Depois de muitos anos esse é um ensaio para, quem sabe retomar o Blog. Esse texto era pra ser o roteiro do vídeo do Canal Casal em Ciclos para falar sobre o tema, mas depois que ele ficou com 7 páginas, resolvi resumir o roteiro e o restante da informação que considero muito relevante joguei aqui no Blog do Bicireteiro, então vamos lá para o tema.

Recentemente tinha lançado a 13ª Edição do Desafio Bicicletas ao Mar, até vendemos algumas inscrições mas acabei pensando melhor e tirei do ar. Os motivos são vários, mas é o mesmo que fez desistir também de tentar organizar o Pedal Anchieta, pelo menos nesse ano.

O Desafio Bicicletas ao Mar foi criado em 2012 e desde sua criação o objetivo sempre foi criar uma fórmula para auxiliar, tanto ciclistas experientes como iniciantes, a vencerem o Desafio de percorrer a Rota Márcia Prado.

Queria treinar uns amigos para percorrer a Rota Márcia Prado pois a Rota é um percurso considerado difícil. Já que iria treinar um grupo, porque não abrir aqui pra galera do Blog? O site do bicicreteiro.org era meu blog pessoal que criei em 2010, ano que parti para aquela minha Cicloviagem de mais de 100 dias pelo Brasil, quando fui pro Pantanal, Amazônia, o Projeto Brasil em Ciclos. Os 106 dias de viagem resultaram em 90 posts, praticamente um por dia, durante a viagem tinha uma média de 1500 visualizações por dia e acabei criando uma rede bem bacana. Resumindo, joguei no site o convite e no dia da descida umas umas 150 pessoas lá.

Nem chegamos na praia a galera queria saber quando seria a próxima. Eu já tinha ensinado, eles já conseguiriam ir sozinhos, mas queriam ir novamente, queriam treinar com a galera e queriam trazer mais amigos para vivenciarem a mesma conquista deles. Quando fiz o post convite chamei de Desafio Bicicletas ao Mar e a galera que apelidou de DBM e em volta dele criou-se uma rede de voluntários para ajudar outros ciclistas a se introduzirem no mundo do Cicloturismo, portanto nunca teve como motivação ser uma fonte de lucro, pelo contrário, minha maior motivação era despertar na galera o trabalho solidário e com isso ajudar quem quer pedalar a pedalar.

Mas conforme ele foi crescendo, a própria galera começou a insistir que eu cobra-se uma taxa e com essa grana melhorar a estrutura, ter um carro de apoio, camisetas, criar uma marca, fomos nessa linha e a coisa cresceu. Veio o segundo, depois o terceiro, quarto, quinto… Passaram-se 10 anos, 12 edições, muitos ajustes no formato, sempre com o intuito de tornar o evento mais acessível e seguro possível.

Uma das principais marcas do DBM sempre foi a segurança, tanto é que em todas as edições do DBM, mesmo as gratuitas ou as mais acessíveis financeiramente, nunca tivemos um acidente grave, mesmo tendo passado pelo evento cerca de 10 mil ciclistas nesses 10 anos.

As 5 primeiras edições foram realizadas pelo trajeto original da Rota Márcia Prado, que faz a descida da serra pela “Estrada de Manutenção da Imigrantes”. Foram milhares de ciclistas que participaram dessas edições sem o registro de um acidente grave sequer.

A partir da 6ª edição passamos a realizar a descida da Serra do Mar pela Estrada Velha de Santos e até o ano de 2019 foram 4 edições, cada uma contando com a participação de no mínimo 500 ciclistas e em todas um sucesso em relação a segurança.

Com o tempo seguimos na busca de uma fórmula para que o evento fosse o mais acessível possível. A venda de camisetas do DBM foi uma forma de levantar grana pra reduzir o valor da inscrição. Conseguimos reduzir os custos do evento principalmente quando a gestão do Parque, que estava sob concessão da Fundação Emae, voltou para a Fundação Florestal. Por sermos uma Ong, ao fazer um evento gratuito a gente consegue uma dispensa de pagamento do “aluguel” do parque e até que finalmente, depois da primeira edição conseguimos fazer em março de 2019 a 9º edição para 1000 ciclistas de forma 100% gratuita!

