6º. Dia – Conceição/Tabuleiro/Conceição 27km

Encaramos os 20km até o vilarejo do Tabuleiro para visitar a famosa cachoeira, terceira maior do Brasil em altura. Subimos sem os alforges, porém ainda estávamos muito cansada do pedal e stress do dia anterior, de modo que esses 20km com MUITA subida foram sofridos. Chegamos à vila, comemos um pão com ovo, encomendamos nosso almoço no bar da Cici e partimos em direção da portaria do parque.

Aí sim uma subida DESGRAMADA, tivemos que empurrar as bicis. Sem chance. Deixamos as bicis seguras na portaria do parque, pagamos 5 reais (cada)  e seguimos a pé pela trilha que leva à parte de baixo da cachu. A que leva à parte de cima demora horas e precisa de guia. Não tínhamos esse tempo todo! Assim descemos à corredeira e nos banhamos nos poços gelados e lindos… Voltamos à vila, comemos e fretamos a pampa do Gil para nos levar de volta à Conceição (facada – 60 reais, mas pagamos), já que estávamos quebradas e a volta teria bastante subida também.

Poço e cachoeira do Tabuleiro ao fundo

Existem alguns passeios imperdíveis naquela região. Vale à pena subir com as bagagens e passar uns dias no vilarejo. O contato de um guia para fazer tais passeios, inclusive ver a cachu do Tabuleiro por cima é o Lucas (31) 9683-9284.

7º. Dia – Conceição/Morro do Pilar 30km

Ah que alívio o pedal em estrada estreita com poucos carros e muito visual. É tudo que eu precisava. Pegamos água na sede de uma fazenda de 200 anos, coisa linda. Ainda por cima nos deram suco geladinho de limão capeta (conhecido também como limão cravo). Chegamos na cidade que é literalmente um morro! Muito pequena e bucólica. Fomos jantar no único lugar disponível da cidade, dentro da pousada São José (31) 8602-6159. Deliciosa comida farta por R$7,50 por pessoa (!!!).

Pausa para curtir o visual

Acomodação em Morro do Pilar – Hotel Monsenhor Matos, na subida da Rua principal. Bem simples. Nos pareceu que a pousada São José seria melhor, mas ficamos bem na Matos.

8º. Dia – Morro do Pilar/Itambé do Mato Dentro 35km

O caminho tem longas subidas, mas muito erma, do jeito que a gente gosta e o melhor: chega determinado ponto em que se tem quase 360 graus de uma vista DE CHORAR DE LINDA, ficamos quase uma hora apreciando tudo aquilo.

Dá para ver lá longe o cânion Bandeirinhas da Serra do Cipó! Ah é bonito demais. Um pouco antes desse ponto tem a gruta onde morava o Domingos, um ermitão que se afastou da sociedade e lá habitou por décadas.

Local onde o Domingos morava, com algumas inscrições rupestres

O importante é saber que por ser muito vazio de tudo, é necessário levar MUITA ÁGUA E COMIDA. Já a 10km de Itambé, a estrada tem MUITA AREIA, tivemos de empurrar por muitos trechos.

Chegamos em Itambé e já entramos na primeira pousada da cidade “Pensão Boa Esperança” ou algo assim. Como sempre comida boa e farta. A vista lá é para a pedra “Cabeça de Boi”, coisa linda. À noite fomos à festa junina (em julho) da escola da cidade. Muito bucólica, comemos todos os pratos típicos, apesar de termos almoçado momentos antes… No final das contas o pedal é puxado, mas eu engordei na viagem… hehehe.

Lavação diária de roupas
Mais uma deliciosa refeição

Acomodação em Itambé – “Pensão Boa Esperança” ou algo assim, onde fomos muito bem recebidas pela Dna Dirce e pela filha Luciana. Pagamos 40 reais cada por uma boa suíte. Sentimos falta do pão-de-queijo no café da manhã… Já estávamos mal acostumadas…

Camila Doubek