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Será que sabemos qual o significado do Natal? Eu não sabia, inclusive era um crítico condenando-a como mais uma dessas datas criadas apenas para o comercio vender, mas depois do Natal de 2010, o qual passei sozinho, acampado no Ninho das Águias, no meio da Chapada dos Guimarães, acabei compreendendo o sentido do natal da pior forma possível, com muita dor e sofrimento. Nesse link você encontrará uma mensagem de natal escrita um dia após de ter passado (e sobrevivido) a uma das noites mais complexas de minha vida. Já no livro “A vida em ciclos” narro detalhes do que aconteceu um dia antes e que me motivou a escrever esse texto.

Mas garanto que todo meu sofrimento foi necessário para aprender o significado dessa data, que pode até ter um pouco a ver com o fato da igreja católica se apropriar de uma data cultuada por outra religião e que de certa forma alavancou sua massificação, mas religiões a parte (nem quero entrar nessa discussão), o fato é que quando nos aproximamos dessa data ocorre uma sinergia entre todas as pessoas, independente de religiões.

Consumismo a parte, são muitas as pessoas que estão com pensamentos positivos, preocupadas em presentear alguém querido, apenas pela vontade de fazer essa pessoa feliz. Da mesma forma que um país em guerra, dificilmente consegue se desvencilhar de tanto ódio, quando muitas pessoas ao mesmo tempo pensam em fazer o bem, inevitavelmente acabam contaminando a todos, até mesmo os críticos da data.

Podemos dizer que o estopim dessa campanha se deu em setembro de 2012, logo após realizarmos o 2º Desafio Bicicletas ao Mar, quando um casal que participava do Desafio sofreu um assalto pouco antes de chegar a Santos, assalto esse não realizado por marmanjos com armas de fogo, mas sim por crianças com paus e pedras. Depois desse incidente passei a pensar algo que pudesse minimizar esses riscos, foi quando surgiu a ideia – “Porque não realizarmos uma campanha de doação de bicicletas nessas comunidades?”

Além de doar bicicletas, queria encontrar uma forma de integrar os participantes do Desafio as comunidades no entorno da rota. Não consigo ver como solução um policiamento extensivo, primeira atitude a ser tomada quando ocorre algum ataque de gente pobre a classe média, esse é o tipo de atitude que não resolve o problema e só aumenta a sensação de medo e ódio entre as partes, aumentando o muro que divide a realidade da vida dessas pessoas, que no final das contas, são todas iguais.

A maioria dos participantes do Desafio, são oriundos da classe média e infelizmente alguns confundem simplicidade com miséria. Como a maioria dificilmente tem contato com essas pessoas que moram em comunidades humildes, devido ao desconhecimento dessa realidade, acabam se sentindo ameaçados e intimidados ao passarem por elas. Por outro lado, as pessoas que vivem nessas comunidades acabam vendo essa atitude de medo e desconfiança como arrogância, o que de certa forma contribui para aumentar a tensão entre os dois lados. Nem ao céu, nem ao inferno, o que realmente falta entre essas pessoas é comunicação, conhecimento e uma mente livre de preconceitos.

Se conseguíssemos realizar uma campanha que, não apenas ajudasse quem necessita, mas que principalmente promova essa integração, todos ganhariam e com certeza os riscos de assaltos diminuiriam drasticamente, até porque ambas as partes se sentem desconfortáveis com a situação.

Mas antes de seguir em frente com a ideia, é preciso externá-la e ouvir a opinião do inconsciente coletivo. Ao jogar a ideia na lista de discussão do Desafio Bicicletas ao Mar no Facebook, percebi de imediato que essa era uma ideia comum e tendo vivenciado o senso coletivo e colaborativo que foi criado nos dois Desafios anteriores, somando a possibilidade de usar a energia que é criada em torno da data natalina, tinha certeza que se embarcasse nessa maluquice, não estaria sozinho. Foi quando comecei as discussões com a CPTM na busca de um espaço para ser usado como oficina.

