Racismo por si só já seria motivo suficiente para abandonar aquela corja, mas teve muitos outros motivos. Que vou listar abaixo:

1) Desvio de dinheiro

2) Uso do CicloBR para fins pessoais

3) Total desvio da causa para qual o CicloBR foi fundado

Sei que agora em setembro, irá acontecer uma nova eleição no CicloBR (dia 30 pra ser mais exato) e gostaria que vocês que vão participar dessa Assembleia, que antes de fazê-la, leiam essa carta ou assistam o vídeo que fiz.

Pois é em respeito ao pessoal que me acompanha há décadas nessa história de Cicloativismo e também em respeito aqueles que ainda fazem parte do Instituto CicloBR, escrevi essa carta que entreguei ao atual presidente do CicloBR no dia 05 de julho de 2017, durante uma Assembleia Geral.

Claro que eles não darão publicidade a essa carta sequer aos seus associados (por isso é importante sua ajuda na divulgação da mesma). A carta é longa, mas é porque eu detalho com o máximo de propriedade tudo que citei no começo do post. No começo faço um resumo da minha história no CicloBR só para contextualizar a galera que está chegando agora e depois vou para as razões desse meu afastamento. Leiam (ou assistam o vídeo) e tirem suas próprias conclusões.

Carta aberta aos Associados do Instituto CicloBR

São Paulo, 05 de julho de 17

Eu, André Pasqualini, venho por intermédio dessa carta, explicar os reais motivos que levaram os pedidos, tanto da minha renúncia ao cargo de Vice-Presidente do Instituto CicloBR, bem como a minha desfiliação da mesma.

Em primeiro lugar exijo que essa carta seja anexada a ata da Assembleia realizada em 05 de julho de 2017 e que a mesma seja registrada em cartório. Além disso, junto com essa carta, estou entregando um aparelho celular que me foi cedido, bem como uma pasta que contém a relação de todos os associados e suas fichas de associação.

A princípio, como muitos associados desconhecem a origem do CicloBR, já que não só essa gestão, como gestões anteriores fizeram questão de tentar apagar essa origem, gostaria de aproveitar essa carta para contar aos associados como o CicloBR nasceu.

Em 2001 criei a página CicloBR.com.br, a princípio minha intenção era a de criar um site pessoal para narrar minhas Cicloviagens e divulgar o Cicloturismo. Em 2004, aproveitando a boa rede que havia criado (tinha em torno de mil acessos diários à época) e percebendo a falta de um canal que levasse a informação ao ciclista comum sobre mobilidade urbana, passei a usar o meu site pessoal também para esse fim.

Após as diversas ações em prol da mobilidade urbana que ocorreram entre os anos de 2004 e 2009, sentindo a falta de uma instituição que pudesse dar suporte aos ciclistas na realização de ações institucionais que fomentassem o uso da bicicleta, convidei cerca de 20 ciclistas para uma reunião e decidi doar não só a marca do CicloBR a causa, bem como toda a rede que havía criado. Ou seja, eu peguei uma marca pessoal de sucesso, que poderia muito bem capitalizar sobre ela (como muitos outros canais similares ao meu acabaram fazendo) e cedi para nossa causa. Foi dessa forma que em agosto de 2009 nasceu o Instituto CicloBR e acabei sendo eleito o primeiro Diretor Geral da Associação.

Os primeiros anos foram bastante intensos, sem quase nenhum recurso e investindo muito capital próprio nesse início, mesmo assim o CicloBR teve várias conquistas. Entre os anos de 2009 e 2011, em minha primeira gestão, apresentamos uma proposta de parceria a Bradesco Seguros e criamos o SOS Bike. No mesmo ano realizamos o 1º Festival CicloBR, o Calendário “Como Nus Sentimos” e organizamos a primeira edição da Rota Márcia Prado (dezembro de 2009) com cerca de 1000 ciclistas.

Em 2010, ainda como Diretor Geral do CicloBR, passei por inúmeros problemas pessoais e por consequência de inúmeros desgastes, resolvi me afastar do CicloBR no começo de 2011. É bom deixar claro que meu objetivo inicial era me dedicar por duas gestões ao CicloBR e criar uma boa e democrática estrutura para poder me afastar e deixar com que o CicloBR andasse com as próprias pernas, mas sempre trabalhando em prol da Mobilidade Sustentável, uma das principais causas da minha vida.

