Primeiro ao serviço:
Data: 21 de março de 2013 (quinta)
Hora: 20h00
Local: Restaurante Piraquara
R Antonio Macedo Soares, 1.150, Campo Belo (veja o mapa)
Não posso dizer que foi um “parto” conseguir lançar o meu livro, pois um parto só dura 9 meses, enquanto a saga para publicar esse livro levou quase dois anos. Foram 106 dias viajando pelo Brasil e mais de um ano viajando nas palavras, uma verdadeira saga escrever um livro com tamanha carga emocional, contar detalhes dos momentos onde mais passei por sofrimentos em toda minha vida.
Já imaginou o que é pedalar com depressão? Foi exatamente assim que estava quando saí de São Paulo e encarei essa aventura batizada como Projeto Biomas e que deu origem ao Livro A Vida em Ciclos. Posso garantir que muito do que sou hoje se deve a esse conflito constante entre felicidade e tristeza que vivi nesses dias. Lembro de algumas situações, quando mais jovem, achava ridículo ver alguém sofrendo por amor, quando alguém cometia o suicídio então… Que absurdo, como uma pessoa pode ser tão fraca!
Mas bastou eu viver uma intensa dor que machuca muito mais que as dores físicas para conseguir compreender o que se passa pela cabeça de pessoas deprimidas e até entender o que leva muitas delas a desistirem da vida. Recentemente perdemos um grande artista, o Chorão e impossível não fazer uma analogia, acredito que só não tive o mesmo fim graças ao meu filho, pois sempre que era atormentado por desejos de dar um fim a minha dor da maneira mais fácil, bastava me lembrar do meu filho, lembrava do meu último encontro antes da viagem (narradas no prólogo do livro) que as forças voltavam e o desafio de chegar vivo em casa preponderava.
Que pedal, sem querer plagiar o rei, mas foram tantas emoções distintas, dor e alegria caminharam ao meu lado durante toda a viagem, inclusive dor física pois desafios não faltaram. Me deslumbrava com as paisagens impressionantes do nosso interior do Brasil que a cada dia surgia de forma diferente, a vida abundante no Pantanal, a imponência da Floresta Amazônica, e o que falar do Parque do Jalapão!
E as pessoas? Cada história maravilhosa e como foi bom receber tanto carinho, seja das pessoas que eu encontrava na estrada, ou das pessoas que me acompanhavam a quilômetros de distância, mas que estavam diariamente ao meu lado graças a esse blog.
Tentei durante esses quase dois anos colocar o máximo de emoções que vivi nesse livro, por diversos momentos tive dúvidas sobre se respeitaria meu sentimento na época dos fatos ou aquilo que estava sentindo após meses da viagem. Na dúvida sempre optei por deixar meu coração falar. Não tenho a pretensão de ensinar nada a ninguém, mas desejo muito, como diz o Milton Jung na aba do meu livro, fazer vocês pensarem. Ninguém tem a verdade absoluta, mas cada um tem a sua e nem todos conseguiram descobrir ainda qual é a sua verdade. Eu ainda não descobri, vou morrer tentando descobri-la, mas tenho certeza que avancei muito nesse processo.
E que honra ter na aba do meu livro um texto do Milton Jung, jornalista da Rádio CBN e ancora do CBN Brasil que fala com os ouvintes do Brasil inteiro todas as manhãs. Falta ainda o texto da minha querida enrolada Renata Falzoni, que vai ilustrar a contra-capa do meu livro. Aliás ela foi a primeira pessoa a receber um exemplar, com a missão de ler e escrever esse texto. Como fiz uma impressão digital, provavelmente a próxima edição já terá o texto dela.
Bem, finalmente irei lançar meu livro, não é exatamente como queria, minha intenção era fazer um livro com muitas fotos, ter um bom revisor e editor do meu livro… Mas meus amigos mais próximos sabem o quanto tudo é mais difícil para mim, e porque seria diferente com o livro? Ao menos o tirei (melhor, coloquei) no papel, um livro 100% independente das grandes corporações, do mercado, do capital, mas muito dependente dos amigos e como é bom ter tantos amigos para contar. A arte da capa e diagramação foi feita pela minha amiga Rosana Grimaldi, uma linda capa usando como base uma foto que tirei na viagem, foto essa que o meu outro amigo Willian Cruz profetou que seria a capa do livro.
A revisão foi feita por outras três amigas, a Gi, a Andreia e a Edna e o restante por mim, editei, revisei, adaptei a versão com fotos para essa sem fotos, finalizei a arte, fechei o arquivo e mandei para a gráfica. Aliás se no meio do texto eu fizer referencia a alguma foto que não está no livro, me desculpe, pois eu retirei as fotos mas não tive tempo de revisar o texto de todo o livro. Mas como tudo que criei até hoje acabou tendo vida própria e deixa de ser meu rapidamente, sei que poderei contar com a ajuda dos meus amigos leitores que encontrarão os erros e me apontarão para fazer os ajustes, o corrigindo a cada tiragem.
A primeira foi com 50 exemplares e de 50 em 50 vou espalhando meu livro por aí. O objetivo será o de guardar uma grana para poder fazer uma tiragem maior e uma versão com fotos, o que trará muito mais energia e informações para esse livro.
Aliás estou entrando com um projeto cultural no Ministério da Cultura para tentar a aprovação numa lei de incentivo. Se conseguir aprovar farei uma tiragem de 3 mil livros e uma nova viagem pelo Brasil, passando pelas principais cidade que percorri durante a minha viagem, fazendo palestras em escolas e doando TODOS os 3 mil livros para jovens de escolas públicas do Brasil.