A velocidade das coisas dentro de uma empresa, infelizmente não é a mesma que a minha, chegou um momento que inclusive desisti de continuar o projeto, até que na última semana de novembro sou procurado pelo pessoal da CPTM com a sugestão de montar nossa base na passarela desativada da Estação Pinheiros. Na mesma semana lançamos a campanha de doações na internet, conseguimos uma chamada ao vivo no Radar SP no dia 30 de novembro de 2012, onde convidei as pessoas a doarem as bicicletas nos dias 01 (sábado) e 02 (domingo) de dezembro, com uma audaciosa meta de 100 bicicletas doadas.

Ficamos de plantão durante os dois dias em frente a estação Pinheiros da CPTM e a todo momento alguém aparecia para doar bicicleta. Sim, apareceram algumas pessoas que deram graças aos céus pela oportunidade de se livrar de uma tralha, mas a maioria era de pessoas instigadas a ajudar, a fazer o bem. Sejam os pais que trouxeram seus filhos para doar a bicicleta, ensinando a importante lição do desapego e estimulando a solidariedade, como também algumas pessoas que tinham um enorme carinho pela bicicleta, dó até mesmo de vendê-la, mas que resolveram doá-las ao próximo, assim algo que havia lhe dado tantas alegrias pudesse fazer o mesmo por outra pessoa. A cena do garotinho de 4 anos, carregando sua bicicletinha aro 10 (com rodinhas) nas costas e colocando entre as bicicletas a serem doadas, ficará marcada para sempre em minha memória.

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Na minha e na dos voluntários que ficaram horas ao sol durante os dois dias, sem ganhar nada além de gratidão e felicidade por estar participando de algo tão grande, cada um tem uma história diferente para contar. Depois de dois longos dias, as 17h00 de domingo, enquanto levávamos as bicicletas para a passarela, chegou à doação de número 100. Atingimos uma marca que parecia impossível, isso nos deixou feliz, mas também aumentou a nossa responsabilidade, já que precisávamos reformar todas as bicicletas.

Antes de iniciarmos os mutirões, fizemos um inventário, fotografando cada uma das 100 bicicletas, verificando o que seria necessário fazer para deixá-las como novas. Nessa fase constatamos que 80% das bicicletas estavam em boas condições. Precisávamos também de dinheiro para comprar algumas peças, ferramentas e material para os voluntários trabalharem, abrimos uma campanha de doações e arrecadamos cerca de 700 reais. Pode parecer pouco, mas foi mais que suficiente para prosseguirmos com os trabalhos.

Os mutirões foram surpreendentes, voluntários com bom conhecimento mecânico ajudando os sem experiência nenhuma, gente que mal sabia elevar a altura de um banco desmontando pe-de-vela, sacando corrente. Ao mesmo tempo que em alguns momentos o trabalho parecia não render, em outros surgiam várias mãos e as bicicletas, pouco a pouco eram colocadas montadas nos cavaletes.

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Foi criada uma atmosfera muito bacana, mesmo sabendo que o trabalho era imenso, que as chances de algo dar errado eram enormes, ninguém conseguia cogitar um fracasso. Já havia desistido de entregar as 100 bicicletas, então passei a trabalhar no número plausível de 80. Entrei em contato com a creche e pedi para eles selecionarem apenas 60 crianças, pois meu maior medo era, no dia da entrega, haver mais crianças do que bicicleta. Depois de tanto trabalho, ver uma criança triste só porque não recebeu bicicleta era o meu maior pesadelo, literalmente, já que foram várias as noites que sonhei com isso.

Seguramente mais de 50 pessoas diferentes passaram pelos mutirões, algumas foram trabalhar mais de uma dezena de dias, outros foram apenas uma vez, alguns foram apenas na entrega das bicicletas, mas a sensação que ficou é que todos foram fundamentais e o melhor exemplo ocorreu no dia 22, sábado, no mutirão de limpeza e entrega das bicicletas.

A maioria das bicicletas estava montada a espera de regulagem e a limpeza. A regulagem necessitaria de conhecimento mecânico, já a limpeza só capricho e boa vontade. Estava apenas eu e o Gallo regulando as bicicletas e perdíamos no mínimo meia hora em cada, isso quando não encontrávamos algum pepino. Mesmo com 4 pessoas na limpeza seria impossível terminar todas as bicicletas naquele dia, foi quando fiz um apelo desesperado no nosso grupo no facebook e durante uma entrevista na CBN pedindo para as pessoas comparecerem e nos ajudar na limpeza.

