Ecovias.
A balsa chegou, entrei no barco e fiquei num canto. Junto a mim outra bicicleta que era de um dos índios que trabalham na balsa. Esse veio até mim para saber mais da minha viagem como a maioria das pessoas fazem. Até então nada do tão falado “achaque”.
Depois que a balsa cruzou o rio, já eram 17h00 e o objetivo agora era tentar passar um dia na aldeia e sentir como é a vida dos índios. Até mesmo para ouvir deles um contraponto de tudo ouvi sobre eles do matogrossense.
Depois da balsa eu tive que pedalar uns 500 metros até uma cancela. Como o carro que cruzou comigo já havia passado fazia um tempinho, eles devem ter achado que não tinha mais ninguém e abandonaram o posto. Ao lado da cancela tem a aldeia que controla a balsa.
Fui até a aldeia e conversei com um índio jovem, muito simpático, sobre a possibilidade de dormir na aldeia. Deu para perceber que ele achou interessante, mas teria que falar com o cacique. Enquanto ele o procurava, fiquei entretendo a criançada que estava impressionada com a bike.
Fiquei quase uma hora esperando o cacique, quando ele apareceu, expliquei que queria ficar um dia lá, até para ouvir a opinião deles sobre todo esse desmatamento, sobre o homem branco, mas quando falei que tinha um blog a resposta…
Cacique: “Não pode, só com autorização Funai, se não tiver não pode”
Eu: “Não tenho como pegar uma autorização agora, o senhor não é quem manda aqui?”
C: “Não, quem manda é Funai”
E: “Posso pelo menos passar a noite aqui? Pois vai escurecer em uma hora e não chegarei a tempo na cidade”
C: “Não, sem autorização Funai não pode dormir. Pode ir embora”
E: “Posso pegar água pelo menos?”
C: “Água da torneira pode”
Enchi então meu galão e parti. Seriam mais 40 kms até a cidade e eu teria apenas 1 hora de sol. Pelo menos não cobraram a balsa. Pedalei até onde deu e pelo menos consegui registrar um belo por do sol na minha despedida da Floresta Amazônica.
Recebi até umas ofertas de carona mas como sou turrão fui pedalando no breu mesmo. No total pedalei 2 horas no escuro até que cheguei em São José do Xingu. No caminho um caminhoneiro que já havia encontrado na estrada no dia anterior, disse para eu ficar no posto da cidade. Entrei na cidade e quando estava procurando o posto ouço.
“Hei ciclista, chega aí, vem jantar com a gente!”
Voltei, era a casa do Fábio que viu eu passando com a bandeirinha do Brasil e resolveu me chamar. Resumindo, jantei na casa dele, acabei pousando 2 dias aqui e pude aproveitar o dia de descanso para lavar as roupas, limpar e ajeitar minha bike e poder tocar até Confresa, onde, graças essa parada na casa do Fábio, consegui também um lugar para pousar na cidade.
Ainda bem que a gente pode contar com a solidariedade do homem branco, pois se dependermos dos índios (principalmente de caciques retrógrados) estamos ferrados.
Em tempo, não deixem de ler minhas impressões sobre o Mato Grosso depois que deixar o estado. Pois serão mais de 2 mil quilômetros pedalados e vou escrever muito mais sobre toda essa relação índio, homem branco e a floresta.
Caro… seus apontamentos sobre os índios denotam que vc é uma pessoa egoística, vaidosa e de uma terrível incompreensão e falta de respeito para com um povo cuja história de exploração e dominação do branco resultou em uma profunda redução da sua população, sem falar da exploração dos seus recursos naturais. Vc chegou na casa deles… no mínimo vc tinha que ter respeito por eles, o que vc não demonstrou com as críticas feitas às atitudes do cacique… cade aquele discurso de perdoar do seu Natal??? Amar as pessoas??? Te respeito mas quando vc vai na casa de alguém vc precisa avisar que etá indo em visita, precisa esclarecer suas intenções, precisa ser aceito e eu acho que o cacique fez muito bem de não deixar vc dormir na aldeia.. ademais vc acha mesmo que passar um dia na aldeia é sentir como é a vida dos índios??? vc é muito folgado cara… suas reflexões são preconceituosas e demonstram sua profunda vaidade. Agora entendo porque vc sentiu tanta tristeza ao permanecer em solidão no Natal…
vc ficou na solidão mas não conseguiu ouvir o seu silêncio, então infelizmente não conseguiu ouvir o Pai, vc só conseguiu ouvir suas próprias vontades e pelo jeito suas vontades nunca foram que a vontade d’Ele se fizesse na sua vida… Paz!! Aceito suas idéias, mas discordo de sua forma de pensar…
Nirceu, você prestou atenção no que eu escrevi? Há um detalhe, existem índios e índios, tem certos índios que só tem praticamente abandonaram sua cultura e infelizmente estão mais capitalizados do que deveriam.
