Essa música do Plá (Bicicleta Custo Zero) até poderia ter tudo a ver comigo para explicar essa minha paixão pela bicicleta. Mas meus pais se conheceram porque trabalhavam na mesma empresa e meu pai só andava de carro. Minha mãe só pedalou na infância e nunca mais. Sempre tentei buscar no sangue alguma justificativa para esse meu amor incondicional pela magrela e nunca encontrei nada, até achar a foto abaixo.
Essa foto foi tirada provavelmente no final da década de 50. Sentado de lado (sem olhar para o fotógrafo) está o senhor Virgílio Gomes Munhoz, meu avô, pai da minha mãe. A gente morava na Vila Morse, numa casa construída por ele mesmo, mais ou menos próximo a Jorge João Saad, entre os bairros da Vila Sonia e Morumbi.
Meu avô trabalhava no Jockey Club de pedreiro e ia trabalhar todos os dias de bicicleta. Também sei que ele organizava romarias, a foto em questão é de uma romaria a Pirapora do Bom Jesus. Ele faleceu em 70, com 59 anos de enfarto e infelizmente não o conheci.
Bem, puxei daí essa vontade de organizar viagens, passeios, levar um monte de gente para pedalar. Minha mãe conta de uma história onde ela fazia um curativo na cabeça dele, pois estava voltando pra casa meio “breaco” e numa subida perto casa, pegou a rabeira de um caminhão que freou e bateu a cabeça na carroceria.
Pegar rabeira de caminhão não faço, mas já uma cervejinha… hehe
Fiquei feliz em saber que meu avô gostava tanto de bicicleta como eu. Corrente sanguínea de bike. Rs
Vamos pedalar, cuidar do coração e parar de abusar do álcool (só de abusar, rs), pois quero ir ainda mais longe e chegar aos 100 anos pedalando e enchendo o saco dos bisnetos gritando “Menos carros, mais bicicleta!”
é história muito linda, pena que minha mãe não conta a história dela e do meu pai… poxa!!?
Que você não tenha que encher o saco dos seus bisnetos quanto a isso! 😀
– Sabia que na minha época andava cada um sozinho em um carro?
– Sério, biso? Haha! Tá zoando? Como é que cabia todo mundo na rua? Mãe, traz o remédio do biso!
Com lagrimas leio esse post e lembro meu avô, que até os 85 anos pedalava e que se foi, vítima do câncer de próstata.
Saudades…
Remexendo a gente acha na familia tudo que nos interessa.
Legal a estoria de sua familia.
A minha, puxei e não achei nada, so o interesse do meu irmao e meu de pedalarmos, a GT do final dos anos 90 que viviamos babando mas era cara demais.
Entao iamos de caloi mesmo.
E o resto é historia…
aquele