Iria escrever um texto sobre o natal e esse ano que passou, mas fui tristemente surpreendido pela morte do Fábio Cortês, um dos alunos da Escola Aitiara, que participaram do Cicloaitiara, uma cicloviagem de 10 dias que realizei em 2009, quando guiei um grupo com mais de 30 pessoas, entre alunos e professores dessa escola pelo litoral sul de São Paulo.

Uma morte que envolveu carro, bebidas e essa estúpida sensação de imortalidade que todos jovens sentem. Sei muito bem como é porque já tive essa idade e posso dizer que sou um sobrevivente.

Longe de querer encontrar culpados, até porque conheci a fundo cada um desses jovens e sei que nenhum deles iria tirar a vida de qualquer ser vivo de forma intencional. Sei o quanto eles eram unidos e imagino a dor que eles estão passando.

Não acredito em religião, não sei onde e como o Fábio está, mas sei que os que ficaram nesse mundo estão sofrendo e o máximo que posso fazer daqui é me solidarizar com a dor deles e compartilhar a minha.

Vou finalizar meu texto e incluir mais essa reflexão, pois hoje o meu sentimento é de que tudo que eu fiz por esse jovens foi em vão. Sentimento parecido com a perda da Marcia. Espero finalizar esse meu texto antes do Natal, texto que provavelmente será o último desse ano de 2011, que ainda não sei se é para esquecer ou para refletir.