Mesmo sendo eventos gratuitos ou com taxas simbólicas de participação, nunca negligenciamos a segurança dos participantes e ficamos reconhecidos até pela nossa chatice como um evento seguro, indicado para ciclistas inexperientes pois no DBM eles se sentiam protegidos.

Mas veio a Pandemia e… Ficou impossível organizar novos eventos até que no final de 2021, quando a pandemia já estava sob controle, procuramos a empresa Parquetur. Ah, nesse meio tempo o Parque da Serra do Mar, exatamente o trecho onde está a Estrada Velha de Santos, foi concedida para a empresa Parquetur administrar. Então procuramos eles, apresentamos o DBM e na primeira reunião a gente saiu com uma proposta de fazer 4 eventos do DBM por ano por pelo menos 3 anos.

O problema é que agora não tinha mais como ser gratuito, porque a empresa quer a parte dela, então tivemos que voltar para a cobrança de inscrições. Cobramos 100 reais para um evento com mil ciclistas, parece muita grana, cem mil reais pra organizar um evento! Mas o parque cobrava 40 reais de entrada na época e tem vários outros custos, placa, coletes, ambulâncias, carros de apoio, suporte aos Guias nos treinos, sem falar que compramos 1000 potes de Açai e doamos para aquela Padaria Comunitária poder vender pra galera no dia do pedal, sem a necessidade de devolver qualquer quantia pra gente.

Vendemos quase todas as mil vagas e no final das contas o evento se pagou, ainda tivemos que colocar um pouco do bolso pra fechar algumas contas, mas como nenhum DBM antes tinha me dado algum lucro, pelo contrário, sempre tinha que pagar algo, ficamos tranquilo. Por exemplo, na nona edição conversei com a Te, a gente tinha 10 mil reais na mão e pensei:

“Com esse dinheiro eu faço as placas, coletes, compro várias camisetas para revender e com o lucro eu banco o restante das despesas.”

Esse foi o primeiro DBM que fizemos onde no final não ficou contas para pagar, em compensação esses dez mil nunca mais voltou pra nossa conta.

Para a 11ª edição o parque sugeriu dobrar para 2 mil ciclistas, nesse caso o aluguel do parque também dobraria. Meu raciocínio foi, como vendemos rápido no DBM anterior, se aumentar a inscrição para R$130,00 dá pra pagar todo mundo e finalmente não iria precisar tirar do nosso pra pagar alguma despesa do DBM.

Faltou combinar com uma tal de Omicrom, bem na semana que lançamos o evento, perto do Natal, explodiram os casos de covid no Brasil. Ainda esqueci de atentar ao fato de que no começo do ano tá todo mundo quebrado, cheio de conta pra pagar. Percebendo que não venderíamos as 2 mil inscrições, acordamos com o parque e reduzimos para mil vagas e do valor de aluguel pela metade, mesmo assim já era maior que o último DBM, já que o ingresso pra entrar no parque tinha subido de 40 pra 50 reais. Detalhe, se eu fecho mil vagas com o parque, eu pago o aluguel referente a esses mil, se forem metade o preço é o mesmo. Agora se eu vender mais do que mil, aí tenho que pagar a diferença, percebem a roubada?

Na semana que antecedeu o evento tínhamos vendido umas 300 vagas, para piorar as previsões meterológicas foram terríveis e a corrida desesperada por vagas que geralmente rola na semana do evento não rolou. No fim das contas não chegamos nem a 500 inscritos a cem reais. Faz as contas aí.

Nessa edição ainda teve uma mudança, porque desde o primeiro DBM a gente sempre descia os trechos de serra em pelotões, algo que trazia bastante segurança e principalmente barateava as despesas do evento, embora muita gente não curtisse ser “Ciceronado” pela gente, muito menos ficar as vezes horas esperando o pelotão se formar para começarmos a descida.

