Li a triste coluna da Barbara Gancia que tenta ser independente, inteligente, mas no final só se preza a falar merda. Quem quiser, leia a coluna dela clicando aqui, ou aqui para assinantes da folha.
O texto começa em tom elogioso, como alguém que fala de uma amiga de infância que trocou até roupinhas de bonecas, mas não demora a descambar para a futilidade e para o vácuo comum que infelizmente toma conta de muitos “monstroristas” dessa cidade. Aqueles mesmo que consideram as ruas um privilégio dos poucos que tem carros e tudo que tenta invadir o “seu” espaço é algo que só serve para atrapalhá-los.
Primeiro Barbara, sua amiga que diz tanto conhecer, não defende a bicicleta como a “solução” ou a “melhor saída”. Ela defende uma cidade justa, onde tanto um ciclista como um pedestre, ou qualquer pessoa que queira se livrar da dependência e tirania dessa Sociedade do Automóvel tenha os mesmos direitos e dignidade que hoje só é concedida aos “bem-aventurados” possuidores de um bólido motorizado.
Sobre os “mauricinhos” que atravancam o farol de vez em quando, esses incomodam muito menos que os 6 milhões de carros que atravancam a cidade o ano inteiro, que trazem bilhões de prejuízos a cidade, que impõe seus congestionamentos a àqueles que estão dentro dos ônibus, que matam 20 pessoas por dia por causa da sua fumaça (maioria crianças e idosos), matam 1500 pessoas por ano em acidentes de trânsito (mais que na guerra do Iraque), mas isso você não deve considerar nenhum absurdo não? Pior mesmo são os transtornos dos “Mauricinhos” que fluem (e não congestionam) uma vez por mês nessa cidade. Que legal isso, ontem eu era um “chineleiro” agora sou mauricinho…
E sobre esse “nazista” que citou os dias contados dos cigarros e das bebidas, primeiro eu não fumo e dane-se quem fuma desde que não jogue sua fumaça em cima do meu prato. Até porque eu tomo sim meu vinho e minha cervejinha e nem por isso fico mijando na cabeça dos outros. Mas esse nazista está no mesmo patamar de uns “nazistas” que, dentro de suas burcas, me mandam andar no parque ou na calçada, quando não tentam me dar uma “lição” só porque acham que não tenho o direito de andar na rua. Ou seja, gente estúpida tem em tudo que é lugar, tanto dentro de um carro com película (algo que o seu não deve ter) como sobre uma bicicleta.
Não quer pedalar, o problema é seu, tanto eu como a Renata estamos poucos se lixando para aqueles que querem se fundir com seus carros, mas saiba que 90% população é a favor de ciclovias. Isso não significa que ciclovia é a solução, mas significa que milhões de pessoas, ou querem ter o direito de pedalar sem medo, ou querem que seus parentes queridos possam sair pedalando de casa na certeza que irão retornar com vida.
É por essas pessoas que lutamos, pois sabemos que o dia que essa cidade for boa para o ciclista, por tabela traremos benefícios aos pedestres, aos usuários de transporte público, às pessoas com mobilidade reduzida, ou seja, todo mundo que vive fora do carro e que tem o prazer de ver a cidade com uma amplitude muito maior que a limitada visão do pára-brisa.
Pra finalizar, a única operação de guerra necessária nessa cidade é para colocar na cabeça de pessoas como você que aquele espaço público que chamamos de rua não é só dos carros, mas sim da população e todos devem ter acesso a ele. E o “ônus” da prefeitura é ridículo, perto do que ela já gasta para tentar manter a ordem no caos criado pelos carros. E por último, acho melhor você tentar conhecer seus amigos, pois eu conheço a Falzoni e ela não tem nada a ver com esse bicho bizarro pintado por você. Com amigos como você quem precisa de inimigos?
E para fechar, segue um vídeo com uma música do Plá, ouça pois com essa simples música, você aprenderá sobre a bicicleta e nela tem a exata mensagem que gostaria de passar para você nesse momento.
Não achei nada demais o texto da Gancia. Li depois de ler todos os textos metendo a boca. Achei que a abordagem foi correta. Vcs todos ficaram putos com um parágrafo quando o texto inclina pra outra parte, que é de uma luta solitária e admirável a favor de algo praticamente impossível e ingrato.
“Vocês todos”
Já disse tudo brother, primeiro porque já busca generalizações estúpidas como ela fez no seu texto.