Não pedi para dormir na casa deles, pedi para dormir em um canto da aldeia, algo mais que natural e que dificilmente me negariam se eu não disesse que tinha um blog. Nesse caso em específico, minha crítica não é a todos os índios, mas ao cacique que não me deu pouso e me obrigou a atravessar a Reserva sozinho, num horário perigosíssimo, justamente no horário que as onças saem para caçar. Dele não me deixar passar um dia na aldeia para conhecer melhor os costumes deles até vai, mas negar abrigo na área? Isso ninguém fez durante a viagem inteira, pelo contrário.
Mas posso dizer que dei azar, provavelmente se fosse numa outra tribo não me negariam pouso por uma noite. Aliás devo ter dado mesmo muito azar pois a maioria dos brasileiros que eu encontrei foram de uma solidariedade impar, que me fez voltar a ter orgulho desse povo.
Bicicleteiro André.
Moro no Mato Grosso desde 1988, me criei nesta região, o que você passou não é nada, comparado com o que a gente que mora e trabalha nesta região passa nas mão dos índios e outras “onças”.
Nós no Mato Grosso, pagamos os maiores impostos do Brasil, temos a pior infra estrutura rodoviária do país, levando em consideração o que o estado produz e no âmbito do agronegócio.
Nós que utilizamos as estradas do estado além de termos gastos exorbitantes com a manutenção dos nossos veículos, ainda temos que pagar o assalto nos pedágios dos índios, e sem contar que vem do nosso bolso tudo o que o governo dá para as comunidades indigenas, e também a manutenção das estradas, pois o dinheiro do pedágio vai para os índios e para o proprietário da embarcação.
Eu poderia falar sobre isso por vários quilometros de texto, mas como você viu e sentiu, nem todas as palavras do mundo podeiram relatar a revolta e indignação que sinto.
Em relação a tudo o que passamos aqui so tenho um comentário a fazer: “Você que come carne, lembre-se que ela vem dos rebanhos criados no Mato Grosso; você que usa sapatos de couro, ele vem do gado que aqui criamos; o arroz, o feijão, o milho, o algodão que você consome na sua casa, boa parte vem do Mato Grosso; e sem contar que a madeira que você tem nos móveis da sua casa, vem desta região”. Então antes de alguém falar qualquer bobagem sobre desmatamento e destruição da nossa “AMAZÔNIA” venha até aqui ver que nada é um mar de rosas para que tem que tirar o pão para dar de comer aos filhos dessa terra.
Não sei se a crítica foi a mim ou a essas pessoas que você disse. Aliás, não sei até onde é uma crítica ou confirmação do que eu vi.
Vi alguns matogrossenses na viagem, mas foram raros, a maioria das pessoas que conheci são agricultores do sul do pais ou do Pará, gente que viveu gerações nessa terra são realmente raras.
Tem vários problemas aí, primeiro sobre a carne, couro ou madeira. A Carne que hoje comemos pode até vir do Mato Grosso, mas antes vinha das fazendas do sul do país, que hoje foram arrendadas para as usinas de cana e jogaram a pecuária para a floresta amazônica que é de todos. Nem vou entrar no mérito da quantidade de área desmatada (queimada) para transformar em pasto, se era realmente necessária ser derrubada para a mesma quantidade de gado produzida.
As estradas do Mato Grosso são realmente um lixo. Ocorre que ao lado do estado de vocês, tem um outro estado mais pobre, o Tocantins que tem ligações por asfalto entre praticamente todas as cidades. Único trecho que não foi asfaltado foi a região do Parque do Jalapão e isso não ocorreu não por falta de dinheiro, mas por questões ambientais, para preservar essa riqueza que é a região do Jalapão. Agora se o governo do Tocantins fosse o maior produtor de soja do mundo, não sei se o estado estaria tão bonito e preservado como estava quando passei. Então não culpe os índios pelas estradas péssimas, culpem os governantes que vocês elegem, pois o Mato Grosso é bem mais rico que o Tocantins, só que tem um governo que não está nem aí para o seu povo.
Índio garimpa, faz queimada, vende madeira das áreas de reserva, algo que eu condeno. Ocorre que a diferença que eu vejo entre os índios e os demais fazendeiros do Mato Grosso é que os índios exploram seus recursos naturais mas mesmo assim conseguem manter grandes áreas preservadas, o mesmo não posso dizer da maioria dos fazendeiros que possuem terras aí.