Então atendendo uma sugestão da própria Parquetur para que não fosse mais necessária a descida em pelotões, espalhamos dezenas de monitores pelo parque, os posicionando em curvas e pontos mais perigosos, dessa forma cada ciclista poderia descer por conta própria e assim fizemos na 11ª edição. E deu muito certo, mesmo num evento com chuva na cabeça o dia inteiro, ainda assim não tivemos uma ocorrência grave sequer.

Tudo lindo pra quem foi mas vamos fazer as contas, se a edição anterior com quase mil ciclistas pagantes a conta não fechou, imagina nessa edição onde os gastos aumentaram e tivemos menos de 500 inscritos? Na semana do evento minha mulher me arrumou 10 mil, grana dela para pagar várias despesas do DBM e ainda restou uma dívida de uns 25 mil só pro parque.

Para a 12ª edição, a que rolou no dia 05 de junho de 2022, eu queria reduzir o valor da inscrição para R$50,00 e fazer um evento para 2 mil ciclistas, o parque queria aumentar ainda mais o aluguel mas consegui negociar e aumentaram só um pouco, até porque eu queria usar o dinheiro dessas inscrições para ajudar na dívida que eu ainda tinha com o parque. Fechamos um acordo, continuamos responsáveis pelo custeio de toda estrutura necessária para o evento e assim partimos para a 12ª edição.

Apesar do evento de março não ter tido nenhuma ocorrência grave, decidimos dobrar o número de monitores, aumentando ainda mais as despesas com o evento. Batemos 1800 inscritos, o dia estava maravilhoso, tudo corria bem até que ocorreu o único acidente do evento.

Segundo a monitora que estava naquela curva contou, o ciclista falou para ela sair da frente pois estava sem freios, não estava em alta velocidade mas provavelmente devido ao seu peso e falta de perícia, foi reto na curva e colidiu numa pedra.

Imediatamente a queda já fui avisado pela monitora que estava na curva, acionei então as duas ambulâncias e as Motolâncias. Como estava próximo do local do acidente subi pedalando e em 5 minutos cheguei e vi o ciclista recebendo massagem cardíaca de outros Desafiantes, mais 5 minutos chegou a Motolância que continuou o atendimento e no geral, logo depois chegou a ambulância, um minuto depois chegou a segunda ambulância.

Os socorristas continuaram a massagem cardíaca e levaram o ciclista para o Pronto Socorro de Cubatão e eu segui atrás pedalando mesmo, cheguei logo depois da Ambulância. Não demorou e o médico veio com a notícia de que o ciclista tinha falecido. Ele bateu com o rosto na pedra, o capacete estava intacto e pelo que o médico falou ele se foi praticamente na hora, mesmo se ele tivesse caído do lado de uma UTI Móvel, se ele chegasse com coração batendo chegaria com morte cerebral.

Se ele tivesse batido de lado estaria aqui, se tivesse abaixado a cabeça o capacete teria protegido e ele estaria aqui. Se ele tivesse se jogado no chão quando percebeu que perdeu o freio ele estaria aqui. Se durante a descida, quando ele avisou os amigos que estava sem freio, se eles tivessem parado e dado duas voltas na regulagem no manete ele estaria aqui.

Foi o único acidente que tivemos naquele dia perfeito, mas pra azar e tristeza de todo mundo acabou sendo fatal. Depois disso avisamos na hora a família, como alguns eram de Santos eles chegaram minutos depois no hospital. Avisei um pessoal da organização, minha mulher estava lá no Riacho Grande ainda, pedi para contarem aos Guias só quando eles chegassem ao parque, nem avisei ela. Quando ela chegou no parque foi todo mundo pra cima dela, daí eu liguei, contei o ocorrido e pedi pra ela conversar com os outros Guias e pedir pra eles levarem todos os Desafiantes até seus destinos, sem mais nenhum acidente, porque eu iria ficar ali com a família.

Pensei até em cancelar o evento, mas ia ser uma zona, a galera já tinha contratado Van, todo mundo já tinha se programado e o cancelamento só iria trazer ainda mais caos, Só restava a gente ajudar os demais a concluírem suas viagens e foi isso que aconteceu.