Não demorou e começou a aparecer gente, logo haviam quase 20 pessoas com a mão na massa e os cavaletes com as bicicletas prontas foram lotando. Não vou ficar citando nomes, mas nessa campanha fica difícil encontrar a “pessoa fundamental”, pois mesmo aquele que apareceu para trabalhar só no último dia acabou sendo crucial para o sucesso da campanha.

No dia da entrega madrugamos, as 6h00 estávamos colocando as bicicletas num caminhão cedido por um participante do Desafio, logo começaram a chegar os voluntários que seguiram pedalando, cerca de 20 ciclistas. Embarcamos de trem enquanto o comboio seguiu de carro até o Grajaú e lá fomos recebidos com chuva. Poxa, justo no dia da entrega?

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Outro medo era o das bicicletas terem problemas durante o pedal, a maioria são bicicletas simples e que foram montadas por ciclistas inexperientes, por mais que ciclistas experientes tenham vistoriado, impossível nenhuma falha passar despercebida, mas ainda bem que foram poucas as que deram problemas já que a maioria seguiu firme e forte.

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Ao chegar na primeira balsa, como o trajeto é mais tranquilo e com poucos carros, coloquei meu filho na cadeirinha da minha bike e com um guarda chuva ele se protegeu da fina garoa que caía. Fazia mais de um ano que eu não conseguia ficar com meu filho (motivos que nem valem a pena comentar) e aquele dia estava sendo ainda mais especial. A oportunidade de poder dividir essa emoção com meu filho era única, temia não poder dividir essa experiência com meu filho, mas até o espírito natalino me ajudou.

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A massa foi seguindo em frente até que chegamos a segunda balsa, sim, faltavam poucos metros para chegarmos a creche e eu não estava tranquilo, ainda reinava o medo de encontrar mais crianças do que bicicletas. A creche fica a 300 metros depois da segunda balsa, havia uma forte subida e no alto dela há a Padaria Comunitária que fica ao lado da creche. Quem já desceu para Santos pela Rota Márcia Prado conhece muito bem esse local.

Cruzamos a balsa e pedi para o caminhão esperar e subir apenas depois que chegássemos ao topo, pois até então as crianças não sabiam que todas ganhariam uma bicicleta, (elas foram informadas que participariam de um sorteio) e queria manter a surpresa e presenciar a reação delas ao ver o caminhão. Subimos e lá no alto o Gallo, nosso Papai Noel estava parado, como se algo o impedisse de continuar. Ouvi dele a seguinte frase “tá lotado de criança”, até ele ficou com medo, mas era o momento de todo nosso trabalho de um mês ser avaliado, saber se realmente tudo aquilo que passamos teria valido a pena.

Havia muitas crianças, também fiquei assustado, senti um gelo no pessoal, mas a ansiedade era geral, tanto nossa como das crianças. Quebrei o gelo e guiei os ciclistas até o mar de crianças e ao chegar disse – “Nossa, tem muita criança aqui e só temos 20 bicicletas, não temos bicicletas para todo mundo!”

Vi alguns adolescentes, mas a maioria era de crianças na faixa dos 5 a 9 anos, não queria ver nenhum deles sem bicicleta. Continuei conversando com eles e fui em direção a subida, de onde viria o caminhão. Comecei a ouvir o barulho dele que subia vagarosamente, ao ver o caminhão um silêncio tomou conta do local, dava para ouvir apenas o barulho do motor. Ele surgiu na subida como se emergisse no mar, de frente não era possível ver muita coisa, mas quando ele se aproximou e foi possível ver sua lateral repleta de bicicletas, um – “Ohhhh!” – saiu da boca daquelas crianças seguido por uma euforia que nunca tinha visto em minha vida.

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Elas gritavam, algumas choravam de alegria, outras já escolhiam suas bicicletas, apesar do momento ser mágico, ainda precisava fazer a distribuição. Acontece que eu tive um problema na minha impressora e não consegui imprimir uma lista que havia feito com o nome das crianças por ordem de idade. Pedi para o pessoal da creche imprimir a lista para mim, e enquanto ela não vinha os voluntários começaram a descer todas as bikes do caminhão e organizá-las por tamanho.

