Como bom amante do Cicloturismo, não deixarei de abrir espaço para a galera que está a fim de dividir suas experiências e ajudar divulgar novos roteiros. Por isso convidei a Camila Doubek a usar o blog para divulgar sua Cicloviagem pela Estrada dos Diamantes, trecho da Estrada Real em Minas Gerais, viagem realizada de 01 a 15 de julho de 2011, em parceria da sua amiga (minha também) Kika quem produziu as fotos.

Se você tem um roteiro bacana, mande um email para bicicreteiro@gmail.com que se for interessante publico no blog do Bicicreteiro com o maior prazer. O texto é longo, portanto vou dividir a etapa por dias e ir publicando no blog diariamente. Começando com a saída delas de São Paulo e o primeiro dia de pedal. (André Pasqualini)

Antes de iniciar o relato, segue algumas considerações:

– Fizemos a viagem a Kika e eu, minha super-companheira de cicloturismo, MTB, caminhada, roubadas e afins, essas coisas boas da vida.

– Passamos por alguns dilemas para escolher qual trecho faríamos, e estou feliz da vida de ter escolhido a Estrada dos Diamantes. É tida como a mais difícil, a mais erma. Encontramos 1 ciclista e um grupo de cavaleiros fazendo o caminho.

– Fizemos a viagem em julho. Pegamos todos os dias de sol com céu azul-anil… De dia calor suportável, pedalamos entre meio-dia e uma da tarde sem dramas. De chorar de lindo. No verão chove demais, e o que era um mundo de pó vira um de lama.

– Do site da Estrada Real baixamos e Imprimimos as altimetrias (usamos muito) e roteiro ponto a ponto (usamos pouco, mas foi importante).

1º. Dia –  São Paulo/BH/Diamantina

Saímos, pedalando, pois Congonhas fica a 5km da minha casa. Chegando lá o esperado CAOS de aeroporto, já que era começo de férias. O bom é que fomos muito bem atendidas pelos funcionários da GOL e pudemos embarcar as bicis sem precisar desmontá-las, somente colocamos plástico bolha sobre os câmbios. Já tive a experiência de despachar uma bike semi-desmontada num mala-bike e o resultado foi a coroa maior torta e o câmbio zoado. Fica a dica. No mala-bike os funcionários jogam as bicis, até por não saberem o que tem dentro, e montadas tomam maior cuidado.

Bicis prontas para o embarque

Chegando em BH fomos pedalando de Confins até a rodoviária da cidade. Esse foi nosso vacilo. O trecho de periferia de BH é de intenso, com alças MUITO perigosas para o ciclista. Entrando na cidade tivemos de pedalar nas calçadas, o que tornou nosso trecho MUITO demorado. Fica a dica: indo de avião à BH, pegue um ônibus até a rodoviária.

Lá chegando embarcamos para Diamantina, com a passagem já previamente comprada pela NET (48 reais, Viação Pássaro Verde). Na rodoviária fomos recepcionadas pelo nosso amigo Fernando Torres, belohorizontino que nos ajudou muito e orientou no começo e no final da viagem!

2º. e 3º dia – Diamantina

Diamantina é apaixonante, não há como não ficar por lá uns dias. Demos a maior sorte, pois estava acontecendo a Festa do Divino e à noite a Vesperata, ou serenata ao contrário: os músicos tocam das varandas e as pessoas assistem da rua, sentadas em mesas (tomando uma cervejinha). Foi emocionante demais. Tudo em Diamantina nos encantou, pena não termos conseguido entrar em nenhuma igreja, todas fechadas, como aconteceu na grande maioria das cidades.


Festa do Divino em Diamantina

De bici fomos ao Cruzeiro, que tem boa vista da cidade e da Serra do Espinhaço (que nos acompanhou toda viagem, ainda bem). De lá fomos à Biribiri, linda vila que abriga estamparia têxtil desativada, com restaurante que serve almoço a bom preço (10 reais) a  13km de Diamantina, com cachoeiras pelo caminho. Nadamos, naturalmente!

Almoço em Biribiri

Acomodação em Diamantina – Pousada Estalagem (38) 3531-1629, custou 55reais, chorando foi para 50. O Ricardo e a Carmem nos atenderam muito muito bem, e pousada é adorável com vista maravilhosa. O café da manhã é XOU!

Camila Doubek