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Havia uma senhora conhecida como Tia Agda que morava em Mateiros. Ela começou a fazer uns potes usando o Capim Dourado que abundava as veredas do Jalapão. Eram potes bonitos que ela não fazia para vender, mas para uso próprio. Depois passou a fazer chapéus que eram comprados por pilotos de avião que pousavam em Mateiros, muitos compravam mais para ajudar aquela senhora.

O tempo foi passando, algumas pessoas descobrindo esse tipo de artesanato e começaram a surgir pedidos. As pessoas começaram a aprender o artesanato. Sua irmã que vivia no Quilombo Mumbuca ensinou sua filha, a Dona Miuda e a técnica foi passando de geração para geração. Hoje centenas de pessoas vivem do artesanato do Capim Dourado que traz sustento a muitas pessoas da região do Jalapão.

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O Capim Dourado não é exclusividade do Jalapão, pode ser encontrado em Minas, na Bahia, Piauí, mas seu artesanato nasceu aqui.

Essa história foi contada por vários personagens que encontrei em Mateiros, aproveitei o apoio que o pessoal da Pousada Buriti esta me dando e passei mais um dia na cidade para saber mais sobre o Jalapão e do Capim Dourado.

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Um dos personagens é o senhor Otalício que produz e revende grande quantidade de peças artesanais. Segundo ele envia encomendas até para a França.

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Outra personagem é a Dona Gildete, indicada pelo próprio Otalício, a encontrei com a mão na massa, ao lado de um ramalhão de Capim Dourado. Ela diz que aprendeu tudo sozinha, artesã de mão cheia. Queria comprar um chapéu pois vou chegar com ele na cabeça em São Paulo e a dona Gildete me mostrou um feito por ela.

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Depois de muita choradeira consegui comprar um por um preço muito abaixo do seu real valor, mas tenho certeza que quem vier para cá, influenciado pelo Blog vai compensar o seu prejuízo.

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Agora é me despedir de Mateiros e começar a contagem regressiva para São Paulo. Até Breve.