Falando sério, quem me conhece sabe muito bem que se dependesse de mim eu jamais venderia um livro, daria de graça, pois não tem nada mais gratificante do que alguém vir até você comentar sobre um livro que você escreveu, não tem preço que pague isso. Mas infelizmente vivemos num mundo capitalista e além de caro é muito complicado imprimir um livro. Justamente por esse motivo é que manterei a versão digital de graça “forever”, mesmo se um dia ele for comprado por uma editora, essa será minha condição eterna.
E quem quiser comprar, vou vendê-lo por R$55,00 (R$50,00 para quem pagar em dinheiro, na hora ou fizer deposito bancário), ele já está disponível em minha lojinha, só começarei a entregá-lo após o lançamento, mas se você for pessoalmente no lançamento do meu livro com o comprovante de deposito, poderá levar seu exemplar na hora.
Pra encerrar, vou ficar muito feliz em rever meus amigos nesse dia, antes do lançamento oficial do livro eu farei uma pequena palestra sobre a viagem contando algumas histórias interessantes, só mesmo para aguçar a curiosidade de vocês, mas o que vai valer mesmo será a presença de todos meus amigos, reais ou virtuais e espero que o espaço fique pequeno para tanta gente.
André Pasqualini
André, encontrei teu blog (excelente!) hoje durante umas pesquisas, já que estou me animando pra voltar às bicicletas depois de vinte anos.
Sobre o livro, uma pergunta, ou talvez dica: por que não usaste os serviços de “self-printing on demand”, como o americano Lulu ou o brasileiro Clube dos Autores? É claro que tem desvantagens pra considerar e uma editora é melhor, sobretudo na distribuição, mas eu mesmo já publiquei dois livros acadêmicos e foi a solução perfeita para o público minúsculo que tinha (eram daquelas coisas que interessam quando muito a dez pessoas).
É uma opção praticamente inviável se pretendes algum retorno financeiro, mas a facilidade de não investires um único centavo (já que os livros são impressos sob medida, um a um) é um grande atrativo, mesmo considerando quanto encarece o produto final. Alguns desses sites ainda têm a vantagem de te atribuirem um ISBN e mesmo venderem teu livro na Amazon, se quiseres.
Lendo as postagens antigas, não entendi se é uma opção que descartaste ou uma que não conhecias, mas se for o último caso fica a dica como agradecimento pelo blog. 🙂
Oi Tiago, já conhecia essa solução e a descartei como tantas outras, mas fique tranquilo pois já encontrei minha solução e só estou esperando mais um tempo para poder divulgar, pois isso virá com o site novo que espero lançar ainda em Setembro.
Abs
André
André.
Como estamos no Brasil, tomar ciência de projetos como este seu é bastante difícil, devido à pouca divulgação, diria… “espontânea”, por parte da nossa tão “social” mídia. Tento me desculpar pelo desconhecmento dela, agarrando-me ao fato de a bicicleta só ter voltado a fazer parte da minha vida muito recentemente. Daí – como na mídia comum não aparecem empreitadas como as suas – só mesmo quem se reciclava na mídia específica podia sabê-lo. Mesmo assim… peço desculpas.
Isto dito, gostaria de parabenizá-lo pelo esforço, persistência e coragem. A decisão mais difícil é sempre a de “ir”, “partir”, “sair”, e esta, você tomou: saiu. O que aconteceu depois? Bem… o livro, você, o blog e o montão de gente que você motivou, inspirou e “resgatou” – “me included” – estão aí como prova do resultado final de ter decido “ir”.
Parabéns e tudo de bom.
PS: É claro que depois dessa conversa mole toda eu nem preciso jurar que vou comprar o livro, né?
Rsrsrs fiquei pensando que língua é essa, dai joguei no google, identificou como latim mas não traduziu rsrs. Estou lendo aqui o primeiro capítulo, show de bola, parabéns e obrigado por compartilhar essa história conosco. abraços.
André, o que está escrito no texto da capa? É latim?
abços.
Nesse link aqui dá pra ver melhor a capa.
https://temporariositepe1.hospedagemdesites.ws/a-vida-em-ciclos/
Mas ali na parte da foto com o seu filho, tem esse texto
Os ad diam nonsed tio odolorer sequipit etuerat.
Ommy nulla feugiamet doloreet exerostio
exerosto etuer sustrud tat utem eugue tatis
sit lutem nis do do conse veliqua tinionon.
Os ad diam nonsed tio odolorer sequipit etuerat.
Ommy nulla feugiamet doloreet exerostio
exerosto etuer sustrud tat utem eugue tatis
sit lutem nis do do conse veliqua tinionon.
Os ad diam nonsed tio odolorer sequipit etuerat.
Ommy nulla feugiamet doloreet exerostio.
Coisa de designer, ali vai entrar o texto da Renata Falzoni, mas como ela não mandou ainda eles colocam um texto qualquer só mesmo para ver como ficará o layout 😉
Pasqua, quero um exemplar, mas só estarei em São Paulo daqui 3 semanas. Posso já pagar agora? Pena que eu não vou poder estar no lançamento, tenho muitas dúvidas sobre São Paulo nos últimos 3 anos, período em que mal voltei à minha terra natal, ficando a maior parte do tempo aqui em Floripa mesmo.
Abraço!
Não preciso nem ler ate as ultimas linhas para ver e saber a verdade que esta contida aqui, companheiro.
Desde o programa que te entrevistei ãs pedaladas que demos juntos com toques sutis já sinalizaram sua fibra.
Conhecer sua história so vai enriquecer a minha!
Vivas mil vivas 10 mil km para ti!