Ainda fiquei ajudando a família, voltei aqui pra minha casa em Holambra domingo a noite, na segunda, assim que liberaram o corpo eu fui até São Caetano para acompanhar o velório e o enterro, fiz o que pude. Naquele momento nem pensava no futuro do DBM, o que não saia da minha cabeça era a possibilidade real de abandonar a bicicleta.

Mas antes de ir embora, conversei novamente com a família, principalmente o filho do ciclista, um jovem na casa dos vinte anos, perguntei o que eu poderia fazer por ele e ele disse:

“Só continua, meu pai estava muito feliz e o DBM faz tão bem pra tanta gente, foi uma fatalidade, só continua.”

Aquilo me deu um pouco de forças, lembrei do Pedal Anchieta de 2018, aquele onde infelizmente um ciclista caiu na Anchieta e veio a óbito, era um evento que eu fiz parte da organização, quando ocorreu o evento eu não estava mais na organização, ainda sim aquilo me destruiu. Naquele evento teve centenas de quedas e duas mais grave por causa da irresponsabilidade generalizada de um sei lá quantos ciclistas, uma com óbito e outra com um senhor que chegou a fraturar o Maxilar e ainda estava internado no hospital.

Não lembro o nome dele, mas o visitei no hospital, ele estava tendo que comer de canudinho, quando ele soube que eu era da organização e estava ali pra saber no que eu poderia ajuda-lo ele tirou o canudinho da boca e disse:

“Olha, eu queria falar que o evento foi perfeito, eu caí por causa de um ciclistas irresponsável, não foi culpa de vocês, vocês fizeram um evento maravilhoso e queria agradecer você e todos da organização por permitirem que eu pudesse participar de algo tão maravilhoso”

O cara todo arrebentado, no fundo ele estava naquela situação porque um maluco batalhou para o evento acontecer, ao invés de estar com raiva de mim ele queria me agradecer. Lembra de outra situação no 10º DBM, disse que não tivemos nenhum acidente grave, já teve algumas quedas sim no DBM, a maioria nada grave, mas uma única que foi necessário atendimento médico, foi de um ciclista que entrou com a roda numa das fendas da pista, caiu e quebrou a clavícula.

Quando eu liguei pra ele perguntando como ele estava e se precisava de ajuda ele disse que estava tudo bem, disse que não queria que a situação ficasse registrada como acidente porque isso poderia prejudicar a continuidade do evento, nem queria acionar o seguro.

Se fosse eu teria tido a mesma atitude e acredito que a imensa maioria dos ciclistas teriam agido dessa forma, inclusive com o ciclista que faleceu também creio que se o tombo dele não fosse fatal, provavelmente iria pensar da mesma maneira. A gente que pedala e sabe o quanto é difícil termos condições pra gente pedalar com prazer e segurança e sabemos que tem pessoas que estão só esperando um motivo para nos tirarem das ruas, quem pedala pra valer sabe do que estou falando.

Mas porque não teremos o 13º DBM? Não tá tudo certo? Por que não continuar?

Primeiro por questão de grana. Esse DBM no formato que foi feito, para 2 mil ciclista custa pelo menos 150 mil reais. Só fazer as contas, 1800 ciclistas pagando 50 reais não chega perto disso. Mas e as camisetas, não tinha o combo? Quem comprou no combo praticamente pagou preço de custo, se o cara pagou no cartão então saiu mais barato do que o preço que pagamos para fabricar as camisetas.

Se fizéssemos outra edição, com todas as melhorias que pretendia fazer, os custos iriam passar fácil dos 200 mil e se hoje a gente tem, só com o parque, cerca de 20 mil reais de dívida, imagina o risco de fazer outra edição cobrando só 50 reais e ainda tendo não só todas as despesas de infraestrutura do evento, sem nenhuma margem pra erro? E se dá uma zica e a gente não vende nem os 2 mil?

Mas na real, a grana nem era o principal, claro que é importante, minha mulher tá desde o começo do ano tentando trocar a pia da nossa cozinha que tá com infiltração e estragando todo o móvel, mas nunca consegue porque todo mês tem que colocar grana pra pagar despesas do DBM, só com o que ela já colocou nessas 3 edições do DBM dava pra reformar a cozinha inteira e ainda montar um Spa pra gente. Iríamos nos afundar mais ainda em dívidas, mas ainda iriamos tentar, vai que dá tudo certo e finalmente um DBM se paga?