Quando deixei o cargo, fiz a prestação das minhas contas e na época, o CicloBR estava me devendo algo em torno de 2 mil reais. Mas como já havia investido tanto tempo e dinheiro pela minha causa, nada mais justo do que abrir mão do que eu teria a receber.

Nos anos seguintes, acompanhei de longe o que acontecia no CicloBR e quando chegou a mim as primeiras denúncias de desmandos, tentei voltar a participar mais ativamente, ocorre que os atuais gestores passaram a simplesmente me boicotar, não só recusando minha colaboração mas principalmente omitindo informações que eu solicitava. Ao mesmo tempo passou a circular vários boatos de que eu havia “roubado” o CicloBR, ou mesmo que eu havia sido expulso da associação.

Confesso que foi triste ver pessoas que um dia considerei minhas amigas, tentando de forma tão sórdida manchar minha reputação, provavelmente por medo, já que essas mesmas pessoas, ao conhecer de perto a minha integridade, possivelmente me viam como um risco, já que eu JAMAIS iria tolerar desvios de conduta de associados, se aproveitando do CicloBR e que esses desvios não fossem apurados e seus responsáveis punidos.

Mesmo assim resolvi continuar afastado, até porque eu tinha várias questões pessoais como prioridade à época. Ocorre que em 2015 (creio que em julho se não me engano), fui procurado pelo senhor Hamilton Takeda que pediu que eu comparecesse a uma Assembleia que ocorreria naquele mesmo dia. Por telefone ele me disse que estava ocorrendo vários desvios financeiros no CicloBR e que havia um grupo que tinha a intenção de continuar no poder para que esses desmandos não viessem a público. Aceitei ir a essa Assembleia e resolvi que voltaria a participar de forma mais ativa dessa Associação que fui fundador.

Nessa Assembleia fiquei sabendo que iria ocorrer eleições no CicloBR, pensei muito em concorrer, mas como não tinha a intenção de criar um racha na Associação, procurei o principal candidato, o ciclista Odir e sugeri que criássemos uma chapa única. Após nossa conversa, onde deixei claro que não fazia questão de cargos, apenas de que gostaria de participar ativamente da gestão, o mesmo ficou de me dar uma resposta, algo que até hoje não aconteceu.

Dias após fiquei sabendo que o Odir havia montado outra chapa e faltando um dia para o prazo final de inscrição para a eleição, o senhor Hamilton Takeda me ligou e perguntou se eu toparia participar de uma chapa encabeçada por ele, eu como Vice-presidente. Aceitei com a seguinte condição, de que se ganhássemos, corrigiríamos todos os desmandos que ocorreram no CicloBR desde minha saída e que cobraríamos a responsabilidade de todos os ex-gestores, inclusive do próprio Takeda, pois ele havia me confidenciado que na gestão anterior ele recebia um salário de R$2.500,00, pagos através de notas fiscais genéricas, ou seja, provavelmente esses pagamentos foram realizados em desacordo com a lei, mas precisávamos estar no poder para ter essa confirmação.

Antes de aceitar participar da sua chapa, perguntei a ele que caso comprovássemos que aqueles pagamentos foram feitos de forma irregular, se ele devolveria o dinheiro ao CicloBR e o mesmo (na frente de testemunhas) me disse que devolveria tudo que tivesse recebido de forma irregular.

Quando começou a campanha propriamente dita, de cara percebemos que membros da gestão anterior estavam não só apoiando a chapa concorrente, como trabalhando nos bastidores para que a chapa opositora a nossa vencesse. Vale lembrar que no início do processo, a gestão anterior tentou aumentar o colégio eleitoral determinando quem poderia ou não votar de maneira unilateral, em total desrespeito ao nosso Estatuto.