Como a lista demorava, subi no escritório e encontrei uma das colaboradoras da creche assustada pois a impressora deles também estava quebrada. Abri a lista no computador e começamos a anotar o nome delas numa folha de papel, fiz uma lista com crianças de 5 a 9 anos, desci e deixei a garota fazendo a lista do pessoal de 10 a 17 anos.

A garotada não aguentava mais, uma garotinha segurava uma das bicicletas com as duas mãos e não a largaria até que seu nome fosse chamado. Comecei então a chamar as crianças de 5 anos, mandaram eu subir no caminhão para anunciar os nomes enquanto os voluntários escolhiam as melhores bicicletas para cada criança. Chamei todos os nomes de 5 anos e antes de iniciar a relação dos com 6 anos, vi um dos garotos que havia ganho a bicicleta cruzar a rua pedalando, mesmo sem rodinhas.

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Outra falha nossa, na correria esquecemos de trazer algumas rodinhas que foram retiradas das bicicletas, ficamos de levá-las numa outra oportunidade, mas tenho certeza de que quando levarmos, a maioria das crianças já terão aprendido a pedalar sem elas.

Para a minha alegria, quando estava chamando as crianças de 8, percebi que sobraram várias bicicletas menores, como já previsto, havia várias crianças que apareceram na festa mas seus nomes não constavam na lista e por sorte nenhuma ficou sem bicicleta. Uma delas era a Dominique de 5 anos, ela ficou o tempo todo por perto das bicicletas, como seu nome não estava na lista, sua mãe deve ter dito que ela provavelmente não ganharia uma bicicleta e apesar de parecer conformada, era fato notar sua frustração. Então pedi para escolher uma das bicicletas e ela foi direto na Cecizinha.

Essa bicicleta foi um verdadeiro xodó dos voluntários, bicicleta provavelmente do final da década de 70, início de 80, uma raridade. A bicicleta estava perfeita, tinha apenas o banco quebrado e que foi trocado por um novo. Essa garotinha pegou a bicicleta e toda aquela frustração foi embora.

Continuamos com as crianças maiores e todos que estavam lá receberam uma bicicleta, foi uma festa tão grande que cada um tem sua história para contar. Como não teríamos tempo nem dinheiro para reformar todas a tempo, decidimos que as que precisariam de pintura ficariam para uma segunda fase. Teve então o caso do Cleber que doou a “Titanic”, uma bicicleta até que em boas condições mecânicas mas que precisava de uma pintura completa no quadro. Sabendo que sua bicicleta ficaria para a segunda fase, ele foi até o mutirão e a pintou sozinho. Não, ele não tinha experiência em pintura de quadro, tanto é que nem desmontou a bicicleta para pintá-la, mas se virou não sei como (acho que com a ajuda da internet) pois queria de qualquer maneira levar a sua bicicleta pedalando. Quando encontrou o jovem que ganhou sua bicicleta disse – “Essa bicicleta era minha” – de imediato o garoto fez menção para devolvê-la, achando que havia pegado a bicicleta de alguém, mas logo ele corrigiu – “Não, essa bicicleta era minha, mas agora é sua.

Pincelei várias histórias, mas para não ser infiel a elas, peço para que meus amigos usem o campo de comentários para compartilhá-las. Mas posso dividir com vocês a minha história, pouco depois de almoçarmos quando nos preparávamos para voltar, senti alguém tocando em minha perna. Quando olhei vi a Dominique falando – “Tio, tio…”

Me abaixei achando que ela iria perguntar algo a respeito da bicicleta e falei – “Oi meu anjo, fale” – mas ela disse apenas uma palavra…

– “Obrigado!”

Nessa hora eu desabei. Até aquele momento vivia uma intensa pressão, medo de não dar conta de arrumar tanta bicicleta, medo da campanha fracassar, ainda estava preocupado em como os voluntários que foram pedalando iriam voltar, não tinha a sensação de dever cumprido, ainda estava dominado pela pressão, mas depois que a garotinha me disse “Obrigado” a ficha caiu. A campanha pode não ter acontecido como eu imaginava, mas havia sido um sucesso, finalmente eu pude relaxar e chorar sem medo, choro de alegria e dever cumprido. Mais tarde fiquei sabendo que ela perguntou a mãe quem era o tio que deu a bicicleta a ela e sua mãe apontou a mim, sem saber qual era a sua intenção, só depois sua mãe soube que ela queria apenas agradecer.