Que a vida é dura para o pessoal daí, sem dúvida que é, mas a vida é dura pra todo mundo, inclusive o pessoal das cidades e não é só porque temos uma vida dura, não devemos buscar a coexistência com o nosso meio ambiente e principalmente, não devemos pelo menos tentar cumprir as leis que são a base de uma sociedade.
André Pasqualini
Oi, André aqui é a Silvia Regina cunhada do Fábio,andei visitando seu blog e achei muito interessante. Postei o video de sua chegada em Confresa-mt no meu orkut.
Sucesso garoto!!!!!!!
abraçao
Oi, Andre aqui é a Simone esposa do Fabio de Sao Jose do Xingu, estamos torcendo por vc, que Deus te proteja e sucesso nessa caminhada, é o deseja a galera do xingu…….
abraçao
Ola André…
Sou o rapaz q vc encontrou antes do indios depois q vc saiu do bigode,
estava com minha familia em um uno branco tiramos fots com vc…
achei q vc colocaria ai…
mas esta blz… fico feliz em ver sua coragem e capacidade sendo posta a prova
estamos te acompanhando aqui na maior torcida, não deixe de postar novidades,
boa estrada pra vc….. Deus te abençoe!!!
Camylo, Dayane e José Vitor…
Oi Camylo, não coloquei a foto no blog mas coloquei no Facebook, dá uma olhada na galeria da amazônia que a foto está lá. É que infelizmente ocorrem tantas coisas no mesmo dia que a gente tem que fazer escolhas, até mesmo para haver um link dentro do texto. Mas tudo que nao vai pro blog coloco no facebook. Abs. André
e lá se vai, com a enchurrada, o sonho do bon savage, tristes trópicos…
…Claude Lévi-Strauss…
Parabéns pela aventura. Sua passagem pelo Rio Xingu caiu no nosso sistema e descobrimos essa riqueza de viagem. Me debrucei sobre sua história. Reproduzimos para os nossos leitores sua passagem aqui por perto. Vamos te seguir e publicar no BLOG DO KASSU, é claro se tiver sua autorização.
Para acessar é http://www.aguabanews.com.br – http://www.aguaboanews.com.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=12966:jornada-de-ciclista-tera-6-mil-km-vou-ate-cacar-se-for-preciso&catid=3:aventuras&Itemid=12
Novas postagens em BLOG DO KASSU- http://www.aguaboanews.blogspot.com / com muitas reportagens sobre nosso platio de Pequi.
Tudo que é publicado no blog, até as fotos do Facebook pode ser usado desde que a fonte seja citada, o que é padrão na internet. Abs. André Pasqualini
Amigo..
Não sei de onde tu é, mas nos aqui de cuiabá-MT temos o conhecimento comum que para entrar, permanecer ou mesmo falar com os índios em suas aldeias é necessário um breve autorização da FUNAI, ainda mais se tratando do Xingu, é necessário apresentar a carteira de vacinação que deve estar em dia, como também informar qual é sua intenção e tempo de permanência, felizmente ou infelizmente isso é necessário e é de comum saber entre quem esta ligado de alguma forma com os índios.
Parabéns pela sua cicloviagem, um dia ainda me aventurarei na minha.
Abraço e Boa sorte!
Sou de Sampa, capital. Lá para a gente entrar numa aldeia é só conversar com os caciques e pronto. Em São Paulo não temos “reservas indíginas” temos sim parque, onde há índios morando, mas qualquer pessoa pode acessar.
Como eu disse no outro comentário, não acho correto eu ter que pedir autorização pra Funai pra poder dormir na aldeia e não precisar de autorização para contratar um guia índio para me levar para pescar no Xingu. Abs
Ei André,
Tem algo em torno de um ano que te conheço, mas olha cara, gostei de você desde o primeiro evento que fiz da rota Márcia Prado, me lembrou muito meu jeito quando militava, enfim. Esse destemido que ouviu do Pantaneiro guarde ou lembre o que você tem, se tinha duvida, enfim. Ouço que o temperamento do Andre é isso…e lá lálá… cara, não abra mão disso. É o que te faz diferente!!! Ahh procurei o texto que escreveu sobre a Márcia Prado e não achei, lembra sou burro rápido e impaciente, manda o link.
Abraço e força no pedal
Márcio Rissardi
Eheh Marcião, também gostei de você desde quando te conheci. Fica tranquilo, meu foda-se está ligado a anos pra esse povo que fala do meu modo de ser. Quanto ao link, segue aí.
http://www.ciclobr.com.br/marcia.htm
Pra quem está chegando agora, escrevi esse texto no dia que a Marcia Prado foi assassinada por um motorista de ônibus na Paulista.