Como tinha medo de que ocorresse uma manipulação no colégio eleitoral, solicitamos cópia de todas as atas registradas, mas não recebemos todas elas. Então conseguimos cópia das faltantes no cartório de notas, o objetivo inicial era descobrir quem era associado (já que os mesmos precisam ser aprovados em Assembleia) para impugnar uma lista de 500 nomes que havia sido entregue a comissão eleitoral. Foi quando tive a ciência de que NENHUM dos dois concorrentes eletivos da chapa concorrente eram filiados ao CicloBR e por consequência, não poderiam sequer se candidatar ao cargo. Se eu estou voltando ao CicloBR para acabar com todas as irregularidades, não fazia o menor sentido me calar sem pedir a impugnação da chapa concorrente, o que acabou acontecendo.

Durante o processo eleitoral, infelizmente não foi apenas a chapa concorrente que trabalhou nos bastidores para tentar vencer a eleição. Nossa chapa também fez um trabalho de bastidores e isso ocorreu porque o senhor Hamilton Takeda tinha contato direto com o advogado do CicloBR, que segundo ele, era seu amigo pessoal. Advogado esse que também fora contratado pelo CicloBR para realizar aquela eleição.

Foram inúmeras as situações em que estávamos reunidos e, ou o Takeda ligava para o advogado, ou o advogado ligava para ele, algumas vezes ele colocava até no viva-voz do seu celular e recebemos diversas informações importantes graças a esse “contato”. Confesso que há época, não achava aquilo uma grande falta de ética, até porque por intermédio do próprio advogado, sabíamos que havia também um trabalho de bastidores na tentativa de prejudicar nossa chapa. Acontece que hoje eu considero esse um erro grave, eu não devia compactuar com esse “lobby”, mesmo que eu particularmente, nunca tenha usado desse benefício para ganhar a eleição, já que a decisão de pedir a impugnação da chapa concorrente partiu de mim, sem sequer ouvir a opinião desse advogado, até porque estava muito bem embasado para esse pedido. Mesmo assim, é impossível limpar uma sujeira com mais lama e isso vale para AMBAS as chapas.

Fomos eleitos por aclamação e logo que assumimos, comecei a trabalhar e tive acesso aos emails dos gestores antigos, foi quando constatei que o Senhor Felipe Aragonez estava usando o email do CicloBR para tentar, de alguma forma, ajudar com que a chapa concorrente a nossa vencesse a eleição. Que ele tivesse feito isso a partir dos seus emails pessoais, mas usar a estrutura do CicloBR para trabalhar em prol de um candidato é no mínimo imoral.

Além disso, notei que o Felipe, mesmo não fazendo mais parte da direção do CicloBR, continuou acessando e respondendo emails da associação e num dos casos que eu considero grave, ele encaminhou um email enviado para a conta ciclobr@ciclobr.org.br para seu email pessoal, apagando a mensagem da nossa conta. Era um contato de uma pessoa ligada ao Masp, uma solicitação de apoio para a instalação de um Paraciclo no museu. Nossa sorte que esse contato enviou outro email para nós e após algumas conversas, soubemos que o mesmo senhor Felipe chegou a se reunir com esse contato do Masp oferecendo seus serviços. Como minha obrigação, elaborei um processo administrativo e dei entrada no processo junto a diretoria para que providências administrativas fossem tomadas, algo que até onde eu sei, não foi realizado até então.

Sobre os Salários do CicloBR

Tão logo assumimos, acabamos com essa mamata, ou seja, na gestão anterior havia uma “folha de pagamento” que girava em torno de R$18.000,00 mensais, não só acabamos com esse benefício, como tentamos elucidar qual a mágica contábil que fazia o CicloBR ter uma sobra de tal tamanho. A conta é simples, nossa única fonte de renda vem da parceria com a Bradesco Seguros, um número de mecânicos por operação da Ciclofaixa (algo em torno de 50), sendo que por operação, acrescentamos na cobrança um número a mais de 8 mecânicos, sendo que esse valor serviria para cobrir os custos administrativos, como transportes, peças, ferramentas, etc.

O trabalho de um mecânico fica em torno de 150 reais por operação (não sei se esse é o valor exato, mas é algo próximo a isso), portanto por operação, o CicloBR levanta R$1.200,00 para o pagamento de despesas, gerando um extra mensal que não chega a R$6.000,00 por mês. Como fazer sobrar então 18 mil reais mensais só para salário e ainda ter uma sobra de R$250.000,00 em caixa?

