image

Começou a próxima etapa do Projeto Biomas, Pantanal ficou para trás e agora o objetivo é a Floresta Amazonica, mas sempre que houver pontos interessantes no caminho, farei pequenos desvios.

Agora pretendo subir em direção a Sinop e de lá até Peixoto de Azevedo para poder cruzar o Xingu pela MT-322. Até Peixoto é asfalto, colocarei pneu slick e quero fazer no menor tempo que puder. Mas depois será só terra até quase o Tocantins e dificilmente terei conexão com celular.

No meu caminho de Cuiabá até Palmas, terei 3 pontos turisticos que pretendo passar rapidamente. A Chapada dos Guimarães, que fica a 60 kms de Cuiabá, Nobres que segundo o pessoal de Mato Grosso, Bonito (em MS) é bonito, mas Nobres é lindo! Por último, na fronteira dos estados de MT e TO terei a Ilha do Bananal e o Rio Araguaia, que segundo me informaram a região seria uma espécie de sexto bioma, com muitas particularidades.

Voltando ao relato, arrumei minhas tralhas e me despedi da Fernanda, uma pessoa maravilhosa que me recebeu em Cuiabá, me acolheu e acabou virando uma grande amiga. Fernandinha, obrigado por tudo mesmo, agradeço a você e sua família pela hospitalidade e espero um dia poder retribuir tudo que vocês fizeram por mim.

image

De lá mais despedidas, fui até a Tribo Adventure pois a galera do Nova Origem estava partindo em direção a Carceres para poder cruzar logo a fronteira com destino a Bolívia. Sugiro que acompanhem a aventura da galera nessa volta ao mundo que eles pretendem fazer. Boa sorte mesmo pessoal.

image

Outra despedida foi com o Djalma da Tribo Adventure, a melhor loja de bike da cidade de Cuiabá. Antes de partirmos ele ofereceu um café da manhã para os cicloturistas em sua loja. E fica a dica, quem quiser vir pedalar em Cuiabá, principalmente na Chapada dos Guimarães, tem que passar na loja do Djalma e bater um bom papo com ele.

image

O Djalma me deu umas dicas de passar no restaurante do Horácio e acampar no Ninho das Águias. Passei antes no supermercado, comprei minha ceia e segui viagem.

A estrada que nos leva a chapada, tirando um curto trecho de pista dupla, ela é muito estreita, sem acostamento e lotada de motoristas irresponsáveis, principalmente os donos de caminhonetes, portanto todo cuidado é pouco.

image

Cheguei nesse restaurante do Horácio que tem um belo rio de águas cristalinas, onde consegui me refrescar e pensar um pouco na vida.

image

Continuei a jornada, até começar a subida de verdade são cerca de 40 kms de sobe e desce e até a chuva encontrei no caminho, mas ela venho em boa hora pois estava muito quente.

image

O trecho de subida é bem suave, não tem uma grande inclinação, pelo menos na estrada que nos leva ao município da Chapada dos Guimarães. Pedalei cerca de 55 kms e cheguei na entrada do Ninho das Aguias, de lá são mais 8 kms até o pico.

Ali sim tem uma forte subida, no começo da estrada a altitude era de 730 metros e no caminho bateu mais de 850 metros. Passei pelo Sindacta até onde ia a pista asfaltada e depois segui por terra até o local. Antes do Ninho tem o Topo do Céu, um mirante fantástico de onde você pode ver o sol se pondo em Cuiabá.

image

Mas meu destino final não era ali e sim nesse platô ali em baixo, mas e para descer?

image

Tem uma trilha no meio do mato com algumas escadas de ferro, o Djalma disse que daria para descer de bike, mas acho que ele não tem noção do que é carregar esse monte de tralha.

Tive que desmontar a bike e carregar por partes, primeiro os alforges e depois a bike nas costas. Pra complicar escureceu comigo no meio da mata. Com muito custo consegui descer e acabei ficando numa das casas abandonadas que tem na base.

Eu iria só dormir aqui e partir no dia seguinte, mas só de imaginar subir tudo novamente… Portanto vou ficar mais um dia aqui, tirar belas fotos, tentar registrar o Por do Sol e amanhã vou com destino a Nobres para chegar logo na Amazônia.