Saí de Corguinho por volta das 8h00 da manhã, desde Rochedo nada do meu celular pegar e precisava conectar para subir os posts e alterar o texto da mensagem do “Estou Aqui” do rastreador.

Nada de conseguir conectar nos Wireless de Corguinho e resolvi tocar até Rio Negro, na esperança de achar uma Lan House com Hi-fi. Mas na correria esqueci o mais importante, a água.

Saí sem reabastecer e com 10 kms de pedal, conversei com um motoqueiro na hora que estavamos correndo atrás de um tatu e ele disse haver um vilarejo a 10 kms de Rio Negro, mas eu entendi que o vilarejo estava a 10 kms de mim e encarei aquele sol de rachar o côco.

O trajeto antes do Pantanal é cheio de sobe-desce, e estava me castigando demais. Já sentia os efeitos da desidratação.

Via uns rios pelo caminho mas estavam bem sujos devido a chuva de ontem, até que encontrei um corrego bem mais limpo. O odômetro marcava 40 kms, portanto estava perto desse vilarejo, mas na dúvida, parei para me refrescar.

Voltei para a estrada e logo vi um retiro de uma fazenda, não pensei duas vezes e parei para tentar ao menos pedir água. Logo comecei a reconhecer o local. Um senhor me atendeu, puxou uma cadeira para eu sentar, perguntei seu nome e era o seu Biruca. O senhor de Rio Negro que deu pouso para o Yanko na viagem do Pantanal e acabei ficando para almoçar.

Como não estava muito bem, preferi ficar aqui mais um dia, assim eu poderia me recuperar, me alimentar bem e atualizar o blog pela última vez, antes de entrar no Pantanal.

Aproveitei e dei uma volta com o Bruno até o Rio Negro que fica dentro da fazenda deles, bem perto daquele riacho onde eu me refresquei. Quando estava ali ouvi um barulho de cachoeira e imaginei ter algo perto, mas não sabia que era tão bonito.

Pena que devido as chuvas, o rio estava muito barrento e resolvemos não entrar na água. Ali era um garimpo e hoje apenas um belo rio com esse sumidouro lindo.

Agora o negócio é descansar, já consegui fazer todos os posts que pretendia e amanhã acordar cedo e já começar enfrentar o Pantanal.