Eu não cuidava da parte financeira e posteriormente, quando já tínhamos o domínio sobre as contas, a Diretora Administrativa me disse que esse dinheiro sobrava porque os gestores anteriores simplesmente não colocavam na rua todos os ciclistas que tínhamos obrigação contratual de colocar. Como o controle do pagamento dos mecânicos era extremamente complexo, seria necessário a contratação de uma auditoria que fizesse o levantamento detalhado, algo que eu pedi para ser feito mas não ocorreu pois acabei sendo voto vencido.

Pedi então para cobrarmos a devolução pelo menos dos pagamentos que foram feitos de forma irregular aos gestores anteriores, mas o próprio advogado (numa reunião de diretoria na sede do CicloBR) nos aconselhou a não fazer pois isso iria prejudicar o Presidente, sendo que o mesmo havia me prometido devolver o dinheiro que tivera recebido de forma irregular.

Aquilo tudo começou a me dar desgosto e percebi que não teria muito apoio dos demais membros da diretoria para cumprir as promessas que havíamos feito durante a campanha, então passei a me dedicar a dois pontos que trariam muitos benefícios a causa, implantar o treinamento aos motoristas de ônibus e trabalhar pela resolução da Rota Márcia Prado.

Simplesmente eu não recebia apoio da diretoria, mesmo quando tinha conquistas. Por exemplo, consegui a autorização para realizarmos um evento pela Rota Márcia Prado, para o dia 05 de junho de 2016. Um evento para 2 mil ciclistas, sendo que a descida seria feita pela Estrada Caminho do Mar. Estava tudo certo, precisava apenas da assinatura do Presidente nos termos de autorização, ocorre que ele simplesmente me enrolava e não autorizava a realização do evento. Quando percebi que se forçasse a realização do evento eu não só poderia fechar uma porta de bom relacionamento tinha à época junto com a Fundação Florestal, mas poderia até mesmo dar um passo atrás em relação a Rota Márcia Prado, então simplesmente desisti de organizar o evento.

Antes de retornar ao CicloBR, eu havia realizado um trabalho junto à Ecovias, buscando uma alternativa definitiva a Rota Márcia Prado, pela Estrada de Manutenção da Imigrantes. Apresentei essa proposta a diretoria e queria que a mesma passasse a ser uma proposta oficial do CicloBR. Vale lembrar que quando fundamos o Instituto, um dos principais objetivos era a produção de material técnico com soluções de mobilidade para apresentarmos as autoridades. Em 2010, quando era Diretor Geral, fizemos uma parceria com a TCUrbes e produzimos um plano Cicloviário para o bairro de Moema e doamos a prefeitura. Graças a esse plano, a prefeitura implantou as primeiras Ciclofaixas da cidade, ainda na gestão Kassab. Portanto, como já que tenho um estudo produzido em parceria com os engenheiros da Ecovias, porque não doarmos ao CicloBR para que ele apresentasse as autoridades como seu?

Pois bem, solicitei diversas vezes organizarmos um evento para debatermos esse plano, consegui até o apoio da Umapaz para podermos apresenta-lo a população, mas na última hora, quando havia inclusive feito um convite público no site do CicloBR, o senhor presidente simplesmente me desautorizou e me obrigou a cancelar o evento, com uma alegação totalmente esdrúxula. No fundo percebia que estava ocorrendo um boicote a qualquer iniciativa da minha parte dos demais gestores. Ou seja, fui útil só até chegar ao poder, agora não tinha mais serventia.

Na mesma época iria ocorrer o Bicicultura 2016, como nossos dirigentes, tanto o Presidente, como os diretores, estavam participando da organização do Bicicultura, pedi a eles que o CicloBR organizasse um debate para discutirmos a Rota Márcia Prado, acontece que essa proposta foi simplesmente rechaçada pela diretoria. ELES decidiram que era uma proposta minha e que não poderia ser apresentada como sendo do CicloBR. Solicitei que eles convocassem uma Assembleia e que os Associados deliberassem sobre o tema, mas se o presidente recusava a convocar uma Assembleia para elegermos os membros do Conselho Fiscal, imagina convocar uma Assembleia para a Rota Márcia Prado?

