São Paulo passou e não peguei quase nada de chuva, mas meu primeiro dia de pedal em Mato Grosso do Sul mostrou que seria uma briga de gato e rato.
Tanto em MS como em SP, são longas planícies que dá para ver a chuva de longe, dai você pode apertar para fugir ou ir mais devagar para ela passar. Na brincadeira de hoje me dei bem, mas vamos ver nos próximos dias.
Saí de 3 Lagoas deixando o Balneário para trás e pedalei por uns 10 quilômetros por ciclovias. No caminho vi essa linda imagem numa escola municipal.
Depois na Ciclovia no canteiro central, vejo umas sinalizações absurdas. Não colocam o PARE antes da faixa de pedestres, mas colocam antes do cruzamento, ou seja, a sinalização vai contra o art. 39 do CTB, onde diz que é o motorista quem deve dar a preferência ao ciclista e ao pedestre.
O resultado são vários acidentes, o que torna a ciclovia mais perigosa do que se não houvesse nada.
Logo que peguei a estrada uma cena triste. Um tamanduá enorme atropelado. A velocidade máxima na rodovia é de 80 km/h. Mas rarissimos os motoristas que respeitam esse limite e se fosse respeitado, acho que metade dos 8 tamanduas que vi atropelado nesse trecho estariam vivos.
Bem, saí tarde de lá, por volta das 11h00 (hora de SP, aqui o fuso é uma hora a menos). A principio queria ir até o Rio do Pombo, pois Agua Clara está a 140 km de 3 Lagoas, mas dependendo do horário que chegasse no Pombo, tentaria esticar até Agua Clara.
Nem parei muito e nem tem muito o que ver na estrada, mas mesmo assim curti demais pedalar ouvindo tantos periquitos, passarinhos um mais colorido que o outro, as siriemas cantando, tucanos dando rasantes na estrada, casais de araras me acompanhando na estrada. Já reconheço até o canto e o grito de alguns animais.
Cheguei no Rio do Pombo as 15h00 no meu horário, quer dizer que daria para apertar e chegar em Agua Clara de dia. Foi o que eu fiz e quando faltavam 8 kms para o meu destino vi do alto quem estava me esperando para me recepcionar.
Ontem eu “roubei” e fiquei numa pousada simples, mas porque tenho um plano meio maluco pra hoje. Daqui até Ribas do Rio Pardo, o que seria meu destino natural, tem uns 100 km. Saio cedinho e se conseguir chegar lá até o meio dia, almoço lá e encaro mais 80 km até Campo Grande e mesmo se pedalar um pouco a noite vai valer a pena.
Espero que hoje o sol fique atrás das nuvens e o dia colabore, pois quero acelerar muito pra ficar logo na porta do Pantanal.
Quem me dera uma cena dessas de um monte de bicicletas em alguma escola de SP…
Eu moro perto do trabalho e meu sonho sempre foi ir de bicicleta, mas ainda falta muito para os carros respeitarem o ciclita.
Pois é… Até +
Oi André. Fiquei sabendo da sua viagem esses dias e só hoje pude dar uma olhada.
Espero realmente que vc se encontre e curta muito o caminho realizado. Que vá com Deus no coração e volte com sua alma maior do que já era. Grande abraço. Wagneta.
Foda 180 km!
Na primeira foto, na ponte, atrás vários buritis ( Mauritia flexuosa). Muito nutritivo, gosto ahn peculiar. Toma o vinho do burití, tem picolé. Vendia na rua em sacolé, mas faz tempo, em Manaus. A planta adora um riozinho assoreado com areia.
Comida de sobrevivência 😉
André, eu e muitos outros estamos ‘viajando’ com você.
Que o Sol ilumine seus caminhos e que os ventos soprem a seu favor.
Bom pedal sempre
Wadislon
Oi André! Muito bom ver os relatos diários por aqui! Passo todo dia pra conferir. Força nos pedais!!! Até amanhã.
Conseguiu sair cedão hoje, hein? 🙂
Fiquei imaginando os tucanos e araras na estrada. Demais. Vão ficar na sua memória pra sempre.