Agora sobre o algo “praticamente impossível e ingrato”, por favor, defina o que é “impossivel e ingrato”, pois ao menos a minha luta não tem nada de impossível. Não luto para que todo mundo queime seus carros e saia pedalando, mas luto por uma cidade mais humana e justa, onde a bicicleta não passará de uma ferramenta que irá catalizar essa mudança.
E acredite, a mudança já começou, cada vez mais pessoas estão tomando coragem e saindo para pedalar, cada vez mais pessoas tem vergonha de andar de carro, cada vez mais pessoas se indignam com calçadas pessimas ou porque a maioria dos motoristas ignoram os pedestres, a mudança está ocorrendo e o que para você hoje é “impossível”, eu vejo um futuro pra lá de promissor, como disse a Renata na sua belíssima resposta, Tempo ao tempo e não ao preconceito
“o texto inclina pra outra parte, que é de uma luta solitária e admirável a favor de algo praticamente impossível e ingrato.”
Ops… acho que alguém não entendeu o texto da Barbara Gancia.
Aliás aproveitando, além de mal redigido, o texto mostra a grande “sabedoria” e o “apurado nível intelectual” da autora com frases como: “E que apesar do ar andrógino que cultiva, Renata sempre foi uma heterossexual convicta.” e “Falzoni está prestes a completar 57 anos e que a maioria das senhoras de meia idade não anda por aí escalando o Aconcágua de bicicleta nem se digladiando para fazer a bike tomar o lugar do automóvel.” mostram que infelizmente algumas pessoas de pouco ou nenhum talento conseguem bons empregos enquanto outros muito mais talentosos não os conseguem, e olha que tem muitas pessoas mais talentosas cobiçando o mesmo lugar de trabalho. Afinal, para a autora, se vestir como lhe convém melhor, é sinonímia de homossexualismo, a idade é algo limitante, afinal, lutar pelos seus direitos e exercer uma atividade que lhe dá prazer são atitudes dignas de adolescentes “rebeldes sem causa”, e por fim, lógicamente, o nazista é aquele cujo a fumaça de cigarro o irrita (embora não concorde com a atitude do ciclista em questão), ahh sim e afinal, os mauricinhos de bicicletas pelo visto são um estorvo ao trânsito muito maior do que os mauricinhos com seus carros possantes , seus sons invasivos de sabe-se lá quantos decibéis e com seus rachas constantes.
A Bárbara tá certa. O problema foi que os talibikes, com diz o fat cardoso, se doeram. Ponto final. Chega desse assunto.
Onde está certa? Eu me doí pois ela falou várias mentiras sobre minha amiga Falzoni e jogou todo mundo no mesmo balaio. Pode até existir alguns “Talibikes” mas o máximo que esses caras fazem é terrorismo de idéias. Já os “Talimotors” que seguem a Barbara, desses tenho medo, pois esses mesmo matam mais de 800 pessoas por ano só em São Paulo e saem contando suas proezas fumando um charuto.
Veja os benefícios do tranporte público:
http://www.youtube.com/watch?v=Ua_FJv0R22c
Foi mesmo muita deseleGancia do Barbaroxa k. Gancia – o famigerado Capitão Gancia – cuja arroGancia rendeu e está rendendo chulapadas aqui, aqui => http://ht.ly/2mY1y , aqui => http://ht.ly/2mD9J enfim, pra todo lado.
Mas conseguiu novamente atrair atenção com sua obtusidade. “Sou do contra, e daí?” Quis fazer sucesso e conseguiu. Afinal, andar na contramão gera muita visibilidade. Como costumo dizer, “a polêmica é o atalho para o sucesso”.
Volto a afirmar, não vejo consistência argumental nem suporte suficiente nesse tipo de posicionamento que justifique tanta contestação. É apenas um textinho insignificante, mal-estruturado, uma verborragia que reflete nitidamente o recalque da inveja que ela tem do fato este sim, relevante e que passou lotado pela maioria d@s incaut@s que nem notaram, que a Falzoni vai ganhar a a Medalha José de Anchieta, com total merecimento.
Sucesso incomoda.
#INVEJAPURA #GETALIFE #VAILAVARROUPA #GANCIAFRUSTRADA
Excelente resposta, mas como vi por ai, ou ela é louca de pedra, mentecapta ou so quer aparecer e ser o assunto da semana.