Na verdade eu tenho que agradecer não aos voluntários que tanto se esforçaram para a coisa acontecer, ou a CPTM que nos cedeu o espaço para trabalhar, ou a minha mulher que esteve sempre ao meu lado nesses dias tão complicados, ou ao meu filho que depois de mais de um ano pode estar comigo um dia inteiro e participar desse momento tão mágico. Sinto obrigação apenas em agradecer a oportunidade que me foi dada, de fazer parte de algo tão grandioso e de ser aceito por essa galera que tanto se empenhou. Pois quem ganhou presentes não foram apenas as crianças que receberam as bicicletas, mas todos que de alguma forma participaram dessa enorme corrente do bem.

Ser parte desse jogo de engrenagem foi uma das melhores experiências da minha vida, um coletivo que, por incrível que pareça, não havia uma pessoa protagonista, onde todos (sem exceção) foram fundamentais. Foi maravilhoso fazer parte de tudo isso, essa experiência só prova que, como seres humanos, estamos constante evolução ações como essa nos fazem subir um degrau nessa campanha evolutiva.

Seja quem doou do seu tempo ou dinheiro, aquele que trabalhou mais de 15 dias ou aquela pessoa que apareceu apenas no último mutirão de limpeza. Ver as coisas acontecendo tudo de forma natural, sem a necessidade de um coordenador, mas de uma forma onde cada um que participava encontrava seu papel, sua melhor forma de participar, essa foi uma das experiências mais alucinantes que já vivi. Ninguém querendo aparecer, ninguém querendo fazer mais que os outros, ninguém criticando o trabalho do outro, todos focados e com um único objetivo que era o de fazer o bem.

Me fez até ficar com um pouco de saudades de algumas coisas que fiz ao lado de outros ciclistas, numa época em que a causa da bicicleta era mais importante do que as pessoas que estavam envolvidas. Não tem como não lembrar que foram poucos os antigos parceiros de estrada que ajudaram de alguma na campanha, seja divulgando a ação em suas redes sociais, ou mesmo aparecendo no local para ver como está nossa bagunça. Isso só me deixa mais claro que infelizmente para alguns, os egos falam mais alto do que uma possível causa, mas que eles aprendam como eu também aprendi. E a vida que siga seu rumo, pois da  mesma forma que me frustrei por um lado, fiquei confiante e esperançoso de que ainda dá para fazer muito, não apenas pela bicicleta, mas pela nossa sociedade, melhor ainda saber que não faltam malucos para me acompanhar em roubadas como essas.

Essa foi a melhor forma que eu encontrei para encerrar o meu ano e tenho certeza que esse sentimento é comum a maioria dos que participaram. Mas apesar de encerrar o ano com chave de ouro, esse foi apenas o término de um ciclo e início de outro e para variar, começa com desafios ainda mais ambiciosos.

Encerro (ou inicio) com um convite, no próximo sábado, dia 05 de janeiro de 2013, as 14h00, em nossa base na Estação Pinheiros da CPTM faremos uma reunião de rescaldo para descobrir o que será necessário para colocarmos todas as bicicletas restantes em ordem e para conversarmos sobre o futuro do projeto que não irá acabar aqui. Vamos discutir inclusive a possibilidade da criação de algo institucional para a continuidade desses e de outros projetos. Quem sabe não esta nascendo “Os Bicicreteiros”?

Um excelente 2013 para todos, e um até breve, já que esse ano promete.

André Pasqualini

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Veja abaixo a repercussão da campanha na mídia

Chamada no Radar SP para doação das Bicicletas

Matéria no Vá de Bike

Matéria da entrega no G1 e vídeo do Bom Dia São Paulo

Entrevista para a Rádio CBN – São Paulo

Matéria do Jornal Agora

Foto da Capa do Jornal Agora