Mas o que pegou de verdade foi que quando conversei novamente com a família fiquei sabendo que uma parte estava pensando até em processar a gente. Não a parte dos filhos dele, mas a outra achou que a gente poderia ter feito algo mais, só porque assistiram nossa live no nosso canal onde expliquei o que aconteceu eu disse que numa próxima edição a gente iria vistoriar todas as bicicletas, iria tentar fazer ainda mais coisas pra tentar evitar um acidente, mas na cabeça deles o pensamento foi, porque não fez isso nessa edição? Só pra economizar dinheiro?

Compreendo a revolta deles, se eu estivesse no lugar deles provavelmente faria o mesmo, mas o que eles não sabem é que mesmo se fizéssemos tudo que gostaríamos de implementar na próxima edição, mesmo se vistoriássemos o freio da vítima antes da descida, ainda sim o freio iria se desgastar já que o cara é pesado, era um freio a disco mecânico e todo mundo que conhece, principalmente os porpetas como eu que tem mais de cem quilos sabem que o freio vai desgastar durante a descida e ainda sim pode ser necessário pelo menos uma regulagem no meio do caminho e caberia ao ciclista fazer isso.

Se ele pensar “tá chegando eu arrumo lá embaixo” e perde o freio na última curva, não importa o que a gente faça, ainda sim vai ter uma chance da pessoa cair e acontecer algo grave. Lembrem-se, 1800 ciclistas, uma única queda que precisou de atendimento médico e justamente uma fatal.

Somado a tudo isso, e pensando também na minha mulher que não é obrigada a ficar sustentando o DBM eternamente, resolvemos dar um passo pra trás e retornar as origens. Podemos fazer novamente um evento descendo a estrada velha? Provavelmente, mas ele só vai acontecer quando tivermos na mão todo o dinheiro necessário para custear o evento e principalmente, se pudermos fazer de graça, como sempre quis que o DBM fosse, de graça e só com a ajuda de um monte de voluntários pra fazer acontecer.

Mas enquanto isso podemos fazer eventos com grupos menores e descer pra praia. Não dá para fazer um evento com milhares de ciclistas pela Rota Márcia Prado, principalmente enquanto o estado não entrega aquela obra da ciclovia e da passarela ali no Rancho da Pamonha, algo que nos foi prometido em 2018 e até agora nada. Mas percorrer a Rota em pequenos grupos e descer a serra pela Estrada de Manutenção hoje qualquer um de nós pode fazer, não vão te dar uma autorização oficial, mas também não vão impedir, até porque o estado está com muito débito com a gente.

Então dá pra fazer eventos menores e é isso que vamos fazer. Se você entrar agora no site do Bicicreteiro irá encontrar a página “Como participar do DBM”. Lá tem um formulário, você preenche, iremos entrar em contato com os 100 primeiros e perguntar se vocês querem descer com a gente em uma data que definirmos. Se você não puder a gente vai pro seguinte mas você continua no topo da lista até termos uma data que você possa ir.

Agora se você puder vamos separar vocês em pequenos grupos para serem “tutoreados” por um Guia experiente que vai ver seu nível de pedal e sugerir o que você pode fazer para se preparar pra descida. Até porque a Rota Márcia Prado original é bem mais difícil que o percurso pela Estrada Velha de Santos, além de mais longo tem muito mais subidas, então você precisa estar condicionado.

Além disso você poderá participar dos nossos pedais que rolam todos os domingos. Se entrar na página “Treinos do DBM” você vai ver o calendário e as informações do próximo pedal, então você pode se preparar pedalando com a gente pra, no dia da descida estar voando. Vou fazer um vídeo explicando como funcionam os treinos do DBM, mas não tem segredo, só entrar na página que está tudo explicado.