Deve ser aquelas pessoas invejosas que nao podem ver a felicidades dos “amigos” que ja fazem um borbulho danado pra chamar a atenção…
ridicula, nao moro em SP, moro em curitiba, e tento ir todos os dia de magrela ao trabalho.
É um trabalho arduo, pois ninguem respeita, e so respeita pq entro na frente dos carros e faço cara feia, pra pessoa ver que estou certo, na minha mão como se eu tbm fosse dono daquilo que ela pensa que é: da rua.
Infelizmente pessoas desse “naipe” que estragam o mundo, mais do que ele já esta…
Sempre achei que Barbara Gancia compunha uma personagem e escrevia coisas do ponto de vista de uma “tiazinha burguesa” estereotipada por ela. Só pode ser isso. Seria deprimente que ela não pasasse de uma versão feminina do personagem Christian Pior, sem precisar representar.
Boa resposta.
O site Dez por hora também comentou a coluna de ganância. De uma olhada http://www.dezporhora.org
Comecei a ler a coluna achando que seria boa, mas no final achei lamentável. Eu que achava a Barbara Gancia uma pessoa inteligente…
A coluna da Barbara Gancia de hoje é importante para todos os moradores de cidades, sejam grandes (como SP) ou pequenas, por ao menos dois motivos
O primeiro é que a opinião dela reflete o que pensam, ainda quede forma velada, muitas pessoas; o segundo é que é relevante ver que ela se sentiu confortável para falar isso numa coluna de domingo de um dos maiores jornais do país.
Os dois são tristes, mas animam a pensar no que ela disse e nos motivos que a levaram a fazê-lo.
Não a conheço. Deve fazer parte da classe média alta. Deve ter ganho seu carro aos 18 anos. Se ela não ganhou, falo por mim: eu ganhei.
Fui criado andando em carros. Meu avô esperou comprar um carro para, só depois, ter uma filha (minha mãe). Disse que só teria filha quando pudesse levá-la no seu próprio carro para a sua casa. Por que ele pensou isso?
Meu avô não fez faculdade. Como ele, a maioria do país também, ainda hoje, não fez (e tem gente que, apesar de fazer, não percebe que está sendo enganada pelo estelionato educativo). Ele teve uma educação básica e, muito simples, aprendeu aquilo que lhe foi enfiado goela abaixo por uma mídia que, tanto àquela época, como na de hoje, foi em larga escala patrocinada pela indústria automotiva.
As políticas públicas não foram voltadas para os carros ao longo de várias décadas à toa… A cultura toda foi formada para que todos pensássemos que ter carro é sinal de status, ter carro bom significa que a pessoa é bem sucedida.
Fazer com que as pessoas acreditem nisso num país subdesenvolvido como o nosso é fácil. Foi isso que se fez até hoje.
Como a imensa e esmagadora parte da população não tem dinheiro para conhecer Paris, nem Madri, nem Londres etc., nunca vai ter ideia do que é um modelo de transporte diferente do nosso, a não ser que se interesse e leia sobre o assunto. Mas o círculo vicioso está formado: se nego nem colégio decente tem, como é que vai se interessar por urbanismo, por políticas públicas de mobilidade????????
Dói ver que uma pessoa que tem formação decente (presume-se, por ser jornalista da Folha, assim o seja a colunista) – e que, portanto, tem como conhecer um pouco mais das coisas do que os pobres miseráveis do nosso país -tem essa opinião.
Mas o problema não é, infelizmente, só com a colunista.
Ontem tive um jantar na casa de um casal de amigos, no Ipiranga. Fui de bike (minha casa fica na Vila Olímpia).
Ao chegar lá, parei a bike no bicicletário do prédio, que fica no 3o subsolo. Por que ele fica no 3o subsolo? Porque a construtora não vai desperdiçar espaço no térreo ou no 1o subsolo com bicicletas, já que as vagas de carro, que valem dinheiro, são mais valiosas nesses espaços. Solução: jogar as bicicletas lá embaixo, mesmo sabendo que é mais difícil cansativo e desanimador para alguém que pedala subir três andares do que para alguém que só precisa pisar num acelerador.
Cheguei ao apartamento e, de pronto, fui questionado por um amigo meu, que vive duro, mas tem o carro dele: “tá pobre? Não tem dinheiro para a gasolina?”
Em seguida, tomei uma bronca de outra amiga minha de infância: “Dé, você não pode andar de noite! É perigoso! Vão te atropelar! Você não precisa fazer isso! Vão te roubar! Vão te estuprar! As ruas são vazias e perigosas!!!”