Boa noite, bicicreteiro….
Espetacular esta tua viagem. Daqui de Joinville fico torcendo para dar tudo certo, principalmente na viagem interior que estás fazendo!
Te cuida
E aê irmão… Feliz ano novo!!!!
Não nos falamos desde o natal. Bom, é indescritível a saudades que estamos de você e inenarrável o orgulho que estamos sentindo de você. Bom, da minha parte, isto é redundante pois sempre senti. Esta noite sonhei com você e com o instituto, era uma lugar muito legal, e com muitas atividades. Quem sabe esse sonho não vira realidade, aliás, ultimamente tenho sonhado muito com você, acho que devo estar indo lhe fazer compania. André, você, com essa viagem, tem sido o maior exemplo de Deus em nossas vidas, veja como ele sempre te provê um abrigo, e um alimento. Fico feliz pelo seu processo e sinto que isto irá trazer uma mudança íntima para você muito grande, e claro, uma evolução, fico muito, mas muito feliz em ver uma pessoa perto de mim evoluindo moralmente dessa forma. Você de fato está encontrando teu rumo, seu caminho, abraçando as ferramentas certas, e desta forma, não ha como não ter êxito no final. Quem falou que uma andorinha só não faz verão?? A pessoa que inventou essa frase era com certeza um fracassado, pessimista que não tinha coragem de lutar pelos seus sonhos e queria que os demais desistissem dos seus, você veio colocar por terra essa frase e provar que está errada. Continue assim, destemido e determinado, lutando pelos seus sonhos, pelos seus ideais, e batalhando para que esse mundo seja melhor, só que agora, nessa nova fase, você saberá fazer isso sem deixar de lado as pessoas que realmente importam na sua vida, saberá dosar; que Deus continue te guiando, iluminando seus passos, e mantendo esses anjos no seu caminho. Estamos esperando por você anciosíssimos e com uma saudade que não cabe mais dentro de nossos peitos. Volta logo, e espero, e terei a maior honra em lutar do seu lado por todas as suas causas. Espero sempre lhe trazer palavras de conforto e sabedoria, apesar de nova, conto com a inspiração divina para ajudar a te guiar. Beijos da sua irmãnzinha. =)
Re, depois que vencer o Jalapão, sera uma contagem regressiva para meu retorno. Saudade de vocês também, manda um beijo para a mãe e fala pra ela ficar tranquila, pois apesar dos perrengues, no final sempre chego. Bjs
Kkkkk, pode deixar, eu aviso sim, a mãe, vc sabe, é foda!!! A gente vai levando e matando a saudade por aki mesmo… Minha nossa!!! Que trabalho! Sinto que o resultado disso será grandioso, e os frutos doces, claro, como toda árvore que fornece frutos, alguns virão podres e secos, mas a maioria, que é o que importa, serão muuito proveitosas. Beijoooos…
E ai guerreiro!!!!!! sou de cuiaba pedalamos uma noite aqui falei sobre os indos para voce e foda…so serve para pedir e ainda explora mais a nossa fauna cambada de vagabundo mesmo para que realmente conhece eles..abracao boa viagem
André, pelo que o Google me contou, precisa de autorização sim. Acho que quando o cacique percebeu que você tornaria sua visita pública, quis evitar problemas com a Funai. Talvez você mesmo tivesse problemas legais posteriormente, por ter passado uma noite lá sem autorização e ter divulgado isso publicamente.
http://www.mochileiros.com/parque-indigena-do-xingu-e-serra-do-roncador-mt-perguntas-e-respostas-t7725.html
Pelo que entendi, para visitar uma aldeia bastaria ir a um posto da Funai (deve haver algum na região), mas para realizar o equivalente a um trabalho jornalístico talvez a autorização seja bem mais burocrática.
Tudo que envolve a questão indígena é sempre polêmico e tanto índios como Funai devem ficar receosos com qualquer um que cheire a jornalista. Veja por exemplo a burocracia para trabalhos acadêmicos:
http://recantodasletras.uol.com.br/ensaios/324944
Willian, solidariedade é algo que deveria ir muito além das questões burocráticas. O cacique conhece muito bem os riscos que eu corri pedalando na região de noite. Bastaria uma ligação (pois eles tem telefone ali e acho que até internet) para autorizar ao menos meu pouso ali perto da aldeia, mas nada.
O que me revolta é que se eu pagar para um índio me levar para pescar no Xingu, de dia ou de noite, todos os trâmites burocráticos seriam desnecessários.