E tenho mais uma preocupação, ano passado a gente montou uma confecção para produzir as camisetas do DBM, mas a ideia também é fazer camisetas e roupas de ciclismo para quem quiser, como grupos por exemplo. A confecção fez um ano agora em julho, hoje temos 4 funcionários que trabalham só na confecção e que dependem do salário que pagamos. Até hoje a confecção nunca faturou mais do que gastou e todos os meses a temos que tirar do bolso pra fechar as contas.

Tinha esperança que depois dessa edição do DBM eu conseguiria vender mais do que gastamos, mas agora sem uma grande edição do DBM não sei como fazer e se até o final do ano ela não se pagar, infelizmente teremos que fechá-la, não dá pra eu colocar mais esse peso nas costas da Terê.

Mas vocês podem ajudar! Como? Entrando agora lá na lojinha do Bicicreteiro e comprando alguma coisa! Hoje a gente tem várias camisetas do DBM, tem a verde de Desafiante, a branca do Pedal Anchieta, se você já venceu um DBM pode comprar a amarela de Master e além de poder escolher zíper completo, manga comprida e comprar uma camiseta com tecido de excelente qualidade tem mais duas novidades.

A primeira é para o frio, a gente tá vendendo também casacos de ciclismo, usamos o molde de qualquer camiseta que temos pra vender e você poderá fazer um casaco, feito com um tecido mais grosso. Como comparação, enquanto esse furadinho tem gramatura 145 gramas, o do casaco tem de 300 gramas. E pra reforçar a gente coloca um forro de tecido dry de segunda pele que vai ajudar bastante a galera que curte madrugar pra pedalar.

A outra novidade é essa camiseta com o tema de Montanha, como tem uma galera que adora uma subida, fizemos uma camiseta com uma versão do logo do DBM e você pode comprar já no site. Até casaco dela dá pra fazer.

Aliás a gente tá estreando esse novo desenho porque agora, dia 30 de julho vamos levar dois ônibus pra subir a Serra do Rio do Rastro e ainda tem vagas, se quiser se juntar a nós dá uma olhada lá na lojinha.

Ainda tem as almofadas do DBM que tem uma pegada maravilhosa. A confecção gera muitos restos de tecido, pedaços pequenos que não tem como serem aproveitados e são descartados, então resolvemos aproveitá-los como enchimento para almofadas. Quem quiser comprar já está a venda na lojinha e ainda tem uma promoção, quem comprar duas camisetas, ou um casaco de frio ganha de presente uma almofada!

E ainda teremos mais modelos, tá chegando o Clube da Terê, um pedal só para garotas que terá uma camiseta exclusiva a disposição no site, vamos divulgar detalhes em breve. E mais, você que tem um grupo de ciclista, manda uma mensagem pro Whatsapp da Lojinha e coloque a camiseta do seu grupo pra vender no Bicicreteiro.

Se você já tem a arte da sua camiseta basta nos mandar, eu gero os arquivos e a disponibilizamos no site. Depois você manda o link para seus amigos, eles entram no site, fazem a compra que enviamos direto para eles. Você não precisa comprar 10, 20 ou sei lá quantas camisetas. E o mais legal é que você pode ter a camiseta do seu grupo nas mesmas versões que disponibilizamos para as nossas camisetas, zíper completo, manga longa e até casaco de frio. Quer saber mais? Pergunta para a Renata na Lojinha que ela te explica.

Vamos dar um passo para trás para continuar caminhando. Se você quiser percorrer a Rota Márcia Prado, vai lá no site e preencha o formulário. Se você é do interior que quer organizar um grupo pra descer com a gente numa das nossas datas, conversa com a gente lá no whats mesmo que a gente dá um jeito.

Detalhe, chega de cobranças pra vocês pedalarem, não iremos cobrar mais para vocês fazerem a Rota Márcia Prado e tão pouco para vocês pedalarem com a gente aos domingos. Cobrança só nas excursões, mas aí é turismo, viagens com hotel, grupos pequenos, outra pegada, ainda assim nossas viagens serão sempre ser acessíveis.

Então é isso, DBM enverga mas não quebra e o que pudermos fazer para trazer ainda mais ciclistas para nosso mundo, contem com a gente que estaremos lá.