Ao primeiro, respondi que fui de bike por opção, mas gostaria que a cidade oferecesse mais facilidade para que, se outras pessoas quisesses (ou precisassem, por falta de grana mesmo), pudessem se locomover dessa forma.
À segunda, respondi que é muito fácil o discurso do medo. Perguntei quantas vezes ela andou de bike de noite e ela me disse que nunca o fez. Depois perguntei como ela sabia que era tão perigoso e ela respondeu que “todo mundo sabe que é”. Disse-lhe que é preciso parar com o discurso do medo; que é preciso povoar as ruas para que elas se tornem mais humanas; que é preciso conhecer para falar e que, por fim, é muito mais fácil andar de bicicleta em São Paulo do que se diz.
Ela me pediu para eu mandar um SMS quando chegasse em casa. Eu o fiz e ela respondeu “ufa!”
Ela é uma pessoa instruída. Fiquei pensando como ela pensava assim e como tantos outros amigos, também afortunados do ponto de vista da educação, também o fazem.
Eu acho que eles são acomodados, como também o é a Barbara Gancia. São acomodados por não procurar se informar sobre o assunto a respeito do qual falaram com tanta naturalidade. Não são assim por serem pessoas más, mas por serem pessoas, talvez, despreocupadas com o bem comum; despreocupadas em pensar em formas de melhorar o ambiente em que vivemos.
Basta perder uma horinha na internet para saber que o prefeito de Londres vai ao trabalho de bicicleta e que acabou de implementar um sistema de aluguel de bicicletas muito interessante. Nessa mesma horinha, alguém que queira abrir os horizontes do conhecimento (isso é uma delícia, gente… recomendo) vai saber que Paris tem o Vélib. Vai saber também (quem não sabe) de como são as coisas em Amsterdam…
Se se dedicar mais um pouquinho, pode vir, até, a conhecer Henrique Peñalosa, ex-prefeito de Bogotá (sim, na Colômbia, o “país dos traficantes”, para quem não se preocupa em estudar um pouco mais sobre as coisas). Lá, com as limitações orçamentárias que era de se esperar, ele implementou um sistema fantástico de transporte público, com incentivo enorme ao uso de bicicletas. Segundo ele, tornar a rua mais humana faz as pessoas mais felizes. Lá não só todos – ricos ou pobres – se locomovem melhor hoje do que antes, como também a criminalidade diminuiu.
É só perder uma horinha para saber disso, mas a digna jornalista de um dos maiores jornais do país preferiu fazer o discurso ridículo que está estampado na Folha de hoje.
É só perder essa horinha, mas a maioria dos meus amigos, todos eles com seus carros, continuam achando que é normal movimentar uma tonelada para ir comprar pão na padaria, que fica a três quadras de casa.
Talvez pensem assim porque tenham pregiça de subir três andares do subsolo de bicicleta. É mais fácil acelerar… É esse o recado que a nossa sociedade dá às pessoas. Afinal, assim se ganha mais dinheiro (reduziram o IPI, não foi? A indústria automotiva salvou a economia brasileira da crise… Triste discurso).
O discurso ridículo da coluna criticada está obsoleto, ultrapassado. É mais mais do que errado, sob qualquer perspectiva que se possa imaginar. Para saber isso, contudo, é preciso fazer um esforcinho de raciocínio, de estudo… Isso, contudo, nem todo mundo que pode faz, e quase todo mundo nesse país nem tem nem meio para fazer.
Lutemos. Opiniões como estas só nos fazem ter mais força para lutar por cidades melhores, para convencer nossos amigos, nossos próximos, de que vale à pena um esforcinho. A minha parte, estou fazendo. Garanto que é fácil. Quem é inteligente percebe logo a razão que acompanha o discurso de quem fala contra os carros.
Quem sabe um dia a gente ande em São Paulo com o mesmo conforto e prazer com que se anda em cidades como Madri. Talvez nesse dia, a Barbara Gancia tenha perdido seu emprego. Pelo menos não vai ter que gastar dinheiro com a passagem de avião para se sentir bem. Nem ela, nem ninguém que sobreviva com um salário mínimo…
fiquei impressionado com a coluna da barbara gancia. além de mal intenciosada é preconceituosa e só mostra como ela está senil. algumas pessoas envelhecem bem, ela não. é só lembrar que ela foi uma das que ficaram do lado do boris casoy na história dos garis.