Foram muitas desilusões e confesso que com o passar do tempo cheguei a sentir ojeriza em relação a pessoa do atual presidente. Certa vez, numa reunião de diretoria (há testemunhas) eu defendia que deveríamos facilitar ao máximo a ampliação do número de associados, enquanto isso os demais diretores diziam que aquele número (em torno de 120) estava bom e que mais associados significaria mais pessoas no nosso pé. Eu não via problema algum em ser cobrado e continuava defendendo minha tese, mas de repente, o senhor presidente lançou a seguinte pérola:

– Tudo bem para você trabalhar com um negro?

Sim, fiquei sem palavras, uma pessoa que me acompanhava na reunião, (já que em seguida partiríamos para uma viagem) chegou a arregalar os olhos. Ainda assustado e sem palavras, falei que não via problemas em trabalhar com qualquer pessoa, mas para piorar a situação ele mandou essa segunda pérola.

– E uma mulher negra?

Desde o início, sabia que o senhor Takeda tinha uma índole questionável, ele mesmo me confidenciou que em 2014 (também com testemunhas), que foi mandado ao fórum de bicicleta em Curitiba com um único objetivo, de trabalhar, em conjunto com as demais associações de São Paulo, para prejudicar minha candidatura a presidência da UCB, candidatura essa que estava sendo discutida a meses no fórum da UCB e já era um consenso. Chegou inclusive a pedir desculpas sobre essa atitude, eu o perdoei mas sempre tive um pé atrás, pois algumas atitudes dele tinha relação direta a valores morais, portanto sei o quanto é difícil endireitar um pau torto.

Então percebi que minha participação na direção do CicloBR era inócua e não fazia nenhum sentido trabalhar ao lado de pessoas dessa índole, sem falar que eu poderia me prejudicar no futuro de algum desmando feito pela atual gestão ou mesmo pelo silêncio ao constatar irregularidades e ser responsabilizado por inação. Por isso resolvi me afastar do cargo e solicitei que o presidente convocasse uma Assembleia para que eu fizesse minha renúncia, assim poderia descrever aos associados os reais motivos do meu afastamento, como estou fazendo agora. Fiz esse pedido no início do segundo semestre de 2016 e nada de termos a convocação da Assembleia. Devido a isso, em janeiro de 2017, encaminhei via carta registrada minha renúncia ao cargo no Instituto CicloBR, carta essa que será homologada nessa Assembleia.

Detalhe, vale ressaltar que desde meados de junho de 2016 , eu abri mão de receber a ajuda de custo de 630 reais que todos os dirigentes tem direito, conforme aprovado na última assembleia realizada no início de 2016. Ocorre que o Senhor Takeda, assim como eu, também foi afastado (ou colocado de lado) das decisões do CicloBR no último ano da gestão anterior, ficando um ano privado de participar sequer das reuniões de diretoria. Só que diferente de mim, ele continuou recebendo seu “salário” de R$2.500,00 mensais. Acredito que isso possa significar alguma coisa.

Por fim, é com muita tristeza que sou obrigado a entregar essa carta, não imaginam o quão triste eu estou ao ver o CicloBR, uma instituição que tanto me dediquei, que tantos planos vislumbrei, tenha chegado a esse degradante ponto, dando as costas para a causa que ela foi criada para não ser mais do que uma alimentadora de egos pessoais. Portanto peço aos demais associados que, primeiro se juntem para mudar de verdade e tentar salvar o CicloBR, a princípio exigindo que sejam convocadas o quanto antes as eleições do CicloBR, até porque essa gestão deveria terminar em agosto de 2017.

E se conseguirem limpar o CicloBR dessa corja, que imediatamente façam uma auditoria para tornar público todos os desmandos que aqui ocorreram. Por fim, trabalhem para que o CicloBR seja mais transparente e que nossa causa tenha mais importância do que egos pessoais.

Uma boa sorte a vocês.

André Pasqualini

São Paulo, 05 de julho de 17

Agradeço a todos que leram ou assistiram até o final e pra encerrar peço primeiro desculpas pelo meu sumiço, mas estou preparando um novo post/vídeo explicando os motivos que me levaram a esse afastamento. Tenho certeza que vocês compreenderão. Abraços e até breve.